Vale

Os engenheiros da empresa alemã Tüv Sud permaneceram em silêncio na manhã desta quinta-feira durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No início de abril, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu liminar garantindo aos engenheiros Makoto Namba e André Yassuda o direito de permanecerem calados durante depoimento. A Tüv Sud foi contratada pela Vale para atestar a estabilidade da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que se rompeu no dia 25 de janeiro. (Rádio Itatiaia)

Vale I

Em setembro do ano passado, os dois engenheiros assinaram um laudo que atestava a segurança da estrutura. De acordo com o deputado André Quintão (PT), relator da CPI, o silêncio dos investigados é uma confissão de culpa. “Foram mais de 50 perguntas com o intuito de esclarecer, de buscar as causas dessa tragédia criminosa, de buscarmos um relatório com recomendações de punições, de prevenção e de recuperação. Infelizmente o silêncio neste caso não contribui com a democracia, com a investigação, com a elucidação dos fatos”. O deputado ressalta ainda que, apesar de o silêncio atrapalhar a CPI, ajuda na formação de convicções. “Nós sabemos que a declaração de condição de estabilidade foi uma das causas que a Vale se utilizou inclusive para não tomar as medidas preventivas, seja em relação à barragem, sejam em relação ao plano de ação de emergência. Portanto, o silêncio neste caso vai inclusive fortalecendo nossas convicções de um laudo forjado e também de uma omissão da Vale no sentido de não tomar as providências necessárias culminando na morte de mais de 300 pessoas”. Os próximos ouvidos da CPI serão os diretores e técnicos da Vale, além do ex-presidente da mineradora, Fábio Schvartsman. (Rádio Itatiaia)

Acordo

Quatro acordos extrajudiciais individuais entre vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a Vale foram firmados nesta quinta-feira (2). Os atingidos foram representados pela Defensoria Pública de Minas Gerais. De acordo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os acordos, que não tiveram os valores divulgados por consenso entre as partes, surgiram a partir de um termo de compromisso entre a mineradora e a Defensoria Pública para agilizar o pagamento indenizações extrajudiciais, individuais ou por núcleo familiar por danos materiais e morais. No dia 25 de janeiro, a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu e já provocou a morte de 233 pessoas e outras 37 seguem desaparecidas, segundo a Defesa Civil. Em um dos acordos que foram homologados, está o caso de um casal e filho que residiam no Parque da Cachoeira e tiveram a casa arrasada pela lama. A família precisou ser alojada em moradia provisória. Outro caso é de um senhor que havia comprado um terreno para construir uma casa. A área também foi invadida pela lama e o homem foi indenizado por danos morais e materiais. Em um terceiro acordo, um casal que teve a chácara e foi alojado em um local provisório. Agora, pelo acordo, será indenizado pela perda do imóvel e animais, um automóvel, maquinários, assim como pelo aumento no custo de vida. Outra situação que ficou resolvida é a de um homem que também perdeu a casa, mobiliário e bens de uso pessoal, além de ter a atividade econômica interrompida. Ele vai receber pelo dano moral. (Hoje em Dia)

Acordo I

Para a juíza Perla Saliba Brito, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), o fato dos acordos estarem sendo homologados no setor pré-processual do Cejusc traz mais agilidade na solução. “Assim, esses acordos são de grande importância para a celeridade e a efetividade da Justiça”, destacou a juíza. Conforme a Defensoria Pública, esses acordos não retiram dos atingidos direitos futuros que venham a constar de eventuais ações ou acordos coletivos. Na última segunda-feira (29) o MPMG acionou a Vale por danos socioeconômicos provocados pelo rompimento da barragem. Segundo o órgão, um dos pedidos contidos na ação civil pública é para antecipação de indenização no valor de R$ 30 mil aos atingidos pela tragédia. (Hoje em Dia)

