Manaus

Em live com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta quinta-feira (14/01), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu que há um colapso no atendimento médico em Manaus, sobretudo envolvendo pacientes com COVID-19. Entre as causas para o aumento da procura a unidades de saúde e de demanda por oxigênio, de acordo com o ministro, está a “falta de atenção da capital ao tratamento precoce”, com medicamentos sem comprovação científica, como a hidroxicloroquina. Pazuello disse que, pelo fato de a Região Norte do país estar em período chuvoso, a umidade sobe e causa complicações respiratórias. Foi então que o ministro citou a “falta de atenção” ao tratamento precoce por parte de Manaus, com medicamentos que não possuem comprovação científica contra a COVID-19, como a hidroxicloroquina e a ivermectina. (Estado de Minas)

Manaus I

Na última segunda-feira (11/01), Pazuello visitou o Amazonas para recomendar o tratamento precoce, visando diminuir os efeitos do coronavírus nos pacientes. Na ocasião, Pazuello disse que os medicamentos não matam ninguém e deveriam ser prescritos pelos médicos. No entanto, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tal opção. “Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce durante o diagnóstico clínico no atendimento básico. Isso impacta a gravidade da doença. Por outro lado, a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado é bastante reduzida em Manaus em termos de percentual, é um dos menores percentuais do país. Se você juntar esses dois fatores e colocar o clima, você vai ter uma grande procura por estrutura e por tratamento especializado”, disse Pazuello. O ministro da Saúde alertou que os próximos seis dias são considerados os mais "críticos", uma vez que há dificuldade para chegar em Manaus. Pazuello informou que aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), caminhões e balsas estão operando para levar cilindros de oxigênio até a capital do Amazonas, mas disse que a produção está "no limite". “Nesse modelo, tem duas grandes faltas: recursos humanos e oxigênio, porque a produção de oxigênio da White Martins ela se mantém no limite e a demanda na capital subiu seis vezes. Já estamos em 75 mil metros cúbicos de demanda diária na capital e 15 mil metros cúbicos (de demanda) diária no interior”, afirmou. (Estado de Minas)

Manaus II

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, orientou que sua diplomacia atendesse ao pedido do governo do Amazonas para liberar uma carga de oxigênio hospitalar da White Martins produzida no país. O chanceler chavista, Jorge Arreaza, disse que conversou nessa quinta-feira (14) com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), após o sistema público entrar em colapso no Estado. "Por instruções de Maduro conversei com o governador do Amazonas Wilson Lima, para colocar imediatamente à disposição o oxigênio necessário para atender a contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo!", expressou o ministro Arreaza. Lima agradeceu em nome do povo amazonense. Principal fornecedora do oxigênio hospitalar no Amazonas, a empresa White Martins comunicou que buscaria o estoque disponível em suas operações na Venezuela e que tentaria viabilizar a importação para abastecer o Estado. "A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e, neste momento, está atuando para viabilizar a importação do produto para a região", disse a empresa em nota. (Estadão)

Manaus III

Em meio à crise de abastecimento de oxigênio em Manaus, no Amazonas, internautas usam as redes sociais para culpar o discurso negacionista pelas mortes por COVID-19. A palavra ‘lockdown’ está entre os assuntos mais comentados no Twitter. Nos posts, brasileiros de diversos estados culpam aqueles que não apoiaram as medidas de restrição e incentivaram aglomerações que contribuíram para o colapso da capital amazonense. Em alguns posts, internautas também culpam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas mortes. Isso porque o presidente brasileiro tem um posicionamento negacionista, é contra o lockdown e incentiva o uso de remédios que não tem comprovação cientifica para o tratamento da doença. “Já passou da hora do Brasil ter um lockdown sério. E um presidente sério também”, escreveu um perfil. 

