Coronavírus

O Brasil teve 1.238 novas mortes registradas em função da covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira. O país chegou a 47.748 falecimentos em função da pandemia. Foram contabilizados mais 22.765 casos da doença, totalizando 978.142.  Estão em observação 448.292 pacientes e recuperaram-se 482.102. São investigados 3.982 óbitos. A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,9%. A mortalidade (falecimentos por 100.000 habitantes) foi de 22,7. A incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) ficou em 465,5. Os estados com mais mortes são São Paulo (11.846), Rio de Janeiro (8.412), Ceará (5.377), Pará (4.395), Pernambuco (4.057), Amazonas (2.605), Maranhão (1.607), Bahia (1.263), Espírito Santo (1.217), Alagoas (831) e Paraíba (709). Os estados com mais casos são São Paulo (192.628), Rio de Janeiro (87.317), Ceará (82.273), Pará (76.623) e Maranhão (66.091). (Agência Brasil)

Notificações

As secretarias estaduais de Saúde relataram dificuldades na hora de atualizar os dados sobre o coronavírus na plataforma online do Ministério da Saúde, o e-SUS. A falha gera atraso no processamento de dados diários e agrava a subnotificação no país. Nos últimos dois dias, o número de confirmações por covid-19 foi abaixo da média. Isso também indica que haverá um grande aumento de casos nos próximos dias quando o sistema for normalizado. Se na terça-feira (16) a pasta confirmou 34.918 casos e na quarta (17) o número caiu para 32.188, na quinta (18) a média foi menor ainda, com apenas 22.675 novas confirmações. O que poderia levar a crer que a curva estaria diminuindo no Brasil, ou a quantidade de testes seria menor, na realidade era um problema de sistema que não contabilizou todos os novos casos em um momento que o Brasil se aproxima da marca de 1 milhão de contaminados. Já pelos dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil registrou pelo terceiro dia consecutivo mais de mil mortes por covid-19 em 24 horas. Foram 1.204 óbitos em 24 horas, segundo o levantamento. E o número de casos confirmados da doença no país saltou de 960.309 para 983.359 entre quarta (17) e quinta-feira (18) – foram 23.050 novos registros em 24 horas. (Agência Estado)

Notificações I

O total de vidas perdidas chega a 47.869, conforme o levantamento dos veículos de imprensa, iniciado após o governo Bolsonaro falar em rever a sistemática de divulgação. O e-SUS e o Sistema de Informação de Vigilância (SIVEP) são sistemas online utilizados pelos serviços de saúde gestores das três esferas do Executivo. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, a prioridade é notificar, investigar e confirmar os casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) que derem entrada no hospital. Após receber o resultado positivo dos laboratórios, o serviço que atendeu o paciente deve atualizar a notificação – pode fazer diretamente nos sistemas oficiais –, comunicando também o caso confirmado ou descartado à prefeitura, que é a responsável por abastecer o sistema oficial do Ministério da Saúde. (Agência Estado)

Tipo sanguíneo

O tipo sanguíneo de uma pessoa e outros fatores genéticos podem ter ligação com a gravidade de uma infecção pelo novo coronavírus, de acordo com pesquisadores europeus que buscam mais pistas para explicar por que a covid-19 atinge algumas pessoas tão mais duramente que outras. As descobertas, publicadas no periódico científico The New England Journal of Medicine na quarta-feira (17), levam a crer que pessoas com sangue tipo A correm risco maior de desenvolver sintomas mais intensos quando infectadas pelo novo coronavírus. No auge da epidemia na Europa, pesquisadores analisaram os genes de mais de 4 mil pessoas em busca de variações que são comuns naqueles que foram infectados pelo vírus e desenvolveram casos graves de covid-19. Uma série de variantes em genes que estão envolvidos nas reações imunológicas são mais comuns em pessoas com casos graves de covid-19, descobriram os cientistas. Estes genes também estão envolvidos com uma proteína de superfície celular chamada ACE2, que o coronavírus usa para ter acesso às células do corpo e infectá-las. Os pesquisadores, liderados pelos médicos Andre Franke, da Universidade Christian-Albrecht de Kiel, na Alemanha, e Tom Karlsen, do Hospital Universidade de Oslo, na Noruega, também descobriram uma relação entre a gravidade da covid-19 e o tipo sanguíneo. O risco de casos graves de covid-19 é 45% maior para pessoas com sangue tipo A do que pessoas com outros tipos sanguíneos, e parece ser 35% menor para pessoas com sangue tipo O. "As descobertas oferecem pistas específicas sobre os processos de doenças que podem acontecer na covid-19 grave", disse Karlsen à Reuters por e-mail, observando que pesquisas adicionais são necessárias antes de as informações se tornarem úteis. (Agência Brasil)

