Reforma política

Depois de mais de 20 dias sem votação, o Senado retomará as atividades normais esta semana, com a definição dos presidentes e vices das 12 comissões permanentes e um debate sobre reforma política, que devem movimentar a Casa. Nas comissões, o problema é que os partidos de oposição - PSDB, PSB e DEM - não estão confiantes em relação ao processo. Querem que, ao contrário do que aconteceu na eleição da Mesa Diretora, quando só siglas governistas preencheram as vagas, desta vez o critério da proporcionalidade dos partidos seja respeitado. Por causa da falta de acordo, a votação de propostas importantes está paralisada. Responsável pelas negociações, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) acredita em um entendimento entre os partido durante reunião de líderes na terça-feira (24). Caso isso ocorra, a posse dos novos presidentes e vice-presidentes das comissões e a retomada dos trabalhos serão marcadas para o dia seguinte. Enquanto o comando das comissões não se define, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou também para terça-feira uma sessão temática para debater a reforma política. Essa não será a primeira vez que a Casa vai discutir o tema em uma sessão especial. O primeiro debate nesses moldes foi realizado em agosto de 2013, motivado pelas manifestações populares de junho do mesmo ano. Nesse tipo de sessão, especialistas no assunto são convidados para debater e tirar dúvidas de parlamentares. À época, a convidada foi a então presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),ministra Carmem Lúcia. (Agência Brasil)

CPIs

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai decidir nesta semana, entre os oito requerimentos para a criação de comissões parlamentares de Inquérito (CPIs), quais os que têm fatos determinado e justificam a criação. Os pareceres da consultoria da Mesa Diretora da Câmara sobre os oito requerimentos serão levados ao presidente da Câmara para que ele decida que comissões podem ser criadas. Cabe ao presidente da Casa a decisão final sobre a criação de CPIs, após o parecer da Secretaria da Mesa. Até agora, Cunha criou apenas a CPI destinada a investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito da Petrobras, no período compreendido entre 2005 e 2015. O requerimento foi apresentado pelo líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), e mais 181 deputados. A CPI, que deverá continuar as investigações interrompidas na CPMI do Congresso no ano passado, será instalada quinta-feira (26) ao meio-dia, quando serão eleitos o presidente e os vices e designado o relator. Os dois cargos mais importantes da comissão - a presidência e a relatoria - estão sendo disputados pelo PMDB e pelo PT, partidos que têm as maiores bancadas. (Agência Brasil)

Lava Jato

Deputados escolhidos pelos partidos para apurar na Câmara o esquema de corrupção na Petrobrás receberam em 2014 R$ 1,9 milhão em doações eleitorais de empresas citadas na Operação Lava Jato e prováveis alvos da CPI criada para investigar os desvios. Empreiteiras como Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, UTC, Carioca Engenharia, Galvão Engenharia e empresas do grupo Queiroz Galvão doaram para 10 dos 15 deputados já indicados para a CPI. O levantamento do Estado considerou a prestação de contas dos candidatos disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número de agraciados com doações das empreiteiras alvo da Lava Jato pode aumentar. Faltam ser escolhidos 12 dos 27 membros da CPI, a ser instalada na quinta-feira. Partidos como PT, PMDB e PP ainda não apresentaram seus escolhidos oficialmente, embora já haja nomes cotados. Favorito para assumir a presidência da comissão, o peemedebista Hugo Motta (PB), de 25 anos, teve cerca de R$ 455 mil (61%) dos R$ 742 mil de sua campanha custeados indiretamente por duas empreiteiras suspeitas. Ele recebeu R$ 255 mil da Andrade Gutierrez via diretórios estadual e nacional do PMDB e por um repasse da campanha do candidato a deputado estadual Nabor Wanderley Nóbrega Filho (PMDB-PB). Outros R$ 200 mil vieram da Odebrecht, repassados a Motta pela direção nacional do PMDB. O deputado disse desconhecer as doações. (Agência Estado)

Água

Apesar da chuva que voltou a cair em Belo Horizonte nas últimas semanas, o nível de água dos reservatórios que abastecem a capital e a Região Metropolitana permanece baixo. Diante disso, a prefeitura municipal estuda novas formas de economia. Uma das ideias é a criação de um banco de água, com o objetivo de reutilizar e até mesmo transportar o líquido de áreas mais abundantes para as mais escassas. “Nós queremos aproximar aqueles que estão interessados em oferecer a água que está sobrando no seu local, seja numa mina ou num poço artesiano, daqueles que estão precisando de água. Não é razoável que as pessoas utilizem água para lavar passeio, lavar pátio e molhar pátio utilizando água tratada. Em alguns pontos a gente vê sobra de água, em outros falta de água. O que queremos é resolver o problema dos dois lados”, explicou o vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal de meio ambiente, Délio Malheiros. O vice-prefeito explicou que a prefeitura também tem tentado mapear os pontos da cidade onde a água é encontrada em grandes quantidades. “Temos muita água sobrando em vários lugares. Na própria rodoviária um poço artesiano pode ser utilizado com sete mil litros de água por hora. Ainda não temos a confirmação se é potável ou não. Temos água de nascente no Parque Municipal, no Parque das Mangabeiras e em várias outras áreas de BH”, disse. (Rádio Itatiaia)

