Coronavírus

O Brasil registrou 1.699 novas mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta quinta-feira, 4, pelo Ministério da Saúde. Com isso, chega a 260.970 o total de vidas perdidas no País em razão da doença.Com a explosão de novos casos de covid-19, a alta taxa de ocupação das UTIs de diversas cidades e o colapso de sistemas de saúde em todo o País, nas últimas 24 horas, foram contabilizados mais 75.102 casos do novo coronavírus, elevando o total para 10.793.732. Esse passa a ser o segundo maior número de casos registrados no Brasil em 24 horas. Só não supera a marca registrada em 7 de janeiro, quando o País contabilizou 87.843 casos. Nesta semana em que o Brasil apresenta os piores números da pandemia e vários governadores voltaram a adotar medidas restritivas para conter o avanço da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que é preciso "enfrentar o problema de peito aberto" e parar de "frescura". (Estadão)

Variantes

Análise feita pela Fiocruz em oito Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país constatou a prevalência das variantes mais preocupantes do coronavírus Sars-CoV-2 em pelo menos seis deles. O dado, obtido a partir de uma nova ferramenta de análise genética, indica que há uma dispersão geográfica dessas variantes nos Estados, assim como uma alta prevalência em todas as regiões avaliadas. De acordo com nota divulgada no início da noite pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz, foram avaliadas mil amostras dos estados de Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ferramenta usada é capaz de detectar a mutação no vírus que é comum nas três variantes que mais vem preocupando o mundo atualmente - a P.1, identificada inicialmente no Amazonas, a B.1.1.7, originada no Reino Unido, e a B.1.351, na África do Sul. A análise não mostra exatamente qual é a variante, mas a ocorrência da mutação, o que já serve como indicativo de que o vírus circulante mudou. As três são chamadas de "variantes de preocupação" ou VOCs, na sigla em inglês, e já são associadas a uma maior transmissibilidade. Também há indícios de que elas são capazes de escapar de anticorpos gerados em infecções anteriores possibilitando a reinfecção. (Estadão)

Variantes I

Dos seis estados, somente nas amostras de Minas Gerais e Alagoas a presença da mutação ocorreu em menos da metade das amostras - respectivamente 30,3% e 42,6%. Os Estados em que elas mais aparecem são Ceará (71,9%) e Paraná (70,4%). A situação nos demais é: PE (50,8%), RJ (62,7%), RS (62,5%), SC (63,7%). O novo protocolo de RT-PCR já havia sido testado em janeiro, em 500 amostras do Amazonas, onde a taxa de prevalência da variante foi de 71%. (Estadão)

Minas

Desleixo de boa parte da população, surgimento de novas cepas e doses de vacinas a conta-gotas ajudam a explicar o avanço sem precedentes da Covid-19. Só nos últimos 20 dias, 100 mil mineiros foram contaminados no Estado, que chegou ontem a 901 mil infectados desde o ano passado. Desses, 19.032 não venceram a batalha contra a doença. O crescimento exponencial do contágio é sustentado na comparação com o início da pandemia em Minas. O primeiro caso da enfermidade foi atestado em 8 de março de 2020, e a marca de 100 mil doentes chegou em 23 de julho – quatro meses depois. Para infectologistas envolvidos no combate ao novo coronavírus, os números mais recentes são consequências das férias e do Carnaval que, mesmo atípico, não impediu muita gente de “curtir” passeios, aglomerar na casa dos amigos ou se arriscar em festas clandestinas. “As pessoas viajaram, as praias estavam lotadas, e junta com uma cepa que transmite com mais facilidade. O Brasil virou o centro mundial da pandemia”, avalia o médico Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid em BH. (Hoje em Dia)

Auxílio

O Senado aprovou, no início da tarde desta quinta-feira (4), em segundo turno, o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, conhecida como PEC Emergencial. O texto, que agora segue para análise da Câmara dos Deputados, cria mecanismos de ajuste fiscal e permite a retomada do pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19. Depois de pressões de senadores para limitar os gastos, o relator da proposta, senador Márcio Bittar (MDB-AC), apresentou nova versão do seu parecer. Nela, o benefício será pago por fora do teto de gastos do Orçamento e do limite de endividamento do governo federal. A ajuda, no entanto, ficará limitada a um custo total de R$ 44 bilhões. Antes, não havia, no texto, limite para o pagamento do auxílio em 2021.A primeira versão do auxílio ultrapassou os R$ 300 bilhões de custo total e foi paga a cerca de 68 milhões de pessoas. (Agência Brasil)

