Coronavírus

A atualização do Ministério da Saúde sobre a pandemia desta quinta-feira (1º) trouxe 2.029 óbitos registrados em 24 horas. Com isso, o número de vidas perdidas para a pandemia alcançou 520.095. A quantidade de casos de covid-19 desde o início da pandemia chegou a 18.622.304. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde registraram 65.163 novos casos da covid-19. O número de recuperados é de 16.931.272 pessoas. Outros 3.565 óbitos estão em investigação. O termo designa mortes com suspeitas de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem ainda sob análise por equipes de saúde. Até hoje havia 1.170.937 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. A atualização diária do Ministério da Saúde foi divulgada no início da noite desta quinta-feira. O balanço é elaborado a partir de informações levantadas por secretarias estaduais e municipais de saúde. (Agência Brasil)

BH

Após mais de um ano de pandemia da covid-19, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) liberou a retomada dos shows e das peças de teatros na capital mineira, desde que sigam as medidas sanitárias de segurança contra a doença. Esses eventos poderão ocorrer na capital mineira desde que o público total seja de 600 pessoas sentadas. “Vai ser autorizado show e teatro com público obrigatoriamente sentado e com limite de 600 pessoas. Se esse show ou teatro tiver qualquer relação com bebida e comida, a liberação será para 400. Isso seguindo limites de distanciamento”, explica o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Gilberto Castro. O decreto municipal que prevê a autorização dessas atividades será publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no próximo sábado (3), quando a liberação começa a valer na cidade.  O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (1º), durante coletiva de imprensa, no salão nobre da Prefeitura de Belo Horizonte, por membros do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 no município. Durante o anúncio, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, o doutor Jackson Machado, explicou que as atividades foram liberadas por causa das quedas nos três indicadores que medem a pandemia da covid-19 na capital mineira. (Rádio Itatiaia)

BH I

A flexibilização ocorre em meio ao cenário de estabilização dos indicadores que monitoram a pandemia na capital mineira. Conforme dados do boletim epidemiológico da secretaria municipal de Saúde, o RT, índice de transmissão da covid-19, está em 0.89, no nível verde — especialistas recomendam que fique sempre abaixo de 1. No atual cenário, 100 pessoas com o vírus transmitem para outras 89. As ocupações de leitos para pacientes com covid-19 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria estão em  69,5% e 51,5%, respectivamente, ambas no amarelo. Os dados apontam para estabilidade diante de uma melhora constante no geral. (Rádio Itatiaia)

BH II

A realização das festas de casamento e dos aniversários na capital mineira foram autorizados pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quinta-feira (1º). A realização desses eventos estava oficialmente suspensa por causa das restrições impostas pela covid-19. As comemorações foram autorizadas desde que todos os participantes estejam imunizados ou testados. O anúncio foi feito por membros do Comitê de Enfrentamento da Covid-19 na capital, que lembraram que os organizadores devem solicitar autorização para a realização desses eventos e devem seguir os protocolos de segurança contra a covid-19, além dos protocolos de segurança. Sobre a retomada dos eventos sociais, o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Gilberto Castro, esclareceu que os protocolos de segurança são ainda mais rígidos neste caso. “Os eventos sociais, porém, obrigatoriamente serão exigidos testes (da covid-19). Então, para o evento social, leia-se um evento que não tem cunho comercial, um aniversário, por exemplo. Esses serão autorizados também com um protocolos bem rígidos. Ao contrário das outras atividades, quando os testes são recomendados, para fazer um evento social será necessário realizar os testes de todos os participantes”, explica. Gilberto Castro: “Para fazer esse evento, a pessoa precisa estar 100% imunizada (com as duas doses da vacina), ou ter feito o PCR até 72 horas antes do evento ou o teste rápido, que pode ser feito no dia. Então, para realizar o evento social o protocolo vai ser mais rígido”. Sobre a responsabilidade de testar todos os presentes do evento, o secretário Municipal de Saúde de BH, o doutor Jackson Machado, informou que esse será uma obrigação do organizador da celebração. (Rádio Itatiaia)

