Coronavírus

O Brasil registrou 1.386 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 221.547. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (28). No mesmo intervalo de tempo, o país registrou 61.811 casos de novo coronavírus. Agora são 9.058.687. Recuperaram-se 7.923.794 pessoas e estão em acompanhamento 913.346. (Agência Estado)

Mandetta

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou para o risco da variante brasileira do novo coronavírus, identificada em Manaus, no Amazonas, provocar um agravamento do quadro epidemiológico no Brasil que, na sua avaliação, está "em progressão". As declarações foram feitas em entrevista ao programa Manhattan Connection, da TV Cultura. “Hoje nós temos quatro grandes crises sanitárias. E entrando a quinta crise que é essa história, dessa cepa, dessa variante de Manaus, que o mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil e o Brasil está, não só aberto normalmente, como está retirando paciente de Manaus e mandando para Goiás, mandando para a Bahia, mandando para outros lugares sem fazer os bloqueios de biossegurança”, disse o ex-ministro durante a entrevista. "Provavelmente, a gente vai plantar essa cepa em todos os territórios da federação e daqui a 60 dias a gente pode ter uma megaepidemia", completou. As outras quatro crises enfrentadas pelo Brasil ao longo da pandemia, apontadas por Mandetta na entrevista, foram a sabotagem do presidente Jair Bolsonaro ao sistema de prevenção, a defesa do uso da cloroquina que "contaminou a política do tratamento", pouco alcance da testagem e o discurso desestimulante de Bolsonaro à vacina. (Hoje em Dia)

Minas

governo de Minas Gerais admitiu, nesta quinta-feira (28/01), que as conversas com o laboratório chinês Sinopharm, que visavam à produção e a testagem de vacinas contra a COVID-19, ‘não evoluíram da forma desejada’. O Estado de Minas mostrou que a farmacêutica havia firmado um acordo inicial com o Executivo para a produção e testes clínicos dos imunizantes, que naufragou após uma gafe diplomática. Segundo texto encaminhado pela Secretaria de Estado de Saúde, a empresa deixou de apresentar informações importantes sobre o processo produtivo. “Durante a pandemia, o tempo de ações e de negociações deve ser o mais rápido possível, desde que não comprometa as questões de segurança. Sem acesso a essas informações e a dados estratégicos, não é possível concluir uma tratativa”, diz trecho do texto. O Executivo estadual aponta, ainda, a ausência de informações sobre as fases iniciais de produção da vacina. O memorando de entendimentos assinado pelas partes — obtido pelo Estado de Minas — mostra o princípio de acordo para cooperação em teste clínicos de fase 3, transferência de tecnologia e distribuição das doses. (Estado de Minas)

Minas I

O governo do estado afirma, ainda, estar aberto a negociações com laboratórios e afirma que, para a adequada produção dos imunizantes, além da transferência de tecnologia, seria necessário aprimorar a planta de trabalho da Funed . “A estrutura atual, diferente da existente no Instituto Butantã e na Fundação Oswaldo Cruz, não permite a produção imediata de imunizantes contra a covid-19. Uma eventual produção deve levar em conta também o acesso a insumos, hoje em falta em todo o mundo. Leia o posicionamento na íntegra. O comunicado certamente deixa muitas perguntas sem resposta, como por exemplo: "Se o laboratório deixou de apresentar os estudos das fases 1 e 2, o que comprometeria questões de segurança, por que o governo prosseguiu com as conversas? Vale lembrar que foi a Sinopharm - e não o estado - quem interrompeu a cooperação técnica. Este e outros questionamentos foram encaminhados ao Executivo. (Estado de Minas)

Comércio

Comerciantes de Belo Horizonte estão ansiosos para o anúncio que será feito nesta sexta-feira (29), às 14h, pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), que deve flexibilizar o isolamento social na cidade. Os estabelecimentos não essenciais estão fechados em BH desde 11 de janeiro, para tentar conter o avanço da covid-19. Uma reunião no fim da manhã desta sexta baterá o martelo sobre as regras que serão adotadas e quais setores poderão funcionar. Lojas de rua e de shoppings, bares e restaurantes devem ser autorizados a retomar as atividades. Há incerteza sobre a permissão para consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos. A volta das academias também é uma incógnita. O fechamento dos serviços não essenciais foi anunciado no dia 6 de janeiro, em meio ao segundo avanço do novo coronavírus na cidade. Naquela data, os três indicadores que monitoram a doença em BH estavam assim: ocupação de leitos de UTI em 86,1% (nível vermelho), ocupação de leitos de enfermaria em 63,9% (nível amarelo); e RT, que mede a velocidade de transmissão do vírus, em 1,06 (nível amarelo). Houve queda nos três índices. Conforme boletim divulgado na tarde dessa quinta-feira (28), a ocupação de UTIs para pacientes com covid-19 é de 76,4% (nível vermelho); a de enfermarias, de 57,2% (nível amarelo); e o RT está em 0,95 (nível verde). Segundo especialistas, o ideal é que o RT fique sempre abaixo de 1. (Rádio Itatiaia)