Brasilidade

O olhar dos artistas sobre o Brasil, cada um em seu período de produção das obras, é a proposta da exposição Retratos da Brasilidade, que pode ser vista até o dia 10 de maio no Museu de Arte Brasileira da Faap (MAB-Faap). A mostra é gratuita e apresenta 70 obras, entre gravuras, pinturas, fotografias e esculturas de diversos períodos, tendências e técnicas. O público terá acesso às gravuras de Johann Moritz Rugendas, com representação de cenas do século 19 no Brasil; à tela Caboclas Montadas, de Lasar Segall; à pintura Carnaval, de Di Cavalcanti, além de fotografias de Pierre Verger, retratando a cultura popular tradicional. O curador José Luis Hernández Alfonso explica que fez um levantamento de todas as obras do acervo do MMAB-Faap que tinham temáticas ligadas ao Brasil. “Depois, agrupamos em blocos, por exemplo, cenas de costumes do século 19; festas populares; carnaval; futebol; flora e fauna brasileira; imaginário religioso; e cenas de trabalho.” Para ele, a importância das obras para a memória e identidade brasileiras é que diversas formas de arte guardam esses temas que são tipicamente da cultura nacional, que vem do povo. Além disso, os artistas da exposição são representantes de diferentes momentos da arte do país e apresentam variadas tendências artísticas. (Agência Brasil)

Concursos

Os interessados em ingressar no serviço público devem aproveitar as oportunidades. Há mais de 10 concursos públicos em andamento ou com editais previstos para publicação até o fim do mês, que vão preencher vagas em prefeituras de Minas Gerais e na UFMG. As inscrições estarão abertas até 2 de abril. Levantamento feito pelo Estado de Minas indica 2.656 cargos oferecidos em processos seletivos, dos quais 1.811 previstos em editais com inscrições abertas e os outros 845 a ser lançados ainda em fevereiro. Os concursos se destinam a todos os níveis de escolaridade, com salários que vão de R$ 794,44 a R$ 11.656,91, no caso de médico do Programa de Saúde da Família (PSP) para atuar na Prefeitura de Capitólio, no Sul de Minas. A Prefeitura de Belo Horizonte é a que mais oferece vagas, num total de 1.812, com quatro processos seletivos. A taxa de inscrição varia entre R$ 20 e R$ 90 dependendo do cargo pretendido. As inscrições para o preenchimento de 345 vagas de agente de combate a endemias vão até 13 de março e o salário é de R$ 1.020,58. Ainda na seleção da PBH, para o cargo de agente comunitário de saúde, as inscrições podem ser feitas até 19 de março. Os candidatos às funções de professor do ensino fundamental poderão se inscrever até 26 do mês que vem. Para as vagas da área de saúde, as inscrições começam hoje e terminam em 2 de abril. O interessado pode buscar mais informações no site da prefeitura (www.pbh.gov.br). (Estado de Minas)

Violência

Faltava um mês para Felipe*fazer 19 anos, quando ele foi assassinado em abril de 2014, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Apaixonado por automóveis, ele não chegou sequer a realizar o seu sonho, que era comprar um carro. Foi morto com 30 tiros no meio da rua, por volta das 18h. O caso dele é apenas um retrato da violência que tem matado milhares de jovens no Brasil. Na capital mineira, a cada grupo de mil adolescentes, ao menos quatro morrem antes de completar 19 anos. A taxa aqui é de 4,12 assassinatos por mil habitantes (de 12 a 18 anos), o dobro da registrada na cidade do Rio de Janeiro (2,06). A marca é de 1,69 em São Paulo e 3,32 na média nacional. Os dados são do Índice de Homicídios na Adolescência: IHA 2012, divulgado neste ano pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH), em parceria com o observatório de Favelas e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No estudo, Belo Horizonte aparece como a oitava capital mais violenta para os jovens. O mais preocupante, segundo a coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal da SDH, Raquel Willadino, é que os números estão aumentando. De 2010 a 2012, a taxa de homicídios cresceu 40% na capital – de 2,94 para 4,12. “Se esse índice se mantiver, a estimativa é que cerca de mil jovens de 12 a 18 anos morram assassinados até 2019 em Belo Horizonte”, alerta Raquel. Felipe foi apenas uma das vítimas por trás dessas estatísticas. Só em 2014, foram 298 homicídios de pessoas até 25 anos, o que representa cerca de 50% do total, de acordo com o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto de Souza. Dos 298 casos, 147 (49,3%) fizeram vítimas com 16 a 20 anos. É nessa idade que as pessoas têm mais chance de se envolver em briga em bares, festas etc, diz o cientista político Guaracy Mingardi, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “As condições sociais também interferem muito nesses resultados. Onde há aglomeração de pessoas e falta de emprego e estudo, o risco é sempre maior. E nesse contexto, a droga – ingrediente de peso – também afeta mais os jovens”. (O Tempo)