Bolsonaro

Algumas horas após dizer que "chega de frescura e de mi-mi-mi" com a pandemia de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que lamenta "qualquer morte". Ato contínuo, emendou uma ressalva: "Agora, parece que só morre gente de covid no Brasil." Ainda não há medicamento eficaz contra covid-19, ao contrário de outras doenças. Além disso, a facilidade de contaminação é outro agravante no caso da covid-19.  A única arma para conter o vírus é a vacinação em massa, o que ainda parece longe de ocorrer no Brasil. Naquele momento, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, relatava que sua pasta optou por manter obras ativas durante a pandemia. Bolsonaro, então, retomou narrativa já repisada em lives anteriores, em defesa de que o país protegesse apenas pessoas do grupo de risco contra o vírus e "tocasse a vida". (Estadão)

Weintraub

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e a União foram condenados, nesta quinta-feira (4), a pagar R$ 40 mil por danos morais coletivos contra docentes de universidades federais de Minas após ofender a comunidade acadêmica dizendo que as instituições fabricavam drogas e plantavam maconha. A informação é do site Congresso em Foco. A decisão do juiz federal João Batista Ribeiro, da 5ª Vara Federal Cível de Minas Gerais, ainda cabe recurso. A ação foi movida pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh) após episódios registrados em 2019. Como a condenação é chamada de “solidária”, a Apubh poderá escolher quem irá pagar a indenização e em que proporção. Os ataques proferidos pelo então ministro ocorreram durante mobilizações de professores em defesa da educação pública e contra o bloqueio de 30% da verba destinada às universidades. Na ocasião, o ministro chegou a dizer que as instituições de ensino cultivavam plantações de maconha e produziam drogas sintéticas. (Hoje em Dia)

Flordelis

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) divulgou nessa quinta-feira (4) ter apresentado as alegações finais no processo em que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) é acusada de ser a mandante do homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 na porta de casa em Niterói (Região Metropolitana do Rio). O MPRJ pede à Justiça que submeta Flordelis e outros oito réus a júri popular. A 3ª Vara Criminal de Niterói vai decidir se determina o júri ou toma outra providência. Durante o processo foram realizadas seis audiências, nas quais foram ouvidas aproximadamente 30 testemunhas e interrogados todos os acusados. O MPRJ considerou ter "sólidos e veementes elementos" de prova e pediu que cinco pessoas sejam julgadas por homicídio triplamente qualificado: Flordelis, sua filha Simone dos Santos Rodrigues, sua filha afetiva Marzy Teixeira da Silva, sua neta Rayane dos Santos Oliveira e seu filho afetivo e ex-genro André Luiz de Oliveira. Os outros réus devem responder por outros crimes, que são conexos com o homicídio, e por isso o julgamento deve caber ao mesmo Tribunal do Júri, defende o MPRJ. (Estadão)

Cabral

O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a mais 10 anos de prisão, pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal. A sentença foi conhecida nesta quinta-feira (4) e eleva o total de penas de Cabral a 342 anos de reclusão. Cabral e outros réus foram condenados por corrupção, em recebimento de propina, na ordem de 1%, conhecida como “taxa de oxigênio”, sobre contratos firmados entre empresas fornecedoras e empreiteiras e o governo do estado. A condenação foi decorrente das operações Calicute e Saqueador, desdobramentos da Lava Jato no estado. No mesmo processo, foram condenados o ex-secretário de Obras Hudson Braga, a 12 anos e 11 meses de prisão, o assessor e operador financeiro Wagner Jordão, a 8 anos e 4 meses, e os empresários Alex Sardinha, a 16 anos e 10 meses, e Geraldo André, a 16 anos e 10 meses. (Agência Brasil)

Rock in Rio

O Rock in Rio, um dos principais festivais de música do mundo, adiou sua próxima edição, marcada para setembro e outubro deste ano, para setembro de 2022. O adiamento foi provocado pela pandemia de covid-19. “O Rock in Rio mobiliza pessoas dentro e fora da Cidade do Rock. Recebemos turistas de absolutamente todos os estados, além do Distrito Federal, e também de mais de 70 países. São 28 mil pessoas trabalhando para levar festa e alegria para as 700 mil pessoas que nos visitam. Vamos preservar vidas neste momento. Em setembro de 2022, estaremos juntos de novo e prontos para o melhor Rock in Rio de todos os tempos, quando vamos celebrar a paz e a vida”, informou o presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, em nota publicada no site do evento. A próxima edição do festival será realizada nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022. Segundo os organizadores, as negociações com as atrações estão em andamento e algumas já devem ser anunciadas no primeiro semestre deste ano. (Agência Brasil)