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Ele disse que o "povo brasileiro é forte e não tem medo do perigo". Nessa quarta-feira (27) o Ministério da Saúde informou que o Brasil passou das 220 mil mortes pela covid-19. Bolsonaro afirmou fazer um apelo aos governadores e ressaltou que, segundo ele, sem apresentar dados, "a política de fechar tudo e ficar em casa não deu certo". "Os mais vulneráveis são velhos e com comorbidades, o resto tem que trabalhar." "Reformulem essa política e entendam cada vez mais que o isolamento, o lockdown, o confinamento nos leva para a miséria. Eu sempre disse, lá atrás, que a economia anda de mãos dadas com a vida. A vida sem recursos e sem emprego torna-se muito difícil", disse. (Estadão)

Enem

Termina hoje (29) o prazo para os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 pedirem para participar da reaplicação das provas. Têm direito à reaplicação os candidatos que se sentiram prejudicados por questões de logística ou que tiveram sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa.O Enem impresso foi aplicado nos últimos domingos, dias 17 e 24. O exame teve recorde de ausências, mais da metade dos inscritos não compareceram às provas. Ao todo, cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas. Os pedidos devem ser feitos na Página do Participante. Eles serão analisados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado será divulgado também na Página do Participante no dia 12 de fevereiro, quando os estudantes saberão se os pedidos foram aceitos ou não. A prova será reaplicada nos dias 23 e 24 de fevereiro. Podem pedir para fazer o exame nesses dias aqueles participantes que foram prejudicados, por exemplo, por falta de água e luz nos locais de prova ou falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela. (Agência Brasil)

Aulas

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) tem dois inquéritos que apuram as condições para retomada das aulas presenciais. Um deles tramita na Promotoria de Educação e o outro na Promotoria de Patrimônio Público. Os promotores estão solicitando ao procurador-geral de Justiça a formação de uma força-tarefa com dois representantes da Promotoria de Educação, dois da Promotoria da Infância e Adolescência e um da Promotoria de Patrimônio Público. As investigações serão unificadas. Antes que a questão seja judicializada com apresentação de uma ação civil pública, o Ministério Público vai se reunir nos próximos dias com representantes do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte. O objetivo é que sejam estabelecidas condições objetivas e factíveis para retomada das aulas presenciais, além de definir as datas de retomada. Na Promotoria do Patrimônio Público, a investigação está sendo conduzida pelo promotor Leonardo Barbabela, que considera irreparável o dano provocado pela suspensão das aulas presenciais. “O que o Ministério Público, agora, objetiva com os dois inquéritos civis é uma atuação sinérgica para que obtenha junto ao Município e ao Estado o estabelecimento de condições epidemiológicas concretas, objetivas e, principalmente, razoáveis para que assegurem o retorno às aulas presenciais não apenas Belo Horizonte, mas em todo o Estado de Minas Gerais”, afirmou. (Rádio Itatiaia)

Dívida

Com o aumento na demanda por crédito em meio à pandemia, o endividamento das famílias junto aos bancos alcançou 50,3% em outubro, maior nível da série histórica iniciada em janeiro de 2005. O dado, divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Banco Central, considera o estoque dos financiamentos da família com relação à sua renda em 12 meses. O nível de endividamento passou de 50% pela primeira vez. O comprometimento da renda mensal do brasileiro com parcelas de empréstimos, por sua vez, chegou a 21,7% e se igualou a setembro de 2015, quando o percentual tinha sido o maior. (Agência Brasil)

EUA

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta quinta-feira (28) que o Brasil será "um parceiro fundamental" no combate à crise climática, mas evitou responder questões sobre possíveis represálias ao País por causa do desmatamento na Amazônia. Durante uma coletiva de imprensa, a assessora do presidente Joe Biden reforçou que a questão ambiental será prioridade para o novo governo. Nesta quarta-feira (27), Biden assinou uma série de decretos voltados para o combate à crise climática. Dentre os principais anúncios, está a convocação de uma cúpula global sobre o clima para 22 de abril, data em que é celebrado o Dia da Terra. Ao ser questionada se os EUA convidarão o presidente Jair Bolsonaro para a cúpula, a porta-voz da Casa Branca respondeu que nenhum convite foi feito até agora. Em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de Biden visitar o Brasil, Psaki disse que o novo chefe da Casa Branca ainda não planejou nenhuma viagem internacional. Em carta enviada a Biden em 20 de janeiro, dia da posse do democrata, Bolsonaro disse estar pronto para continuar a parceria com os EUA na questão ambiental. (Estadão)