Samarco
Em pouco mais de dez meses, o saldo das contas da Samarco caiu de R$ 2 bilhões para R$ 8 milhões. O “sumiço” da quantia bilionária impossibilitou que a Justiça conseguisse bloquear R$ 300 milhões como garantia de ressarcimento às vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central de Minas, segundo o magistrado Frederico Esteves Duarte Gonçalves. Para tentar reaver os R$ 292 milhões restantes, ele determinou a interdição de investimentos da mineradora no Banco Central. Podem ser bloqueados, por exemplo, títulos da dívida pública adquiridos pela Samarco antes da determinação deferida anteontem. Em sua decisão, Gonçalves demonstrou estranheza com o fato de a Samarco ter em caixa R$ 2 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e, no último dia 13, data do bloqueio, apenas R$ 8 milhões. “A requerida (Samarco) vem adotando estratégia jurídica indigna e deliberada de, como se fosse o botequim da esquina, não cumprir o mandamento judicial. Em outras palavras e em português claro: a requerida sumiu com o dinheiro”, escreveu Gonçalves na sentença. Ele também negou o recurso da mineradora que pedia o fim da interdição dos R$ 300 milhões. (O Tempo)
Samarco I
Três semanas depois do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco, em Mariana (MG), ainda restam dúvidas sobre os riscos que as mais de 50 toneladas de lama representam para a saúde das populações atingidas e o meio ambiente ao longo de 850 quilômetros do Rio Doce, de Minas Gerais ao Espírito Santo. Moradores de cidades banhadas pelo rio manifestam preocupação com o fato de, passados 21 dias, não conseguirem observar melhorias no cenário devastado. A lama continua descendo e a água permanece grossa e barrenta. As três prefeituras mineiras procuradas pela Agência Brasil nesta semana, dos primeiros municípios atingidos pela onda de lama, informaram que até agora não receberam nenhuma informação formal da Samarco, empresa da Vale e da BHP responsável pela tragédia, sobre a composição dos rejeitos que mudaram a paisagem da região. Uma dessas localidades é Belo Oriente, a cerca de 270 quilômetros (km) de Mariana. A cidade, de 10 mil habitantes, foi atingida pela lama em 8 de novembro, três dias após o rompimento da barragem. Desde então, a captação de água para abastecimento da população deixou de ser feita no Rio Doce. “Tivemos que interromper a captação no dia 8 e transferimos a captação para o Rio Santo Antônio”, contou Joel Souto, porta-voz da prefeitura. (Agência Brasil)
Cerveró
Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, foi preso no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (27). A prisão aconteceu no momento em que ele desembarcava, vindo de Miami, nos Estados Unidos (EUA). Ribeiro foi localizado nos EUA na quarta (25), mas não pode ser preso imediatamente porque seu nome deveria ser incluído na lista de procurados pela Interpol a pedido do Supremo Tribunal Federal, o que só aconteceu no final do dia. O advogado é suspeito de cooperar com senador Delcidio do Amaral, líder do governo no Senado, que está preso em Brasília, para prejudicar o acordo de delação premiada entre Nestor Cerveró e o Ministério Público. A intenção era a de impedir que o ex-diretor citasse o nome de Delcidio e do empresário André Esteves, preso no Rio. (O Tempo)
Cerveró I
A Polícia Federal vai ouvir na tarde desta sexta-feira (27) o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o agente da PF Newton Ishii no inquérito que apura o vazamento de parte da delação de Cerveró. O documento, apesar de sigiloso, chegou ao dono do BTG Pactual , André Esteves, preso no Rio. O depoimento de Cerveró será às 14h30 na superintendência da PF em Curitiba , onde ele está preso. O agente Newton Ishii será ouvido em seguida. Newton Ishii transporta presos e aparece na maioria das fotos acompanhando novas prisões da Lava Jato. O nome Newton foi citado na gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, na conversa que teve com o senador Delcídio do Amaral, o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira e o então advogado de Cerveró, Edson Ribeiro. A gravação serviu de prova de obstrução das investigações . Ishii já chegou a ser afastado da Polícia Federal, mas foi reintegrado pela Justiça, que o considerou inocente em um processo . A PF deve se manifestar oficialmente nesta sexta sobre o caso. Na gravação, Bernardo e Edson demonstram espanto com o suposto acesso do banqueiro à delação de Cerveró. E conversam sobre como isso poderia ter acontecido. (G1)
Lava Jato
Em depoimento prestado ontem (26), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) negou ter tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A oitiva durou quase quatro horas e, segundo a defesa do senador, ele respondeu a todas as perguntas e esclareceu o episódio no qual é acusado de obstruir a Justiça. “Ele não tentou obstruir a investigação. Foi tudo esclarecido no depoimento que ele prestou”, disse o advogado de Delcídio, Maurício Leite, durante entrevista a jornalistas que aguardavam o resultado do depoimento. O depoimento foi conduzido pelo delegado Thiago De Lamare, que atua na força-tarefa da Lava Jato e foi acompanhada por dois procuradores da República e dois advogados do senador. Durante o depoimento, o delegado mostrou as gravações feitas pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró e que serviram de embasamento para o pedido de prisão do parlamentar. As gravações foram feitas durante uma reunião com a presença do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, do petista e do seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira. No material encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), Delcídio discute um plano para evitar que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, pai de Bernardo, assinasse um acordo de delação premiada. (Agência Brasil)
Lava Jato I