CPI

A empresa Davati Medical Supply fez uma oferta de vacinas ao Ministério da Saúde um dia após um suposto pedido de propina para aquisição das doses. A oferta foi enviada pela empresa no dia 26 de fevereiro, conforme documento entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ao qual o Broadcast Político teve acesso. O ofício é assinado pelo CEO da companhia, Herman Cárdenas, e endereçado ao Ministério da Saúde, com cópia ao ex-diretor de Logística em Saúde do ministério, Roberto Ferreira Dias. O policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que prestou depoimento ontem (1º) na CPI, se apresentou como um representante informal da Davati. Ele afirmou aos senadores que, no dia 25 de fevereiro, durante jantar em Brasília, recebeu um pedido de propina de Roberto Dias para que o contrato avançasse. De acordo com o vendedor, o valor irregular seria de US$ 1 para cada dose. Roberto Dias foi exonerado ontem do cargo. Na CPI, aliados do presidente Jair Bolsonaro negaram que o governo tenha cometido irregularidades. (O Tempo)

CPI I

A Full Corporate Offer (oferta) enviada pela empresa apresentou uma proposta de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneva ao preço de US$ 3,50 por unidade, totalizando uma negociação de US$ 1,4 bilhão. A empresa se comprometeu a fazer uma intermediação e adquirir as doses de um titular de alocação da AstraZeneca. A fabricante, porém, argumentou que não tem intermediários e que sempre negociou diretamente com a Fiocruz no Brasil. Na proposta enviada ao ministério, a empresa norte-americana cita o nome de Dominguetti como "Via: Mr. Luiz Paulo Dominguetti Pereira", sinalizando a representação. Durante a sessão, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o Ministério da Saúde eliminou a possibilidade de aceitar a oferta. Ele sustentou que a AstraZeneca não negociava com intermediadores e que Roberto Dias não tinha poder no ministério para avançar nos contratos. "Decorrente dessas solicitações de documentos que atestassem a idoneidade da oferta para a aquisição de vacinas, a proposta foi considerada não procedente pelo Ministério da Saúde, uma vez que a própria AstraZeneca informou que apenas realiza a negociação de ofertas diretamente com os governos", disse o governista. Conforme o Broadcast Político publicou na manhã desta quinta, 1º, a Davati Medical Supply confirmou que Dominguetti intermediou a relação da empresa com o governo federal na posição de "vendedor autônomo". A empresa negou, no entanto, ter conhecimento sobre a solicitação de propina relatada pelo policial militar. (O Tempo)

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o depoimento do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado nesta quinta-feira (1º)  e negou qualquer indício de corrupção em seu governo. “Hoje foi bonito quando o cabo se dirigiu ao senador e falou um negócio meio esquisito, tá certo? Que corrupção é essa? Não pagamos um real por nada, não recebemos uma ampola, muito pelo contrário”, disse, sem especificar o que considerou “esquisito”. Também garantiu não conhecer o cabo da PM. O comentário foi durante a live semanal que o presidente faz todas as quintas-feiras em suas redes sociais. Em outro momento, ao ser questionado por um internauta sobre a CPI, o presidente respondeu: "A CPI está há dois meses funcionando e continua morrendo gente, infelizmente. No que a CPI contribuiu para evitar ou diminuir o número de mortes? O que fizeram? Nada. É só inferno o tempo todo, tentando de toda maneira atingir o governo. 'Comprou vacina superfaturada 1000%'. É mentira. Não gastamos um centavo". Disse ainda que "CPI não é palhaçada". (O Tempo)

