Coronavírus

O número de vidas perdidas para a pandemia chegou a 563,1 mil neste domingo (8). Nas últimas 24 horas, foram registrados 399 novos óbitos em razão da covid-19. Ontem, o total de óbitos estava em 562.752. A quantidade de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 20,1 milhões. De ontem para hoje, foram confirmados 13,8 mil novos diagnósticos positivos. Ontem, o sistema de informações da pandemia marcava 20.151.779 casos acumulados. Ainda há 695,2 mil casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cujo quadro pode evoluir e é observado por equipes de saúde. A atualização diária do Ministério da Saúde foi divulgada na noite deste domingo (8). O balanço sistematiza os registros levantados pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 18,9 milhões. Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana. (Agência Brasil)

Delta

variante delta do Sars-CoV-2 já representa quase 90% das amostras do vírus sequenciadas no mundo, segundo novo relatório epidemiológico da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) divulgado neste domingo (8). Devido ao rápido avanço da delta dentro e fora das Américas, a organização recomenda que os países revisem seus planos e se preparem para um eventual aumento de casos e de internações por Covid-19, incluindo necessidade de terapia intensiva com suporte, como hemodiálise. Na última quarta-feira (4), a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que a variante corresponde a 45% das amostras analisadas na capital e 26% das do estado. Em São Paulo, um boletim divulgado pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) apontou a delta em 23,5% das amostras sequenciadas no instituto. A Opas orienta que os países intensifiquem a vigilância genômica e assegurem a publicação do sequenciamento genético na plataforma Gisaid, uma plataforma internacional de dados genômicos. Notificada pela primeira vez em julho de 2020, a variante delta (B.1.6.17.2) está presente hoje em 135 países. Mas, segundo a Opas, é preciso olhar com cautela os dados de sequenciamento genético das variantes porque eles podem estar enviesados, uma vez que a maior contribuição vem de países de alta renda. (Folha de S. Paulo)

Pfizer

Chegou neste domingo (8) ao Brasil um lote de 1 milhão de doses de vacinas contra covid-19 da Pfizer. Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é de que ainda hoje outro lote de 2 milhões de doses desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Desde o início da semana, o país recebeu 6,8 milhões de doses do imunizante da Pfizer. Por suas redes sociais, o Ministério da Saúde informou que nos últimos seis dias foram distribuídas para o país 11 milhões de doses dos imunizantes disponíveis. Para a Região Norte, foram 955,9 mil doses entre 3 e 8 de agosto; para o Sudeste, foram 4,4 milhões de doses. O Sul recebeu 1,5 milhão de imunizantes. Para a Região Nordeste foram enviadas 3 milhões de doses; e para o Centro-Oeste, 1 milhão de doses. De acordo com a pasta, já foram aplicadas 150 milhões de doses contra a covid-19 em território nacional. (Agência Brasil)

UFMG


Será necessário se vacinar todo ano contra a covid-19? Quem tomou duas doses precisará de um reforço? As variantes vão exigir novas vacinas? Essas perguntas continuam sem uma resposta definitiva da comunidade científica, mas pesquisadores brasileiros já trabalham em novos projetos de vacinas que poderão suprir possíveis demandas futuras e dar maior independência ao país para manter sua população imunizada. É o caso da vacina SpiN-Tec contra a covid-19, que teve seu pedido de testes em humanos protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de julho, por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A vacina começou a ser desenvolvida em março do ano passado pelo CTVacinas da UFMG, em parceria com a Fiocruz Minas, e recebeu apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Como o Brasil já encomendou mais de 600 milhões doses de outras vacinas contra covid-19 para o ano de 2021, a conclusão dos testes da SpiNtec, em 2022, deve ocorrer com a população já amplamente vacinada. Mesmo assim, a pesquisa segue com a perspectiva de que a vacina mineira possa ser usada como reforço para pessoas já imunizadas. Um dos pesquisadores responsáveis pela SpiN-Tec, o professor Flávio da Fonseca explicou, em entrevista coletiva no início deste mês, que os testes em humanos vão buscar calibrar um esquema de doses para que a vacina seja aplicada em quem já se vacinou. Nos testes em laboratório, em animais, os pesquisadores usaram um esquema de duas doses, com intervalo de 21 dias, mas, para os estudos clínicos, haverá a avaliação se uma dose basta para reforçar a imunização. (Agência Brasil)