Coronavírus

A média móvel de mortes por covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 1 mil nesta quinta-feira, 14. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, foram registrados 1.151 novos óbitos nas últimas 24 horas e 68.656 casos. No total são 207.160 mortes registradas e 8.326.115 pessoas contaminadas no Brasil, segundo o balanço mais recente do consórcio formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. Os dados foram divulgados às 20h. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) contabilizou 67.758 novos casos de coronavírus Sars-CoV-2 nas últimas 24 horas, elevando para 8.324.294 a quantidade de pessoas contaminadas na pandemia. Com os dados, a média móvel de casos dos últimos sete dias teve a primeira queda desde 5 de janeiro deste ano e ficou em 51.803. (Terra)

Coronavírus I

Os óbitos somaram 1.131, totalizando 207.095 a quantidade de vítimas da crise sanitária. A taxa de letalidade se mantém em 2,5%, mas a de mortalidade voltou a subir e está em 98,5 a cada 100 mil habitantes. A média móvel de falecimentos nos últimos sete dias também voltou a cair e ficou em 942 nesta quinta. O estado de São Paulo é o que mais tem casos (1.590.829) e também de mortos (49.289) em números absolutos, mantendo uma tendência preocupante de crescimento. Já o Rio de Janeiro, dono da maior letalidade do país (5,8%), fica na segunda posição quando se analisam os óbitos (27.441) e em sétimo na quantidade de contaminados (473.648). Minas Gerais vem na segunda posição nos casos (619.846), seguido por Santa Catarina (533.338) e Bahia (523.068). Nas mortes, o terceiro em números absolutos é o Ceará (10.209), seguido por Pernambuco (9.946) e Rio Grande do Sul (9.790). (Terra)

BH

Todos os indicadores que medem a pandemia de covid-19 em Belo Horizonte subiram nas últimas 24 horas, conforme atualização feita pela prefeitura na tarde desta quinta-feira (14), dia em que a cidade passou de 2 mil mortes pela doença. A taxa de ocupação de UTI para pacientes com o novo coronavírus está em 86,3% (nessa quarta era 85,5%), no nível vermelho. A ocupação de leitos de enfermaria para covid-19 passou subiu de 70,5% para 71%, no nível vermelho. O RT, índice que mede a velocidade de transmissão do vírus, passou de 1,06 para 1,08, no nível amarelo. Isso significa que cada grupo de 100 pessoas infectadas transmite o vírus para outras 108. Segundo especialistas, o ideal é que esse número fique sempre abaixo de 1. Nas últimas 24 horas, BH registrou mais 26 confirmações mortes pelo novo coronavírus. Agora são 2.001 óbitos. O número de casos saltou para 73.980, com mais 1.035 confirmações. Recuperaram-se da doença 66.041 pessoas e estão em acompanhamento 5.938. (Rádio Itatiaia)

Vacina

Decola hoje (15) do Recife em direção a Mumbai, na Índia, o avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 importadas do país asiático. A previsão é que a aeronave decole às 23h e chegue amanhã (16) à Índia.Inicialmente o voo estava previsto para decolar na noite de ontem (14), também às 23h, mas a viagem foi reprogramada em razão de questões logísticas internacionais. O voo com destino ao Recife partiu na tarde de ontem, por volta das 15h30, do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A Azul comentou a alteração na viagem e disse que, após chegar à capital pernambucana, a tripulação pernoitaria na cidade, prosseguindo o voo nesta sexta-feira. A volta da aeronave ao Brasil estava marcada para sábado(16), aterrissando no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas, com a alteração no voo, ainda não há informações sobre o retorno do avião. "A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul", disse o Ministério da Saúde, ontem, em nota. Ao chegar, a vacina ainda precisa aguardar o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência se reúne no domingo (17) para analisar o pedido de uso emergencial apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil. (Agência Brasil)

Vacina I

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou na noite desta quinta-feira (14), no Twitter, que a vacinação contra a covid-19 começará próxima semana no estado. Ainda não há permissão no país para uso emergencial de vacinas contra o novo coronavírus, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa documentos e pode liberar neste fim de semana os imunizantes da Sinvac/Butantan e da Oxford/Fiocruz. Nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que, se tudo der certo, a imunização começa simultaneamente, em todos os estados, na próxima quarta-feira (20). (Rádio Itatiaia)

