Água para minério
A seca prolongada ameaça o abastecimento de água e energia elétrica, mas a crise hídrica passa longe das atividades de mineração em Minas Gerais. Os minerodutos – tubulações que levam o minério de ferro em estado arenoso misturado com água, como se fosse uma polpa – operam a todo vapor, e novos projetos estão em andamento, sinalizando para a continuação do desperdício de um recurso precioso. Os quatro projetos de mineração do Estado que têm dutos para o transporte do ferro contam com uma outorga de captação de água suficiente para suprir uma cidade de 1,6 milhão de habitantes. O uso de água pelos minerodutos chama a atenção porque muitas vezes não há o reaproveitamento do recurso hídrico, que é descartado no mar. A Manabi, por exemplo, mineradora em implantação no município mineiro de Morro do Pilar, tem outorga para uso de 2.847 metros cúbicos (m3) de água por hora. Deste volume, um terço, ou 949 m3 por hora serão usados no mineroduto, que irá até Linhares, no Espírito Santo. A própria empresa informa: “o projeto não prevê reuso da água usada no mineroduto, mas para essa mistura que segue para Linhares, a Manabi projetou um sistema de tratamento e filtragem, garantindo atendimento da qualidade definida pelo Conama, antes do seu descarte no mar”. (Hoje em Dia)
Mineiro morto no Rio de Janeiro
O estudante Diogo Correa, de 19 anos, morreu no fim da manhã deste domingo, em um albergue em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O médico do Corpo de Bombeiros que atendeu à ocorrência constatou que o rapaz, que é de Uberlândia, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Há suspeita de que a morte tenha ocorrido por overdose de entorpecentes. O albergue, que fica na Rua Pompeu Loureiro, não quis se pronunciar sobre o caso. Logo após do atendimento dos bombeiros, policiais militares e civis foram até o local para investigar o ocorrido. (Estado de Minas)
Táxis no sistema Move
Usuários do transporte público de BH reivindicam a criação de pontos de táxis nos terminais de ônibus. Desde a criação do sistema Move, em março do ano passado, a alternativa de deslocamento ficou restrita. Isso porque os veículos são proibidos de circular dentro das estações de transferência. No terminal Pampulha, passageiros precisam andar 250 metros até o ponto de táxi mais próximo, na rua Irlanda, no bairro Itapoã. A produtora Paula Simone, de 26 anos, sofre quando vai se deslocar até o terminal. “O táxi não pode me deixar e nem me buscar dentro da estação. Sou obrigada a sair, seja dia ou noite. Um perigo total”. A universitária Thamires Lacerda, de 23 anos, defende a criação de um ponto de táxi nas estações. “Na parada de ônibus, a gente conseguia ter acesso ao táxi. Hoje eu fico atrasada porque não tenho opção de deslocamento”, conta. (Hoje em Dia)
Regimento da Câmara de BH
A Mesa Diretora da Câmara de Belo Horizonte recebe hoje um documento que reúne propostas de mudanças no Regimento Interno da Casa. As alterações tentam dinamizar o plenário, aumentar a importância das comissões permanentes e valorizar o colégio de líderes. O texto – redigido pelo líder do governo, Preto (DEM), e por Ronaldo Gontijo (PPS) – diminui, por exemplo, o número de parlamentares que teriam direito ao microfone. O estudo prevê que apenas líderes de blocos tenham direito ao encaminhamento. Os blocos teriam que ser compostos por pelo menos três partidos. Hoje não há blocos na Casa, e a liderança é por partidos. Como são 19 siglas, a Câmara tem 19 lideranças que têm direito a cinco minutos de explanação cada uma. (O Tempo)
Orçamento da educação
O primeiro governo de Dilma Rousseff (PT) ampliou recursos destinados à educação, mas seu mandato registrou a menor média de gasto efetivo do orçamento autorizado desde 2001. Nos quatro anos da gestão, o Ministério da Educação (MEC) gastou efetivamente apenas 77% do dinheiro disponível. Essa média é menor que a execução de fato do orçamento total, que foi de 82% no período. As contas expressam uma contradição. Cada vez o País tem mais dinheiro para educação - chegando a um orçamento de R$ 101 bilhões em 2014 -, mas ao mesmo tempo uma fatia menor desse dinheiro é gasta. Restrições orçamentárias, investimentos em obras inacabadas e falhas de gestão são alguns dos motivos apontados por especialistas. (Estado de Minas)
Expansão do PIB
Em menos de um mês do novo ano, o mercado financeiro segue com uma posição desanimadora em relação ao crescimento do País em 2015, que vai beirar mais uma vez a estabilidade, segundo analistas do setor privado. Para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 26, manhã pelo Banco Central, a estimativa é de expansão de 0,13% ante taxa de 0,38% apontada no levantamento anterior - há quatro semanas, a aposta era de uma alta este ano de 0,55%. Já para 2016, a expectativa é mais otimista, mas mesmo assim passou por uma forte deterioração esta semana. A projeção de crescimento de 1,80% da semana anterior foi substituída por uma taxa de 1,54%. Quatro semanas atrás, a mediana das projeções de crescimento do PIB no ano que vem era de 1,80%. (Estado de Minas)
Inflação
O mercado financeiro vê ainda mais distante do que antes a possibilidade de cumprimento da meta de inflação de 4,5% em 2015. A piora das expectativas para os indicadores de preços pode ser constatada em diferentes variáveis para diferentes períodos levantados pelo Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. De acordo com o documento, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) deste ano subiu de 6,67% para 6,99%. Há um mês, a mediana estava em 6,53%. Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta e está pior, pois passou de 6,60% na semana passada para 6,86% agora. Quatro semanas atrás, estava em 6,40%. (Estado de Minas)
Syriza vence na Grécia
O Syriza, partido radical de esquerda, venceu neste domingo as eleições legislativas na Grécia com 36,3% dos votos — o que significa 149 cadeiras no Parlamento, ou seja, a duas cadeiras de obter a maioria absoluta no Legislativo de 300 lugares. O Nova Democracia, do atual primeiro-ministro, Antonis Samaras, ficou em segundo, com 27,8%, na frente do neonazista Aurora Dourada que, mesmo com a maioria dos seus líderes na cadeia, conseguiu manter a marca de 6,3%. Alexis Tsipras, líder da legenda, comemorou sua chegada ao poder em Atenas com promessas renovadas de acabar com uma era que chama de “austeridade desastrosa” imposta pela União Europeia nos últimos cinco anos. (O Globo)