Suzano

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira Geraldo de Oliveira Santos, de 41 anos, suspeito de ter fornecido o revólver calibre 38 usado no massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, que terminou com a morte de dez pessoas, incluindo os dois atiradores, no dia 13 de março. Antes, três pessoas já haviam sido presas por negociar a arma e munições com os responsáveis pelo ataque. Sem passagem anterior pela polícia, Santos foi preso em Suzano e teria usado um intermediário para vender o revólver a G. T. M., de 17 anos, apontado como o líder do massacre, segundo a investigação. O dinheiro para pagar pela arma, no entanto, seria de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, o outro atirador. A estimativa é que a dupla tenha gastado cerca de R$ 7 mil na compra de 16 itens usados na chacina. No início do mês, a polícia já havia detido o homem apontado como intermediário da venda. Trata-se do mecânico Cristiano Cardias de Souza, o Cabelo, de 47 anos, também em Suzano. Ele já tinha passagem por receptação de veículo. A negociação com os atiradores aconteceu por celular e através de perfis falsos no Facebook. No dia seguinte, os policiais prenderam mais dois suspeitos, o vigilante particular Adeilton Pereira dos Santos e o comerciante Tathiano Oliveira Queiroz, que teriam sido responsáveis por vender munições. O primeiro foi pego no Jardim Helena, zona leste de São Paulo, e também foi preso em flagrante por estar com um revólver com a numeração raspada na ocasião. Já o segundo foi detido em Heliópolis, na zona sul da capital. (Agência Estado)

Industrial

A produção industrial brasileira registrou em março uma queda de 1,3%, na comparação com fevereiro, eliminando o crescimento de 0,6% observado no mês anterior, segundo divulgou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com mais esse resultado negativo, o setor passou a acumular queda de 2,2% no ano. Trata-se do pior resultado mensal desde setembro do ano passado, quando houve queda de 2,1% na produção do setor. Na comparação com março do ano passado, a indústria caiu 6,1%, queda mais intensa desde maio de 2018 (-6,3%). No acumulado em 12 meses, o setor passou a ter queda de 0,1% – primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 (quando também recuou 0,1%), o que confirma a leitura de perda de ritmo e maior fraqueza da economia brasileira. Com o resultado de março, o patamar de produção da indústria brasileira segue 17,6% abaixo de seu ponto mais alto, alcançado maio de 2011. Na análise trimestral, a produção industrial registrou queda de 0,7%, na comparação com o 4º trimestre de 2018. Já na comparação com os 3 primeiros meses do ano passado, o recuo foi de 2,2%. (G1)

Rodovias

“Os governos federal e estadual não têm capacidade para investir em infraestrutura. A solução é fazer parcerias com a iniciativa privada.” A constatação foi do governador Romeu Zema (Novo) ao anunciar plano de lançar pacote de concessões para estradas mineiras até o fim deste mês. Zema afirmou que tem feito cobranças ao governo federal pela liberação de verbas para a duplicação da BR-381, que anda em “passos de tartaruga”. Em encontro com jornalistas na tarde de ontem, o governador afirmou que já existem estudos avançados para que alguns trechos de rodovias de Minas sejam entregues para empresas por meio das parcerias público-privadas (PPP). Os trechos a serem privatizados ainda não foram detalhados pelo governo estadual. A intenção do governo de Minas é que os motoristas encontrem estradas em melhores condições de tráfego, mesmo que para isso sejam cobrados pedágios. A avaliação de Romeu Zema é que é melhor ter trechos pedagiados com segurança e qualidade do que trechos nas condições atuais. Em 2015, no início da gestão de Fernando Pimentel (PT), o governo estadual também lançou um plano para conceder trechos de rodovias estaduais à iniciativa privada. Quase 30 mil quilômetros de estradas seriam ofertadas para empresas administrarem. No entanto, em meio ao agravamento da crise econômica poucas parcerias avançaram desde então. (Estado de Minas)

Rodovias I

O governador afirmou ainda que fez cobranças junto ao Ministério da Infraestrutura e ao Palácio do Planalto sobre o andamento das obras na BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. A promessa do governo federal é lançar em breve um plano de concessão que inclua a rodovia mineira, conhecida como Rodovia da Morte pelo alto número de acidentes com mortes. Apesar da aposta na iniciativa privada, a duplicação da BR-381 deve se mostrar um desafio para o governo federal. Dois estudos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontaram que o alto valor da obra na rodovia inviabilizaria sua gestão por uma iniciativa privada. Para ter um retorno atrativo para as empresas o valor do pedágio pode ficar muito alto. A aposta na iniciativa privada também foi citada como solução viável para desafogar a malha rodoviária do país pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes durante encontro com a bancada mineira no mês passado. “Se nós quisermos prover investimentos, vamos precisar dos recursos privados”, reconheceu o ministro. (Estado de Minas)