Vacinação

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) amplia a vacinação contra covid-19 nesta semana, com a imunização de moradores com até 31 anos, além da aplicação da segunda dose em diferentes públicos. A vacinação de mulheres de 33 anos será antecipada e realizada nesta terça-feira (10),  mesmo dia que os homens. Já na quarta (11), serão vacinados os homens e mulheres de 32 anos e na quinta (12), homens e mulheres de 31 anos. O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. Já aos sábados os postos fixos e extras funcionam das 7h30 às 14h e os pontos drive-thru das 8h às 14h. Confira o cronograma: Dia 9, segunda-feira: segunda dose para pessoas com comorbidades de 33 a 18 anos e repescagem de pessoas com comorbidades convocadas por faixa etária, além de gestantes e puérperas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente e Síndrome de Down que por alguma razão perderam a data da aplicação da segunda dose (veja os locais aqui); - Dia 10, terça-feira: primeira dose para homens e mulheres de 33 anos, completos até 31 de agosto ( veja os locais aqui); - Dia 11, quarta-feira: primeira dose para homens e mulheres de 32 anos, completos até 31 de agosto; - Dia 12, quinta-feira: primeira dose para homens e mulheres de 31 anos, completos até 31 de agosto. (Rádio Itatiaia)

Congresso

O governo deve entregar nesta segunda-feira (9) ao Congresso a proposta que parcela precatórios para driblar o teto de gastos em 2022, além de uma MP (medida provisória) que cria o Auxílio Brasil —programa que substituirá o Bolsa Família. As propostas devem ser entregues pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pela manhã. De acordo com integrantes do governo ouvidos pela Folha, a MP do Auxílio Brasil vai trazer o formato do programa, com seus objetivos e diretrizes, mas sem estabelecer valores nem explicitar as fontes orçamentárias. Lançado em meio às incertezas que rondam o Orçamento de 2022, o texto deve condicionar parte do programa à real existência de recursos, abrindo caminho para que certas medidas fiquem apenas no papel. O programa surge no momento em que a classe política pressiona por gastos em diferentes frentes e o espaço disponível no teto de gastos é comprimido pelo avanço da inflação e pelo consequente reajuste de despesas obrigatórias (como aposentadorias). (Folha de S. Paulo)

Congresso I

As contas públicas estão no vermelho desde 2014, e a equipe econômica concentrou esforços nos últimos meses para tentar fazer o pagamento médio por família se elevar dos atuais R$ 190 para algo mais próximo de R$ 300. O valor caberia, com aperto, no teto de gastos. Mas Bolsonaro e aliados pressionam por mais e citam nos bastidores um possível valor de R$ 400. Mesmo com as indefinições sobre os números, a proposta do Auxílio Brasil já representa a maior mudança na política do Bolsa Família desde sua criação. O programa criado no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve deixar de existir formalmente após quase 18 anos e ter o arcabouço legal revogado até o fim deste ano. O Auxílio Brasil, no entanto, manterá as premissas do antecessor ao atender famílias em situação de extrema pobreza (renda mensal de até R$ 89 por pessoa, segundo o padrão atual do governo) e pobreza (entre R$ 89 e R$ 178). (Folha de S. Paulo)

Bolsonaro

Medidas sinalizadas para impulsionar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já demandam R$ 67 bilhões dos cofres públicos em 2022. O impacto fiscal deve ser ainda maior nos anos seguintes. O presidente mobiliza ministros a aumentar gastos no ano em que tentará a reeleição ao Palácio do Planalto. Somam-se ao movimento também pressões do Congresso por mais recursos públicos. A escalada pressiona o time do ministro Paulo Guedes (Economia) contra as regras fiscais e leva interlocutores a constatarem que o Orçamento para 2022 é o mais desafiador dos últimos dez anos. Fazem parte da conta itens como a isenção para o diesel no próximo ano (R$ 26 bilhões, segundo Bolsonaro), a expansão no Bolsa Família (de ao menos R$ 25 bilhões, segundo Guedes), a reforma tributária (que subtrai R$ 7,7 bilhões de estados e municípios) e o aumento no funcionalismo (que a equipe econômica tenta limitar a R$ 5 bilhões). Acomodar todos os números nas contas de 2022 é uma tarefa que tem gerado incertezas entre os analistas, assim como percepção de risco sobre o real cumprimento de regras fiscais. Pessoas próximas ao ministro já admitem que se preocupar neste momento "faz sentido". Os receios se acentuaram nos últimos dias. Após o governo começar a discutir uma proposta para parcelar os precatórios —dívidas de sentenças judiciais contra a União–, driblando o teto de gastos ao jogar a despesa de 2022 para anos seguintes e já provocando questionamentos de especialistas, aliados do governo no Congresso foram além. (Folha de S. Paulo)