O banqueiro André Esteves deixou ontem à noite a sede da Polícia Federal (PF), no centro do Rio, rumo ao presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte da cidade, onde continuará preso. Antes, porém, ele passou pelo Instituto Médico Legal (IML), para fazer exame de corpo de delito. A transferência do banqueiro, da sede regional da PF, onde estava preso desde quarta-feira (25), foi determinada na noite desta quinta-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. A saída de Esteves ocorreu às 22h18, em um comboio de veículos da Polícia Federal. O banqueiro é acusado de obstruir as investigações no caso de corrupção envolvendo a Petrobras, participando de um esquema para garantir a fuga para o exterior do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, já condenado no processo da Operação Lava Jato. Pelo mesmo motivo, também foi preso em Brasília o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Às 22h50, o comboio com André Esteves deixou o IML rumo ao presídio Ary Franco. (Agência Brasil)
Direito de resposta
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) entrou nesta quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei que regulamentou o direito de resposta de quem se sentir ofendido por reportagem veiculada na mídia. Para a entidade, a lei “contempla equívocos que atentam contra a liberdade de imprensa e de expressão, além de ofender o princípio da ampla defesa”. O pedido é que para a norma seja totalmente banida, por representar um risco à atuação livre da imprensa no Brasil. "Não há dúvidas de que a Lei impugnada visa na verdade acuar o livre exercício profissional”, diz a ação. “Não é aceitável em uma democracia que jornalistas sejam constrangidos e impedidos de exercerem livremente o ofício de informar. Não se pode tolerar que jornalistas deixem de exercer com independência o compromisso de informar a sociedade com a lâmina de uma espada apoiada sobre suas cabeças”, conclui a entidade, representada pelo advogado Jansen dos Santos Oliveira. (O Globo)
Black Friday
A tradição americana de uma sexta-feira de promoções – a chamada Black Friday, nos Estados Unidos – está marcada para esta sexta-feira (27), no Brasil. Especialistas orientam os consumidores a ficarem atentos para casos de “maquiagem” nos preços, o que ocorre quando há aumento antes do período de promoção e, no dia da Black Friday, os preços são “reduzidos”, com a alegação de que houve desconto. O Procon de São Paulo está fazendo monitoramento nos preços de um lote de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos para informar ao consumidor se as ofertas têm realmente o desconto anunciado. O monitoramento vai permitir que a instituição autue as empresas que praticarem publicidade enganosa ou que descumprirem a oferta. O advogado Dori Boucault, especialista em direitos do consumidor, disse que, no caso do comprador se sentir enganado, a orientação é procurar o Procon. "É preciso fazer as compras com planejamento, fazer uma pesquisa com antecedência, levantando as ofertas na internet, nos folders, nos jornais, na televisão”, afirmou. Outra orientação é evitar a compra por impulso. “Primeiro tem que verificar o que realmente precisa comprar. Há uma diferença entre necessitar e querer. E, também, fazer uma conta do seu orçamento doméstico. Quanto tem dinheiro para gastar, para comprar o que precisa". Se, por acaso, o produto comprado via internet tiver algum defeito, o consumidor tem direito à troca. Segundo o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, o cliente tem prazo de sete dias para devolver o produto e receber o dinheiro de volta. (Agência Brasil)
Mega-Sena
A pessoa que venceu sozinha a Mega-Sena de R$ 205,3 milhões apresentou-se nesta quinta-feira (26) em uma agência da Caixa Econômica Federal e já resgatou o prêmio, informou a instituição financeira, antes mesmo do fechamento da rede bancária. O jogo vencedor foi feito na noite de quarta (25) na Wands Loterias, no Lago Sul, região nobre de Brasília. Em uma única aposta, de R$ 3,50, feita no guichê número dois, de atendimento preferencial, o sortudo ou a sortuda acertou os números do concurso 1.764 e ficou milionário ou milionária do dia para a noite. As funcionárias do estabelecimento Ana Paula Guerreiro, de 36 anos, e Adelzi Campos, de 41, se revezam nesse caixa. Elas souberam da notícia que o prêmio de quarta tinha saído para uma aposta feita na lotérica quando estavam indo para o trabalho. Ao chegar, vários jornalistas já estavam no local. Entre um atendimento e outro, concederam entrevistas e posaram para fotos. A lotérica ficou cheia durante todo o dia. Muitos clientes queriam fazer o jogo justamente no guichê dois. "Vai que o raio cai duas vezes no mesmo lugar", disse o piloto Carlos Magno, de 56 anos. No total, ele gastou R$ 126 em apostas para o próximo concurso, que deve sortear mais de R$ 100 milhões, segundo a Caixa. Ana Paula contou que sempre aposta, mas nunca teve sorte. "O meu jogo, para variar, nunca dá em nada", disse. Se fosse a vencedora, ela queria tirar férias pelo resto da vida e descansar da carga de trabalho dos últimos dias.
A última vez tinha dado sorte a alguém, o prêmio foi bem mais modesto, de R$ 170 mil, na Loto Fácil. Já Adelzi afirmou que já fez três grandes prêmios em 14 anos de trabalho na empresa. (Hoje em Dia)
Doação de sangue
Dados do Ministério da Saúde indicam que, atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, uma campanha lançada nesta quinta-feira (26) pela pasta reforça a importância de manter as doações durante o período de férias e festas de fim de ano. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados, João Paulo Baccara, lembrou que, neste período, as doações tendem a cair em razão das festividades e das viagens de lazer. Ele ressaltou que, por outro lado, é justamente nesta época do ano que aumenta o número de acidentes de carro e de pacientes com politraumatismo, sobrecarregando assim os hemocentros. “Quero pedir a quem nunca doou que venha doar, venha conhecer o processo pra ver que não há nenhum problema”, disse. “Nas festas de final de ano e nas férias, se todos contribuírem com a sua doação voluntária e altruísta, os estoques serão mantidos e todos poderão gozar desse período que todos nós merecemos, sabendo que o abastecimento [de sangue] está garantido”, disse Baccara. (O Tempo)