FAB

Em transmissão ao vivo pelo Facebook na noite dessa quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o sargento Manoel Silva Rodrigues, da Força Aérea Brasileira (FAB), "pagará um preço alto" por ter sido flagrado transportando 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial que acompanha Bolsonaro em viagem internacional. "Lamento por esse elemento, que, pelo que parece, está envolvido nisso há algum tempo, porque ninguém vai levar 39 quilos numa primeira viagem", disse o presidente, afirmando em seguida que o sargento já havia participado de comitivas de governos anteriores. "Na primeira viagem nossa ele deu azar, 'créu'. É melhor 'Jair' se acostumando, porque conosco é assim", afirmou o presidente, que disse também ser "brincadeira" tentar associá-lo ao caso. Bolsonaro disse que o sargento está sendo investigado e que o Brasil está colaborando com o governo da Espanha, onde ele foi detido. "Esse elemento, se for preso no Brasil, vai pegar 30 anos de cadeia", disse. "Se fosse na Indonésia, pegaria pena de morte", afirmou depois. A FAB impôs sigilo na investigação e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as Força Armadas não admitem "criminosos entre nós". O sargento foi preso na terça-feira, 25, no aeroporto de Sevilha na Espanha, por suspeita de envolvimento em transporte de drogas. Rodrigues fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Tóquio, no Japão, onde participa da reunião do G-20. (Agência Estado)

Vazamento

O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, determinou nesta quinta-feira (27) o arquivamento de apuração sobre se o procurador da República Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato cometeram "falta funcional" em razão de troca de mensagens reportadas pelo site "The Intercept". O site jornalístico reproduziu neste mês diversas conversas no aplicativo Telegram atribuídas a Dallagnol e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, na época em que ele era juiz da Lava Jato em Curitiba. De acordo com o site, eles trataram de assuntos investigados pela operação e, segundo o site, Moro orientou ações dos procuradores e cobrou novas operações. No último dia 10, Rochadel instaurou procedimento preliminar para apuração do caso após pedido assinado pelos conselheiros do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello, Gustavo Rocha, Erick Venâncio Nascimento e Leonardo Accioly da Silva. Os quatro conselheiros juntaram todo o teor da reportagem publicada e afirmaram que "faz-se imperiosa a atuação do conselho". "Cabe apurar se houve eventual falta funcional, particularmente no tocante à violação dos princípios do juiz e do promotor natural, da equidistância das partes e da vedação de atuação político-partidária", afirmaram na ocasião. Segundo Rochadel, há elementos que apontam que as mensagens divulgadas pelo site foram obtidas de forma ilícita. Ele afirmou ainda que não há indícios de infração funcional nos diálogos. (G1)

Economia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (27) que o Banco Central (BC) deve seguir reduzindo a alíquota de recolhimento de depósitos compulsórios em mais de R$ 100 bilhões. A medida deve ampliar o acesso ao crédito no país. "Estamos fazendo a desestatização do mercado de crédito, despedalando os bancos públicos. Ontem (26) já houve a liberação de mais de R$ 20 bilhões de recolhimento compulsório, para ampliar o crédito privado, e vem aí mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório mais à frente", anunciou o ministro após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em Brasília. Na última quarta-feira (26), o BC decidiu reduzir a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo em dois pontos percentuais, de 33% para 31%. A alteração, que terá efeito a partir do mês que vem, vai destravar R$ 16,1 bilhões. O compulsório é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em uma conta no Banco Central, e representa uma das ferramentas da autoridade monetária para regular a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Por meio do compulsório, o BC garante que os juros das instituições financeiras estejam alinhados com a taxa Selic, juros básicos da economia. Ao reduzir a alíquota, a autoridade monetária libera mais recursos para serem emprestados. Em nota, o BC destacou que a redução estrutural dos compulsórios é uma das ações da agenda do banco, mas não estipulou prazos nem os valores que serão flexibilizados. (Agência Brasil)

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, tiveram um encontro de 20 minutos em Osaka, no Japão, durante o G20. Bolsonaro sinalizou a Macron que o Brasil vai continuar no Acordo do Clima de Paris e disse esperar o apoio da França para o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul. A posição do presidente brasileiro reforça o compromisso sobre o tema firmado mais pelos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na quinta-feira (27), Macron havia dito que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se Bolsonaro se retirasse do acordo climático de Paris, ameaçando colocar um entrave nos trabalhos das negociações comerciais UE-Mercosul. Assinado em dezembro de 2015, o Acordo de Paris criou metas para que os países consigam manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC. O tratado mundial prevê a redução da emissão de gases que aumentam a temperatura do planeta. Os países ricos devem garantir um financiamento de US$ 100 bilhões por ano, e os compromissos deverão ser revistos a cada 5 anos. Ou seja, em 2020 haverá uma nova reunião-chave internacional para calibrar as metas e garantir uma melhor preservação do planeta. (G1)