Clima

O relatório sobre o clima, publicado hoje (9) pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é um "alerta vermelho" que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que "destroem o planeta". A afirmação foi feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e "deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta", segundo avaliação de Guterres, em comunicado. O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. "Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável", acrescentou Guterres. O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, "ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes". "Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade", disse António Guterres. "Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta", disse o secretário. No mesmo documento, ele pede igualmente aos dirigentes mundiais, que se vão reunir na Conferência do Clima (COP26) em Glasgow, na Escócia, no próximo mês de novembro, que alcancem "sucessos" na redução das emissões de gases de efeito estufa. "Se unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para desculpas", apelou Guterres. (Agência Brasil)

Tóquio

A forte chuva que caiu durante boa parte do domingo em Tóquio deu uma trégua à noite, na hora da cerimônia de encerramento da Olimpíada. Assim, a festa pôde ser mais bonita e completa. Depois de 19 dias de competição, terminou uma edição histórica dos Jogos, disputada sob rígidos protocolos em meio a uma pandemia que matou mais de 4 milhões de pessoas. Em um clima descontraído, com muita dança e valorização da cultura japonesa, os organizadores celebraram a realização do evento sem que nenhum grande incidente fosse registrado, apesar da rejeição de boa parte da população local. Por isso, o discurso de encerramento do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, foi de alívio e agradecimento aos atletas. "Vocês nos inspiraram com este poder unificador do esporte. Isso foi ainda mais notável, dados os muitos desafios que vocês tiveram de enfrentar por causa da pandemia. Nestes tempos difíceis que todos vivemos, vocês dão ao mundo o mais precioso dos presentes: a esperança", disse. O tom da festa no Estádio Olímpico foi bem diferente em relação à abertura, no dia 23 de julho. A intenção dessa vez foi mostrar ao mundo uma atmosfera mais descontraída. Ao contrário da cerimônia de abertura, onde cada país desfila individualmente, no encerramento todos entraram praticamente juntos por quatro entradas diferentes para simbolizar a união dos povos. O ponto que uniu as duas cerimônias foi, mais uma vez, a defesa da igualdade de gênero, da diversidade e da inclusão. Um dos lemas dos Jogos, inclusive, foi celebrar as diferenças. Não por acaso, coube a uma trupe de teatro musical formada exclusivamente por mulheres cantar o hino nacional japonês. (Estadão)

Tóquio I

O Brasil fez uma campanha histórica na Olimpíada de Tóquio. Com sete ouros, seis pratas e oito bronzes, o país fechou os jogos olímpicos, encerrados neste domingo (8), na 12ª posição do ranking de medalhas, a melhor colocação da história brasileira. A edição de Tóquio também foi a mais vitoriosa em número de pódios. As 21 medalhas conquistadas superaram Rio-2016, antiga melhor marca do Brasil, com 19 medalhas, na 13ª colocação no ranking de medalhas. À frente do Brasil na classificação de Tóquio está o Canadá, com sete ouros, seis pratas e 11 bronzes. Os Estados Unidos terminaram na liderança, com 39 ouros, 41 pratas e 33 bronzes (113 no total). A China foi segunda, com 38 ouros, 32 pratas e 18 bronzes (88 no total). Quatro das medalhas conquistadas pelo Brasil em Tóquio 2020 foram em competições que ainda não estavam na Olimpíada em 2016: skate e surfe. "Tivemos a melhor campanha do Brasil em Jogos Olímpicos. Nós entregamos o que tínhamos como meta. Claro que o sarrafo subiu e queremos continuar com esse objetivo", disse Paulo Wanderley, presidente do Comitê Brasileiro Olímpico. Com 317 atletas de 35 modalidades (incluindo os reservas), 54 conquistaram medalha e vão participar de uma divisão de R$ 4,65 milhões que o COB ofereceu aos medalhistas. Quem ganhou o ouro no individual vai receber R$ 250 mil enquanto nos esportes coletivos o título olímpico valeu R$ 750 mil. Para além do resultado esportivo, o comitê também comemorou o fato de não ter tido qualquer caso positivo de covid-19 entre sua delegação, incluindo atletas, comissão técnica e outros credenciados. "Não tivemos nenhum caso na Missão e isso é muito importante para a gente", comentou Manoela Penna, diretora de comunicação e marketing do COB. (Rádio Itatiaia)