Carnaval

Em meio a uma curva ascendente de casos e mortes pela covid-19, o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), transformou em lei o 'CarnaRio - Carnaval fora de época', programado para todos os meses de julho. A medida já vale em 2021, mesmo que o Estado ainda enfrente a pandemia e não haja nenhuma certeza a respeito da capacidade de vacinação. A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) já tinha definido as datas de 11 e 12 de julho para os desfiles do Grupo Especial. Mesmo com a criação da lei e a definição de datas para os desfiles no Rio, o governo fluminense afirmou ao Estadão que não há garantia da realização do evento em julho. "O Governo do Estado esclarece que a lei possibilita a realização do evento, mas que irá seguir as recomendações das autoridades sanitárias", sustentou. "Além disso, a alteração da lei permite que a Secretaria de Estado de Cultura apoie o maior evento cultural do Rio de Janeiro, sempre em diálogo com representantes de escolas de samba e blocos." A lei, resultado de projeto de autoria do deputado Dionísio Lins (PP), tem por finalidade "a estimulação do turismo, lazer e principalmente, o aquecimento da economia com a criação de postos de empregos e venda de produtos e serviços", conforme consta em publicação do Diário Oficial do Estado de terça-feira, 12. O texto também explica que a organização da festa "deverá contar com a participação das ligas, agremiações e blocos carnavalescos", numa clara referência aos organizadores dos desfiles das escolas de samba e dos blocos de rua do Carnaval. No site da Liesa, além das datas em julho para o desfile do Grupo Especial, já consta até a ordem de entrada de cada escola na Marquês de Sapucaí. Há, contudo, uma ressalva. "A vacinação da população contra a Covid-19 será fundamental para a realização do espetáculo nestas datas", informa. (Estadão)

Carnaval I

Representantes de blocos carnavalescos estão mais céticos. Defendem que qualquer manifestação de Carnaval só ocorra após a vacinação em massa da população. O Carnaval deste ano deveria acontecer na semana de 16 de fevereiro, mas foi cancelado nos últimos meses do ano passado devido à pandemia. À época, representantes das escolas de samba chegaram a citar o mês de julho como possível época para os desfiles, mas não havia uma definição até a terça-feira. No Rio, a terça-feira de Carnaval é feriado estadual desde 2008, sendo que a segunda-feira tradicionalmente é de ponto facultativo. Apesar do cancelamento do Carnaval no próximo mês, o governo do Estado ainda não decidiu se manterá a data como feriado este ano. Uma definição deverá sair nos próximos dias. (Estadão)

Enem

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra a União e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), pedindo o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no estado de Minas Gerais. Por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), o órgão explicou na ação que as provas, que estão previstas para o dia 17 e 24 de janeiro, vão ser realizadas em um momento de agravamento das condições sanitárias impostas pela pandemia. No processo, o MPF pediu o adiamento das avaliações até que haja condições sanitárias adequadas para a aplicação. A ação do PRDC é fruto de vários pedidos de estudantes e pais para que o MPF requisitasse ao Ministério da Educação e ao INEP o adiamento das datas da avaliação. “Os representantes manifestaram insegurança quanto à realização do exame em meio à chamada “segunda onda” de contaminações que vem assolando o Brasil e o estado de Minas Gerais nas últimas semanas, e apontaram a ausência de um plano concreto para execução de protocolos de segurança a serem adotados nos dias das provas”, relatou o órgão. (Rádio Itatiaia)

Ford

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu três inquéritos civis para avaliar os danos sociais do fechamento das fábricas da Ford no Brasil. Nesta semana, a montadora anunciou o encerramento das atividades das unidades de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE). O MPT convocou uma reunião com representantes do Ministério da Economia e da Ford, nesta quinta-feira, 14, para abrir diálogo e coletar informações sobre o fechamento das fábricas. Segundo o Ministério Público, participaram o secretário especial da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, e o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, além do diretor jurídico, Luís Cláudio Casanova, e do gerente de Relações Governamentais da Ford, Eduardo Freitas. A audiência foi conduzida pelo procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, e contou com a participação das tês procuradoras do Trabalho que conduzem os inquéritos: Flávia Vilas Boas de Moura, Valdenice Amália Furtado e Celeste Maria Ramos Marques Medeiros. Os procuradores preocupam-se não só com a situação dos empregados das fábricas fechadas, mas com toda a cadeia produtiva de fornecedores que vai sofrer os impactos das mudanças. Em nota divulgada na segunda-feira (11), a Ford citou os impactos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus para justificar a decisão de fechar suas unidades no país. “A pandemia global da covid-19 ampliou os desafios do negócio, com persistente capacidade ociosa da indústria e redução das vendas na América do Sul, especialmente no Brasil”. (Estadão)