Bolsonaro

O primeiro assunto tratado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal pelo Facebook foi a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O presidente disse que não é advogado de Queiroz, mas acabou por defender o amigo, afirmando que ele não era foragido e que, caso tivesse sido convocado pela Polícia Federal para depor, teria se apresentado. Bolsonaro também criticou a ação da polícia, classificando-a como ‘espetaculosa’. “Deixo bem claro que não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido neste processo. Mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandato (sic) de prisão contra ele. E foi feita uma prisão espetaculosa. Já deve estar no Rio, deve estar assistido por advogado. E a Justiça siga o seu caminho. Mas parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da terra. Tranquilamente, se tivessem pedido ao advogado o comparecimento dele a qualquer local ele teria comparecido. E por que estava naquela região de São Paulo? Porque é perto do hospital onde ele faz tratamento de câncer. Então, esse é o quadro. Da minha parte está encerrado o caso Queiroz”, afirmou o presidente. Foi a primeira manifestação de Bolsonaro sobre a prisão de Queiroz. Durante o dia, o presidente não falou com a imprensa nem com seus apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, como costuma fazer diariamente. (Estado de Minas)

Bolsonaro I

Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta, em Atibaia, interior de São Paulo. Ele estava em um imóvel Queiroz foi preso quando estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Entre 2016 e 2017, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro é investigado por suposto envolvimento em um esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A polícia apura se funcionários do gabinete de Flávio devolviam parte de seus salários ao político. O dinheiro seria ‘lavado’ em uma loja de chocolates de propriedade do filho do presidente e, também, por meio de compra e venda de imóveis. (Estado de Minas)

Fake news

Por 10 a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 18, dar aval à continuidade das investigações do inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares. Na prática, o entendimento do Supremo abre caminho para que as provas coletadas sejam compartilhadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "turbinando" ações que podem levar à cassação do presidente Jair Bolsonaro e do seu vice, Hamilton Mourão. O inquérito das fake news já fechou o cerco contra o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República. A existência do "gabinete do ódio" foi revelada pelo Estadão em setembro do ano passado. Ainda tramitam no TSE oito ações contra a campanha de Bolsonaro e Mourão, das quais quatro - consideradas mais delicadas - tratam de disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp. Segundo o Estadão apurou, ministros do TSE avaliam que as provas coletadas até aqui nessas ações não são suficientes para cassar o mandato do presidente. No entanto, integrantes da Corte Eleitoral avaliam que o compartilhamento de informações pode dar um novo fôlego às investigações, se as provas coletadas pelo Supremo forem robustas. O relator do inquérito das fake news, ministro Alexandre de Moraes, ainda vai analisar o pedido de compartilhamento feito pelo relator das ações no TSE que miram a chapa Bolsonaro/Mourão, ministro Og Fernandes. (Estado de Minas)

Fake news I

Por decisão de Moraes, empresários bolsonaristas tiveram quebrado o sigilo bancário e fiscal no período de julho de 2018 e abril de 2020, alcançando, portanto, o período da última eleição presidencial. O ministro já apontou indícios de que um grupo de empresários atua de maneira velada financiando recursos para a disseminação de fake news e conteúdo de ódio contra integrantes do STF e outras instituições. Entre os empresários que estariam financiando o grupo criminoso estão o dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang; o dono da Smart Fit, Edgard Gomes Corona; Otavio Fakhoury, financiador do site Crítica Nacional; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior; o coordenador do Bloco Movimento Brasil Winston Rodrigues Lima. O julgamento no STF sobre a validade do inquérito das fake news foi concluído nesta quinta-feira. Ao votar pelo prosseguimento da apuração, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, observou que os resultados obtidos ao longo das investigações revelaram a existência de "aparato criminoso, uma máquina de fake news que continua a fazer com apoio de diversos núcleos, um deles financeiro". (Estado de Minas)

Weintraub

O economista Abraham Weintraub deixou nesta quinta-feira (18) o cargo de ministro da educação, do Governo Bolsonaro. Ele informou a sua saída através de um vídeo postado em suas redes sociais na tarde desta quinta-feira (18). Nas imagens, ele aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro e disse que não irá informar, neste momento, o motivo de sua saída. Ele revelou, porém, que recebeu um convite para ser diretor do Banco Mundial. “Eu recebi um convite para ser gerente do Banco Mundial. O presidente já referendou. Obrigada presidente. Eu, a minha esposa, os nossos filhos e até a nossa cachorrinha, Capitu, vamos poder ter a segurança que hoje me deixa muito preocupado. Estou fechando um ciclo e iniciando outro, mas claro que sigo apoiando o senhor, presidente Bolsonaro”, explicou. O ex-ministro encerrou dizendo que nos próximos dias vai passar o bastão para o substituto, mas não quis adiantar o nome escolhido. O presidente Jair Bolsonaro, que passa os pouco mais de três minutos de vídeo calado ao lado do ex-ministro, encerra dizendo que todos os compromissos dele de campanha vão ser mantidos. “A confiança você não compra, você adquire”, com essas palavras, Jair Bolsonaro falou no vídeo de despedida de Weintraub. Por fim, os dois ainda deram um abraço. O nome do novo ministro da Educação ainda não foi revelado pelo presidente. (Rádio Itatiaia)

