Manifestações

Os atos espalhados por 152 cidades do País levaram, nesse domingo, cerca de um terço do total de pessoas que foram para as ruas na manifestação do dia 15 de março. De acordo com as policiais militares dos Estados onde houve passeatas, cerca de 660 mil pessoas foram às ruas, ante os cerca de 1,9 milhão que participaram da primeira manifestação. Em Belo Horizonte, de acordo com a Polícia Militar, o ato chegou a reunir 6 mil pessoas. Em São Paulo, a Polícia Militar optou por divulgar apenas uma estimativa de público. Segundo a corporação, cerca de 275 mil pessoas foram à Avenida Paulista. No dia 15, a Polícia Militar havia contabilizado 1 milhão de manifestantes. A medição feita nesse domingo pelo instituto Datafolha na Paulista resultou em um número inferior ao da Polícia Militar: 100 mil pessoas. No protesto do mês passado, o instituto contabilizou 210 mil na avenida. O descompasso entre os números do Datafolha e da PM gerou polêmica após o ato do dia 15. (Agência Estado)

Petrobras

Contratos da área de Comunicação da Petrobras são o novo foco prioritário força-tarefa da Operação Lava Jato, a partir das descobertas da 11ª fase da investigação, deflagrada na sexta-feira (10). A suspeita é de que o modelo de desvios de até 10% em contratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2014, tenha sido replicado na estatal petrolífera. Batizada de A Origem, a mais recente etapa da Lava Jato detectou o uso de empresas legais e de fachada em um esquema que beneficiou o ex-deputado paranaense André Vargas, que foi vice-presidente da Câmara e secretário de Comunicação do PT na período investigado. Ele teve ordem de prisão cumprida pela PF na sexta-feira, assim como os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) e outras quatro pessoas. O ponto de partida da nova frente de investigações na Petrobras serão as empresas LSI, Limiar e IT7 (da área de tecnologia) - controladas por Vargas e usadas para os desvios na Caixa e na Saúde, segundo a Lava Jato. Um inquérito aberto no fim de 2014 para a área de Comunicação na petrolífera servirá para centralizar as apurações. Os investigadores buscarão novos envolvidos, além de Vargas, e vão reunir elementos já levantados de sobrepreço e pagamentos sem contrato no setor, via Diretoria de Abastecimento. "Existe uma investigação aberta e é preciso olhar melhor essa área de Comunicação, em especial, na Diretoria de Abastecimento", afirmou o procurador da República Carlos Fernando Lima. (Estadão)

Santos

Os impactos ambientais do incêndio que atingiu seis tanques de uma empresa de Santos, na semana passada, poderão durar pelo menos cinco anos, contaminando plantas e animais. Além disso, com a emissão de poluentes na atmosfera, existe a possibilidade de ocorrência de chuvas ácidas, o que comprometeria a vegetação da Serra do Mar. O alerta é do zoólogo Marcelo Pinheiro, do Campus Litoral Paulista da Unesp. O incêndio no terminal da Ultracargo - o maior já registrado no Estado de São Paulo - só foi declarado extinto pelo Corpo de Bombeiros na sexta-feira (10), nove dias após ter começado. Segundo a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), até agora todos os esforços haviam sido concentrados no controle do incêndio e a avaliação dos danos ambientais terá início só após o rescaldo. Mas, segundo Pinheiro, é provável que a situação da área de estuário e dos manguezais, que já era crítica, fique ainda pior: bilhões de litros de água que foram usados no resfriamento dos tanques voltaram para o ecossistema aquático com resíduos do combustível e dos produtos químicos que compõem a espuma usada para debelar o fogo. "Não podemos ainda prever com precisão quanto vai durar o impacto. Mas, dependendo da composição química da espuma e da quantidade utilizada, vai levar de cinco a dez anos para que a natureza se recupere e volte à situação original. Na água, esse produto poderá reagir com outros resíduos químicos, formando compostos mais tóxicos. A contaminação pode repercutir por toda a cadeia alimentar", disse Pinheiro. "Além disso, os poluentes lançados na atmosfera podem formar a chuva ácida, que queima o tecido das folhas e impede a fotossíntese, matando a vegetação."
Segundo o gerente da Agência Ambiental de Santos na Cetesb, Carlos Eduardo Padovan Valente, ainda não foram detectadas alterações consideráveis na qualidade do ar. Mas a quantidade de oxigênio disponível na água foi reduzida dramaticamente e a temperatura subiu 7°C acima do tolerável para os peixes, o que causou a morte de oito toneladas deles. "Desde domingo passado não temos mortes de peixes." (Estadão)

