Novo articulador
A pressão feita pelo Centrão, bloco informal de 13 partidos da base aliada liderado por PP, PSD e PTB, à possibilidade de nomeação do líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA) para o cargo de ministro da Secretaria de Governo, tirou dele o favoritismo da indicação. Ciente de que é uma escolha delicada, o presidente Michel Temer deixou para a semana que vem a decisão. Além de Imbassahy – que até o início da noite seria o nome favorito de Temer –, também foram especulados os nomes dos senadores José Aníbal (PSDB-SP) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). Temer pretende conversar nos próximos dias com tucanos, peemedebistas, integrantes do Centrão e outros ministros para tentar escolher um nome que provoque o menor atrito possível. (Estado de Minas)
Alckmin
A Odebrecht afirmou no acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato que realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas ao governador como intermediárias dos repasses e afirmam que não chegaram a discutir o assunto diretamente com Alckmin. Segundo a delação, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista. (Folha de São Paulo)
Reforma da Previdência
A ausência de policiais militares e bombeiros da proposta de emenda constitucional (PEC) que altera as regras da Previdência tornará mais difícil o reequilíbrio das contas estaduais. A inclusão era uma medida esperada pelos governadores, segundo documento sobre o assunto formulado após a última reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), ao qual OGLOBO teve acesso. O texto conclui que as regras de transição para alterar as aposentadorias especiais são necessárias e recomenda “mudança na Constituição Federal e nas Constituições Estaduais”. Segundo os dados mais recentes, bombeiros e policiais militares responderam por metade do déficit financeiro das previdências dos estados em 2015. O rombo na categoria chegou a R$ 28,8 bilhões, para um saldo negativo de R$ 60,9 bilhões. Ao todo, os chamados regimes próprios, que pagam aposentadorias e pensões de servidores públicos, tiveram déficit de R$ 126,7 bilhões no ano passado. (O Globo)
Temer no Nordeste
Prestes a completar sete meses na Presidência, sendo quatro meses efetivo no cargo, o presidente Michel Temer fará sua estreia nesta sexta-feira (9) no Nordeste, ainda com receio de manifestações e vaias, já que a região é considerada um dos redutos petistas. Desde que assumiu, Temer já programou e cancelou pelo menos duas agendas na região. Os compromissos desta sexta foram estimulados por auxiliares com o argumento de que é preciso criar agendas positivas e "sair um pouco do gabinete". Por isso, com a ajuda do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, na semana que vem Temer deve ir à região Norte. Na tentativa de esvaziar possíveis reações, a chefia de gabinete do Planalto segurou a divulgação da agenda oficial até a véspera da viagem. Pelo menos um auxiliar do presidente reconheceu que a iniciativa tinha como intenção privilegiar a imprensa regional que não necessitaria de grandes deslocamentos para realizar a cobertura, e que pode focar mais no aspecto positivo da agenda, sem destacar, por exemplo, assuntos nacionais, como a crise política desta semana. (O Tempo)
FGTS para pagar dívidas
A autorização do saque de uma parcela do FGTS para que trabalhadores possam quitar empréstimos com bancos está sendo estudada pelo governo Michel Temer para tentar acelerar a recuperação da economia brasileira. Outra medida sob análise do Palácio do Planalto é a liberação de recursos que os grandes bancos depositam obrigatoriamente no Banco Central, os depósitos compulsórios, para usá-los no refinanciamento de dívidas de pessoas jurídicas e físicas. (Folha de São Paulo)
Protesto na UFMG
O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Ramírez, cobrou um posicionamento do governo estadual em relação à ação da Polícia Militar contra estudantes que protestaram, na noite de anteontem, contra a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 no Senado - a matéria prevê o limite de gastos públicos da União por 20 anos. Em nota, o dirigente universitário considerou a corporação “despreparada para lidar com manifestações da sociedade”. “É inaceitável que a polícia entre no câmpus da UFMG, dispare e agrida estudantes, professores e servidores técnico-administrativos”, criticou o reitor, por meio de comunicado divulgado no site da instituição. Procurada, a assessoria de imprensa do governo estadual informou que um representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania esteve no local e fará um relatório ao governador Fernando Pimentel (PT). (Estado de Minas)
Dólar cai
O real foi uma das poucas moedas, entre as principais, a ter valorização ante o dólar nesta quinta-feira (8). Segundo analistas, a diminuição da tensão no cenário político, após a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, influenciou o câmbio doméstico. A Bolsa recuou 1,20%, na contramão do exterior, com investidores vendendo ações e embolsando lucros após as altas recentes. A moeda americana à vista terminou a sessão em baixa de 0,81%, a R$ 3,3839; o dólar comercial caiu 0,61%, a R$ 3,3830. (Folha de São Paulo)
Morre astronauta pioneiro
A Nasa informou nesta quinta-feira (8) no seu site que o famoso astronauta e ex-senador americano John Glenn morreu aos 95 anos. Glenn havia sido hospitalizado na semana passada no Wexner Medical Center, em Columbus, capital do estado de Ohio. Glenn ficou mundialmente conhecido pelo seu vôo na missão espacial Friendship 7, em fevereiro de 1962, na qual ele se tornou o primeiro americano a entrar na órbita da Terra. A sua viagem “pavimentou efetivamente o caminho para a exploração humana do espaço nas décadas seguintes”, informou a Nasa. (Hoje em Dia)