Previdência

A um mês do início do recesso parlamentar na Assembleia Legislativa (ALMG), o governo de Minas envia oficialmente nesta sexta-feira (19) o texto da reforma previdenciária, conforme antecipou O TEMPO nesta quarta-feira (17). Embora a equipe econômica de Romeu Zema (Novo) vá tomar como base a reforma aprovada em âmbito nacional, cujas alíquotas são progressivas e variam de 7,5% a 22% dependendo dos salários, o texto enviado pelo Palácio Tiradentes não será totalmente igual ao chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo fontes do governo, a secretaria de Fazenda de Minas passou toda esta quinta-feira (18) fazendo os últimos ajustes para que o texto fosse oficialmente consolidado. Antes de bater o martelo, a equipe econômica do Palácio Tiradentes aproveita a véspera do envio do texto para fazer as últimas simulações nas alíquotas, valores e faixas salariais. “Estamos respeitando a necessidade de economia de caixa que (a reforma) tem que proporcionar para a gente trabalhar (com folga)”, informou uma fonte do governo. Atualmente, o desconto nos contracheques dos servidores estaduais é de 11%. As alíquotas progressivas dos servidores federais variam de 7,5%, para quem recebe até um salário mínimo, até 22%, para quem recebe mais de R$ 39 mil por mês. Minas Gerais segue uma tendência nacional de déficit previdenciário. Somente nos primeiros cinco meses de 2020, o rombo nas contas aumentou R$ 500 milhões, segundo dados da Secretaria de Fazenda (SEF-MG). Para este ano, o Palácio Tiradentes calcula um déficit total de R$ 19,1 bilhões e, se nenhuma medida for adotada, Zema finalizará o seu mandato com uma diferença negativa de R$ 78 bilhões nas contas da Previdência estadual, segundo as projeções da SEF. (O Tempo

Reitor

Primeiro reitor negro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o professor Tomaz Aroldo da Mota Santos morreu nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, aos 76 anos. Ele estava internado no Hospital Madre Tereza em razão de um câncer no rim. Tomaz deixa esposa e três filhos. O corpo será velado no saguão do prédio da reitoria da UFMG, Campus Pampulha, na manhã desta sexta-feira (19). Em razão da pandemia de covid-19, a prioridade será da família. A presença de pessoas no local será limitada a até dez por vez. Tomaz Aroldo foi reitor da UFMG de 1994 a 1998 e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) de 2015 a 2016. Formado em Farmácia-Bioquímica pela UFMG, ele tinha pós-doutorado em Imunologia pelo Instituto Pasteur, de Paris. Em entrevista à Folha de São Paulo em 1995, disse que o reduzido número de negros nas universidades, naquela época, não tinha relação com o preconceito das instituições. "Tanto que sou reitor, eleito pela comunidade", disse. "O ingresso é pelo mérito das pessoas que prestam concursos públicos. O problema está em que os negros tenham condições de participar desses concursos." (Rádio Itatiaia)

Backer

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu nesta quinta-feira (18) a quebra de sigilo bancário dos sócios da cervejaria Backer e de outras empresas do grupo societário para verificar se não houve manobras para ocultar patrimônio. O pedido, da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, ocorreu após a conclusão das investigações pela Polícia Civil e o indiciamento de sócios e pessoal técnico da empresa, informou órgão. A decisão é para verificar se há alguma tentativa de esconder bens por parte dos donos da empresa. A investigação da Polícia Civil sobre os casos de intoxicação por monoetilenoglicol e dietilenoglicol presentes nos produtos da cervejaria mineira resultou no indiciamento de 11 envolvidos. Ao todo, o inquérito lista 29 vítimas da síndrome nefroneural, doença causada pela contaminação por produtos tóxicos, sendo oito fatais. Há ainda outras 30 possíveis intoxicações em análises. A investigação apontou que a substância química dietilenoglicol (DEG) estava presente na fábrica desde 2018. Logo que o caso da intoxicação veio à tona, a Backer garantiu que não trabalhava com o produto, somente com o monoetilenoglicol. No entanto, as duas substâncias foram apreendidas na empresa. (Hoje em Dia)