Bolsonaro I

O presidente também agradeceu em tom de deboche o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, pelo arquivamento do inquérito que apura o financiamento e a organização de atos antidemocráticos. “Ele arquivou o processo que tinha a ver comigo. Obrigado Alexandre. Eu te devo muito. Eu não sei como te agradecer, Alexandre de Morais. Estou comovido”, debochou o presidente. Ainda em sua live, disse que a postura do ministro de arquivar o inquérito, mas abrir investigação contra seus filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro e duas deputadas federais - Aline Sleutes (PSL-PR) e Paula Belmonte (Cidadania-DF) - era uma retaliação a outra declaração do presidente dada mais cedo aos seus apoiadores, em que afirmou que o país terá problemas caso não aprove o voto impresso para as eleições do próximo ano. “Será que é um troco porque eu falei de voto auditável hoje de manhã?”, perguntou. Também afirmou que há pelo menos três ministros do Supremo contra o voto impresso e que o objetivo de barrar a impressão dos votos registrados na urna eletrônica seria fraudar o pleito do próximo ano para garantir a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Tiraram um ladrão da cadeia. Tornaram o ladrão elegível, no meu entender, para ser presidente sim, mas na fraude porque no voto ele não ganha, não ganha de ninguém. Então, não vou admitir um sistema fraudável”, afirmou o presidente. Ainda durante a live, Bolsonaro disse já ter determinado ao Ministério da Economia que se reserve os R$ 2 bilhões necessários para a compra de impressoras para as urnas eletrônicas. No entanto, o voto com impressão ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. (O Tempo)

Rosa Weber

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste mais uma vez sobre o pedido de três senadores para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação no caso das negociações para a compra da vacina Covaxin. Na última terça-feira (29), a PGR pediu à ministra para aguardar as conclusões da investigação da CPI da Covid sobre a compra da vacina Covaxin antes de decidir sobre a notícia-crime contra Bolsonaro apresentada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). Nesta quinta, Rosa Weber rejeitou o pedido. Segundo Rosa Weber, relatora do pedido, não cabe ao Ministério Público Federal defender que é preciso esperar a conclusão pela comissão parlamentar de inquérito. Para a ministra, ao considerar que seria precoce se manifestar, a PGR “desincumbiu-se de seu papel constitucional”. “Não há no texto constitucional ou na legislação de regência qualquer disposição prevendo a suspensão temporária de procedimentos investigatórios correlatos ao objeto da CPI. Portanto, a previsão de que as conclusões dos trabalhos parlamentares devam ser remetidas aos órgãos de controle não limita, em absoluto, sua atuação independente e autônoma", escreveu a ministra. Rosa Weber afirmou que o STF tem entendimento pacífico de que, após a notificação desse tipo de processo, cabe ao Ministério Público, o oferecimento de denúncia ou arquivamento do caso após a análise dos elementos. Segundo a ministra, “o argumento saltitante” da PGR, sem se posicionar sobre os fatos, não prospera. “O objetivo da notícia de fato dirigida aos atores do sistema de justiça criminal é justamente o de levar ao conhecimento destes eventual prática delitiva. A simples notícia não transfere o poder acusatório ao noticiante, tampouco vincula seu legítimo titular a uma atuação positiva, impondo-lhe o oferecimento de denúncia”, escreveu. A ministra afirmou que o exercício do poder público é condicionado e que “no desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”. (G1)

Eduardo Leite

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assumiu pela primeira vez em público sua orientação sexual, durante entrevista ao programa Entrevista com Bial, da TV Globo. O programa divulgou um vídeo em suas redes sociais com o trecho da entrevista, na qual Leite justifica que é necessário debater identidade no atual momento político do país. "Nesse Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que fique claro e não se tenha nada a esconder", diz Leite no vídeo. "Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um 'gay governador', tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um 'negro presidente'. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso." Leite foi eleito no Rio Grande do Sul em 2018 com 53,6% dos votos. Ele tem 36 anos, o que o torna o governador mais jovem em exercício hoje no país. Antes, foi prefeito de Pelotas entre 2013 e 2016 e, antes disso, foi secretário municipal, vereador e presidente da Câmara Municipal na mesma cidade. Ele participou nesta quinta-feira, 1º, de um debate do Estadão e do Centro de Liderança Política (CLP) com os ex-ministros e presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), em São Paulo, para debater os desafios do País na saída da pandemia do coronavírus e na retomada econômica. (Estadão)