Dengue

O armazenamento indevido de água por causa da crise de abastecimento nos três primeiros meses de 2015 aumentou o número de casos de dengue em alguns bairros de Belo Horizonte e cidades do interior do estado onde o problema de desabastecimento é mais sério. Na capital, o Barreiro é a regional com maior registro de casos da doença e, de acordo com a PBH, o acondicionamento incorreto de água pelos moradores foi um dos fatores que contribuíram para o agravamento da situação. Na região do Barreiro, o problema foi registrado principalmente no Bairro Milionários, onde agentes de saúde precisaram montar uma força-tarefa para orientar a população sobre uso de tonéis e baldes com água. Em Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, 92% dos focos de Aedes aegypti foram encontrados em recipientes usados pelos moradores para guardar água. Em 2015, o Barreiro já registrou 137 casos de dengue, 23% dos 572 casos identificados na capital. O número é quase 22 vezes maior que os da Região Centro-Sul e quatro vezes mais alto que os índices encontrados em Venda Nova. De acordo com o gerente de controle de zoonoses do Barreiro, Vitor Rodrigues Dias, o aumento de casos da doença no Bairro Milionários foi causado exclusivamente pelo acondicionamento inadequado de água. “A população está colocando água em tambores para ficar até semanas com o líquido. As pessoas não tampam os tambores”, afirma. Segundo o gerente, é nesses locais que o mosquito Aedes aegypti está se reproduzindo. Os agentes identificaram residências onde havia tonéis e orientaram as pessoas a jogar fora a água ou tampar os reservatórios. (Estado de Minas)

Nardoni

Uma segunda carcereira do presídio de Tremembé (a 147 km da capital), do sistema penitenciário de São Paulo, declarou que o advogado Antônio Nardoni pode ter participação na morte de sua neta, Isabella Nardoni, de 5 anos, em crime ocorrido em 2008. A funcionária relata que ao ser perguntada sobre se o crime tinha ocorrido por mando de alguém, a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá --que cumpre pena em Tremembé--, teria respondido que foi "daquele 'véio'". Questionada se o "véio" seria seu sogro, Anna Carolina confirmou com a cabeça, segundo reportagem da TV Globo exibida neste domingo (12) no Fantástico. De acordo com o novo testemunho, o avô de Isabella teria pedido para Anna e seu filho, Alexandre Nardoni, simularem um acidente sobre a morte de Isabella. O depoimento é semelhante ao de outra carcereira, que veio a público em dezembro de 2014. Segundo esta funcionária da penitenciária, Anna assumiu ter batido na menina em uma discussão no carro do casal, após eles terem saído de um supermercado. Após uma série de agressões de Alexandre Nardoni, a menina ficou inerte, e eles teriam imaginado que ela já estava morta. Então Anna ligou para o sogro Antônio para pedir ajuda. Ele então teria sugerido a simulação do acidente. (Uol)

Panamá

Sem consenso dos 35 países para a elaboração de uma carta final conjunta, a 7° Cúpula das Américas terminou com uma declaração de Juan Carlos Varela Rodríguez, presidente do Panamá, país anfitrião do encontro. No documento de quatro páginas, o panamenho lista os assuntos acordados entre os líderes americanos nos dois dias de cúpula, entre eles, o apoio à reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos e à negociação para o fim do conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O motivo da falta de consenso sobre a declaração conjunta foi a exigência da Venezuela de incluir no documento condenação às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país. Em março, a Casa Branca decretou a suspensão do visto de sete funcionários do governo venezuelano e o congelamento de seus bens em território norte-americano. O governo dos Estados Unidos declarou na ocasião que a Venezuela representa uma “ameaça incomum e um problema extraordinário para os Estados unidos” e alegou que o governo de Nicolás Maduro adota medidas antidemocráticas. Em resposta às sanções, a Venezuela resolveu cobrar visto de cidadãos dos Estados Unidos que visitem o país. Apesar do impasse, o presidente do Panamá destacou no documento que houve consenso em 90% das propostas citadas no documento final, que tratam de temas como educação, segurança, saúde, energia e políticas de imigração. (Agência Brasil)

Hillary Clinton

A democrata Hillary Clinton confirmou ontem (12), em vídeo postado na sua página na internet, que vai disputar as eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2016. Será a segunda vez que ela se candidatará ao posto. Hillary Clinton é ex-senadora e já foi secretária de Estado. A decisão de Hillary já tinha sido confirmada em mensagens aos apoiadores pelo presidente da sua campanha, John Podesta. “É oficial: Hillary é candidata a presidente”, escreveu John Podesta, em uma mensagem dirigida aos doadores da campanha, confirmando a nova tentativa da democrata de se tornar a primeira mulher a comandar os Estados Unidos. (Agência Brasil)

Nobel de Literatura

O alemão Günter Grass, Prêmio Nobel de Literatura e autor de obras como "O Tambor", faleceu nesta segunda-feira aos 87 anos, anunciou sua editora no Twitter. "O Prêmio Nobel de Literatura Günter Grass faleceu esta manhã aos 87 anos de idade em uma clínica de Lübeck, norte da Alemanha", informou a editora Steidl. O site da editora publicou várias fotografias em preto e branco do escritor com sua imagem "clássica": bigode espesso, cachimbo aceso e óculos sobre o nariz. Homem de esquerda, polêmico, que nunca deixou de confrontar o país com seu passado nazista, Grass foi o escritor alemão mais conhecido no exterior na segunda metade do século XX. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores afirmou em uma entrevista coletiva que as autoridades alemãs estão "profundamente afetadas" com a notícia "trágica". O escritor britânico Salman Rushdie expressou no Twitter sua "tristeza". Era "um verdadeiro gigante, um inspirador, um amigo". (Correio Braziliense)