Baixista

O resultado do teste que vai apontar se o primeiro baixista da banda Legião Urbana, Renato Rocha, de 53 anos, usou drogas antes de ser encontrado morto, nesse domingo, deve sair nos próximos dias. O músico estava em um hotel do Guarujá, cidade no litoral sul de São Paulo. De acordo com o Instituto Médico Legal, Renato morreu após parada cardíaca. O ex-integrante do Legião Urbana deixa um casal de filhos e uma neta. Ele vivia numa clínica de reabilitação de segunda a sexta-feira e era liberado nos fins de semana. O baixista é coautor de músicas importantes da banda. Um dos maiores sucessos escrito por ele e os companheiros de grupo é "Quase Sem Querer". Renato Rocha entrou no grupo para aliviar o vocalista Renato Russo, que acumulava as funções de cantor e baixista do Legião Urbana no início da carreira. (Rádio Itatiaia)

HIV

Espalhados em sites e blogs pela internet e presentes em saunas e casas de sexo, grupos de homens soropositivos de diversas partes do Brasil têm usado táticas para infectar parceiros sexuais propositalmente. Adeptos da modalidade bareback, na qual gays fazem sexo sem camisinha, eles têm compartilhado dicas de como transmitir o HIV sem que o parceiro perceba. A prática é considerada crime e tem causado preocupação na área da saúde e também no meio LGBT. Na web e nas baladas, os barebackers formam o "clube do carimbo". Em blogs, compartilham diferentes técnicas para fazer sexo sem proteção ou furar a camisinha. Fotos e vídeos ilustram o "passo a passo". Há três semanas, uma dessas páginas chamou a atenção e foi compartilhada nas redes sociais. Nas postagens, um aviso de que as férias escolares e o carnaval são os melhores momentos para "carimbar" (ato de transmitir o vírus), principalmente os jovens. "Todo macho recém-convertido ao bare, lá no fundo, quer ser carimbado para ser convertido para o nosso lado, para o bare 'vitaminado'", escreveu o autor. O "vitaminado" é uma clara referência aos portadores do HIV. (Agência Estado)

Fukushima

Um novo vazamento de água altamente radioativa para o mar foi detectada ontem (22) na Central de Fukushima, no Japão, anunciou a empresa Tokyo Eletric Power (Tepco). Segundo a agência de notícias France Presse, com base nas declarações de um porta-voz da empresa, a situação foi observada por meio de sensores ligados a um tubo de drenagem de águas pluviais e subterrâneas, que mediram níveis de radioatividade até 70 vezes maiores do que outros valores já registrados no local. Esses valores foram baixando gradualmente com o passar do tempo mas, mesmo assim, continuam alarmantes. A linha de drenagem que faz a ligação com uma porta adjacente à costa do Pacífico foi fechada. A Tepco informou que uma inspeção feita pela empresa não mostrou nenhuma anomalia nos tanques de armazenamento de água contaminada e assegurou “não ter nenhuma razão para pensar que os reservatórios tenham um vazamento”. A Agência Internacional de Energia Atômica disse, na semana passada, estar preocupada com a quantidade crescente de água contaminada armazenada nesses tanques. A água vem dos reatores - onde é utilizada para resfriamento - , bem como de fluxos de água subterrânea. É bombeada e armazenada em milhares de reservatórios gigantes, que aumentam à medida que a Tepco constrói outras dezenas por mês para absorver o fluxo. O desmantelamento dos quatro reatores mais danificados, entre os seis que fazem parte da Central de Fukushima, deverá demorar entre três e quatro décadas. (Agência Brasil)

Bangladesh

O número de mortos em um acidente envolvendo uma balsa no centro de Bangladesh, subiu para 48, informaram autoridades locais. A embarcação com cerca de 100 passageiros a bordo naufragou em Bangladesh neste domingo, após ser atingida por um cargueiro. Uma operação de resgate estava em andamento, mas o número de pessoas desaparecidas depois do acidente ainda é incerto. A balsa foi atingida por um cargueiro no cruzamento Daulatdia-Paturia no rio Padma, na tarde deste domingo (horário local), afirmou a funcionária do Departamento de Incêndio de Bangladesh, Shahzadi Begum. As equipes de resgate foram enviadas para o local e botes que estavam nas proximidades estavam ajudando na operação. O local fica a 40 quilômetros a nordeste de Dhaka, capital do país. Acidentes com balsas são comuns em Bangladesh, uma nação empobrecida do Sul da Ásia e atravessada por mais de 130 rios. A balsa M.L. Mosta estava submersa a uma profundidade de até 6 metros, disse o inspetor Zihad Mia, que está supervisionando a operação de resgate. Segundo ele, até a noite deste domingo, pelo menos 48 corpos tinham sido retirados das águas. Mia disse que as autoridades ainda não tinham como determinar quantos passageiros estavam desaparecidos. As balsas em Bangladesh geralmente não fazem listas de passageiros. "Não temos nenhuma imagem clara de quantos pessoas estavam na balsa quando ela afundou", declarou o inspetor. "Mas eu acho que muitos sobreviveram." (Estadão)