Aprovação

A Educação foi a área que mais pesou na queda da avaliação do governo Jair Bolsonaro entre abril e junho, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual de pessoas que desaprova a atuação do governo no setor aumentou de 44% para 54% no período. A aprovação, por outro lado, caiu de 51% para 42%. Para o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o bloqueio orçamentário nas universidades federais e as manifestações de rua em protesto contra o governo influenciaram a percepção das pessoas. "Uma das coisas que mais pesaram foi essa discussão em relação a verbas para educação trazida para as manifestações, que acabam chegando mais forte nos ouvidos da população", comentou Fonseca. A segurança pública continua sendo a área de atuação do governo com maior aprovação, de 54% (era 57% em abril). As supostas mensagens do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgadas pelo site The Intercept Brasil não parecem ter impactado na avaliação, comentou o gerente da CNI. As áreas com maior desaprovação seguem sendo os impostos (61%) e a política de taxa de juros (59%) - que historicamente são alvos de críticas nas pesquisas do instituto. As notícias mais lembradas pela população em junho, de acordo com a pesquisa, dizem respeito à reforma da Previdência (13%), ao decreto que flexibilizou a posse de arma de fogo em casa (10%) e à divulgação das supostas mensagens de Moro (8%). O Ibope não perguntou às pessoas, no entanto, se a percepção sobre as informações era positiva ou negativa. O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 26 de junho. O levantamento anterior havia sido realizado de 12 a 15 de abril. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. (Agência Estado)

Extra

Dois seguranças de uma filial do supermercado Extra na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio) foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio pelo assassinato de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, 19, dentro do estabelecimento, em fevereiro. A denúncia, feita no último dia 12, foi divulgada nesta quinta (27). O caso gerou comoção popular pois um vídeo gravado com celular mostrou o vigia Davi Ricardo Moreira Amâncio, 32, imobilizando o jovem quando ele já estava desacordado. Pessoas ao redor pedem que ele pare, mas o vigia as ignora e permanece deitado sobre Pedro Henrique por no mínimo um minuto. O promotor Fabio Vieira dos Santos entendeu que Amâncio estrangulou a vítima "de forma livre e consciente, assumindo o risco de matar", e que seu colega Edmilson Felix Pereira, 27, observou sua conduta sem nada fazer. Como vigilante contratado pelo mercado, ele deveria ter atuado para evitar o crime e não se omitido, disse o promotor. As lesões provocadas pela "gravata" que Amâncio aplicou no jovem levaram-no à morte, de acordo com laudo do exame de necropsia. O assassinato aconteceu por volta das 12h30 do dia 14 de fevereiro. Pedro Henrique chegou a ser levado ao hospital, já em parada cardiorrespiratória, e passou por reanimação, mas teve outras duas paradas e morreu às 15h10. (O Tempo)

Vale

A Vale tinha conhecimento de que uma eventual ruptura da Barragem de Brumadinho (MG) lhe daria até um minuto para evacuar instalações administrativas e o refeitório da Mina Córrego do Feijão. É o que assegura Sérgio Pinheiro Freitas, funcionário da Walm Engenharia Tecnologia Ambiental, que prestou serviços para a mineradora. Ele foi ouvido hoje (27) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A Walm Engenharia elaborou o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), documento obrigatório para qualquer barragem. Ele deve mostrar, entre outras informações, qual seria a mancha de inundação no caso de um rompimento e qual seria a velocidade de deslocamento dos rejeitos. O plano não avalia risco de rompimento e nem estabilidade da barragem. Ele diz respeito ao que ocorreria após uma ruptura. Deve apontar também rotas de fuga e diretrizes de atuação para mitigação de danos. No caso da estrutura de Brumadinho, a Vale sabia, a partir desse documento, que o refeitório e outras instalações usadas por trabalhadores estavam em um local que seria rapidamente atingido em uma eventual tragédia. Mais de 200 pessoas morreram na tragédia de Brumadinho, que completou cinco meses nesta semana. (O Tempo)

Mundial feminino

Duas seleções favoritas ao título jogam nesta sexta-feira (28) pelas quartas de final da Copa do Mundo de Futebol Feminino. De um lado, os Estados Unidos, tricampeões. De outro, a França, anfitriã embalada pela torcida em casa. A expectativa para esse duelo se compara ao jogo da final da Copa do Mundo. As duas seleções têm arrebanhado torcedores e lotado estádios durante a competição. O jogo está marcado para as 16h, no Parc des Princes, em Paris. Quem vencer passa de fase e enfrentará a Inglaterra na semifinal. (Agência Brasil)

Copa América

Não jogou bem, não foi brilhante, mas passou. O Brasil está na semifinal da Copa América após exorcizar um antigo fantasma da competição: os pênaltis. Na Arena do Grêmio, nesta quinta-feira, a equipe empatou sem gols com o Paraguai no tempo normal após sofrer com a retranca adversária e precisou das penalidades para ganhar por 4 a 3 e devolver as derrotas diante do mesmo rival nas quartas de final do torneio em 2011 e 2015. O Brasil foi superior ao adversário ao longo de mais de 90 minutos de futebol. Tropeçou na insegurança em chutar, na falta de criatividade e prevaleceu na hora de decidir nas cobranças. Firmino chutou para fora, enquanto Gómez e González erraram. Coube ao atacante Gabriel Jesus fechar a série decisiva e colocar o Brasil na semifinal contra quem passar do confronto entre Argentina e Venezuela. E a seleção virá para Belo Horizonte, pois o duelo será no Mineirão, na próxima terça-feira (2), às 21h30. (Agência Estado)