Universidades

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (2) que o dinheiro retirado das universidades federais será investido na educação básica. Ele disse que a educação no Brasil é como uma casa com um “excelente telhado e paredes podres”. Na última terça-feira (30), o Ministério da Educação (MEC) anunciou um corte de 30% do orçamento das universidades federais. “A gente não vai cortar recurso por cortar. A ideia é investir na educação básica. Ouso dizer até que um número considerável não sabe sequer a tabuada. Sete vezes oito? Não vai sabe responder. Então pretendemos investir na base. Não adianta ter um excelente telhado na casa se as paredes estão podres. É o que acontece atualmente”, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT. A informação do corte orçamentário foi dada à TV Globo pelo Secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior. O corte, inicialmente, seria restrito a três universidades, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em seguida, foi ampliado a todas as instituições federais do país. A informação sobre o corte na verba das universidades federais surge ao mesmo tempo em que abre o período para as instituições públicas de ensino superior aderirem ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) . O Sisu é um sistema informatizado do Ministério da Educação pelo qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). (Agência Brasil)

Educação

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) deste ano terá novidades. Os testes de ciências da natureza e ciências humanas para estudantes do 9º ano e a avaliação da alfabetização do 2º ano do ensino fundamental serão feitos por amostragem. É a primeira vez que os testes de ciências são aplicados para estudantes do 9° ano. Já a avaliação da alfabetização era aplicada de forma censitária até 2016, ou seja, para todos estudantes do 3° ano, no período de dois em dois anos, nos anos pares. Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017, e a previsão de que os estudantes devem ser alfabetizados até o 2° ano, o governo decidiu unificar essa avaliação com as demais, aplicadas nos anos ímpares. Para tanto, optou por cancelar a avaliação prevista para 2018, e implementá-la em 2019 para estudantes do 2º ano. No entanto, em vez de aplicar para todos estudantes, como era feito até então, o Ministério da Educação optou por realizar testes por amostragem. As novidades foram apresentadas nesta quinta-feira pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e as diretrizes foram publicadas no Diário Oficial da União. (Agência Brasil)

Tráfico

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira 39 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas no Sul e no Centro-Oeste de Minas. Também foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em Lavras, no Sul, em Cana Verde, Campo Belo e Formigas, no Centro-Oeste. Sete suspeitos fugiram. De acordo com as investigações, o grupo trazia cocaína de São Paulo embalada a vácuo para diminuir o volume e o cheiro, o que facilitava a distribuição. Os entorpecentes eram vendidos principalmente no Sul de Minas. Todos ficarão presos temporariamente por 30 dias no presídio de Campo Belo e responderão por tráfico de drogas e formação de quadrilha. A operação, intitulada Torricelli, faz alusão ao cientista que comprovou a existência do vácuo. (Rádio Itatiaia)

Mega-Sena

Ninguém acertou os seis números do concurso 2147 da Mega-Sena, sorteados na noite desta quinta-feira (2) e o prêmio voltou a acumular. A estimativa do valor a ser pago no próximo concurso é de R$ 140 milhões. As dezenas sorteados foram 17- 19 - 37 - 41 - 42 - 49. Na quina, foram 366 apostas ganhadoras, cada uma no valor de R$ 28.739,81. A quadra saiu para 28.045 apostadores, que receberão R$ 535,81, cada um. O sorteio do concurso 2148 será no próximo sábado (4). (Agência Brasil)

Tempo

A sexta-feira (3) em Belo Horizonte será de céu parcialmente nublado a nublado e com possibilidade de pancadas de chuva, de acordo com a Defesa Civil da capital. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chances de chover são maiores no período da tarde. Nessa madrugada, a temperatura mínima registrada foi de 17ºC. A máxima estimada para o decorrer do dia é de 28ºC. A umidade relativa do ar mínima gira em torno de 55%. (O Tempo)