Covid

Na situação global da pandemia da covid-19, incluindo a variante Ômicron, existem 6,2 milhões de óbitos relatados, com 511 milhões de casos acumulados. Mas, de acordo com a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, o número de mortes pela doença deve ser três vezes maior, devido à ausência de testes. A informação foi dada pela diretora durante palestra na reunião magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC), realizada hoje (5), no Rio de Janeiro, cujo tema principal foi o papel da ciência na construção do futuro. Segundo a epidemiologista, cada país está enfrentando uma situação diferente com a covid-19. Existem vários fatores para que isso aconteça. “Tem a ver com a estratégia passada e a atual, a epidemiologia atual e a circulação do vírus, os dados demográficos da população, os níveis de imunidade da população com vacinação, se há prevalência alta da imunização, entendendo a complexidade da imunidade, se ainda precisa muita pesquisa, o acesso a ferramentas que salvam vidas e a capacidade de se ajustar”, enumerou Maria Van Kerkhove. Segundo a diretora da OMS, um dos grandes problemas percebidos na pandemia foi a falta de confiança da ciência e do público. Outro entrave é a falta de vacinação completa nas populações acima de 60 anos de idade, percebida em muitos países, ou que ainda não tiveram nenhuma dose. Na África do Sul, por exemplo, ela disse que a cada onda nova da covid-19, houve cobertura vacinal muito baixa. Já na Coreia do Sul, identificou-se alto nível de cobertura vacinal, seguindo uma estratégia de covid zero, que resultou na modernização do sistema de saúde pública e investimentos em recursos humanos. (Agência Brasil)

Covid I

A epidemiologista criticou o fato de alguns países terem aberto mão das máscaras contra a covid-19, principalmente em locais fechados. Segundo Maria Van Kerkhove, há muita desinformação e politização, que diminuíram a eficácia dessas medidas. “Eu nunca tinha visto isso antes”, disse, referindo-se a todas as suas experiências em surtos. Ela mencionou também as políticas de desinformação em alguns países, que provocaram muitas mortes pela doença. Maria Van Kerkhove disse que a pandemia não acabou e o que é preciso fazer é otimizar as estratégias global e nacional, alguns objetivos principais: prevenir o diagnóstico, tratar a doença e reduzir a morbidade e a mortalidade, além de diminuir também a transmissão, o que inclui a proteção à exposição, principalmente dos mais vulneráveis, daqueles que não foram vacinados. É preciso, ainda, segundo a epidemiologista, reduzir o risco da emergência de variantes. “Focar em apenas uma (variante) gera um sentido de falsa segurança, porque não sabemos qual será o custo das variantes”. A expectativa da OMS é que o vírus vai continuar evoluindo. “Esperamos com uma severidade baixa, porque temos ferramentas e vacinação, imunização populacional aumentando”, disse. Ela aposta que veremos surtos menores entre aqueles que não estão protegidos. “Teremos uma sazonalidade, porque é um patógeno respiratório”, disse. (Agência Brasil)

Vacina

A partir desta semana, os idosos com idade a partir de 60 anos podem ser imunizados com a quarta dose da vacina contra a Covid-19. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fez a convocação nesta segunda-feira (2). De acordo com o Executivo municipal, a estimativa de público é de cerca de 263 mil pessoas na faixa etária.Também será possível receber a vacina contra a gripe simultaneamente. A quarta dose da vacina contra o novo coronavírus pode ser recebida considerando o intervalo mínimo de quatro meses desde a aplicação do reforço. Veja o cronograma: Dias 3 e 4 de maio, terça e quarta-feira: quarta dose para pessoas de 69 a 65 anos / Dias 5 e 6 de maio, quinta e sexta-feira: quarta dose para pessoas de 64 a 60 anos. É necessário levar o cartão de vacina, o documento de identidade e o CPF. (O Tempo)

Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assume nesta sexta-feira (6), de forma interina, a Presidência da República. É a primeira vez que o senador mineiro fica à frente do Palácio do Planalto. Terceiro na linha sucessória, Pacheco assume também o Executivo porque o presidente Jair Bolsonaro (PL), o vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estão em viagens ao exterior. Bolsonaro cumpre agenda nesta sexta-feira em Georgetown, capital da Guiana, com previsão de retornar a Brasília no fim do dia. Mourão está desde quinta-feira (5) em Montevidéu, a capital do Uruguai, onde vai se encontrar com a vice-presidente daquele país, Beatriz Argimón, nesta sexta. Mourão retorna no sábado (7) a Brasília. Já Lira, que viajou para Nova York, nos Estados Unidos, não divulgou sua agenda. (O Tempo)

TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou nesta quinta-feira (5) que os partidos políticos estão autorizados pela lei a fazer suas próprias auditorias das eleições. A nota oficial emitida pela Corte vem após o presidente Jair Bolsonaro revelar em transmissão ao vivo nas redes sociais que o PL, sua legenda, vai contratar uma empresa para auditar as eleições. "A fiscalização das eleições está prevista nos artigos 65 a 72 da Lei nº 9.504 de 30 de setembro de 1997, conhecida como Lei das Eleições. Os partidos políticos podem fazer suas próprias auditorias pelo Registro Digital do Voto (RDV)", afirma o TSE. "Lembramos, ainda, que qualquer cidadão pode fazer sua própria auditoria por meio do Boletim de Urna, emitido pelo mesário ao final da votação e divulgado nas seções eleitorais e no site do TSE", acrescenta a Corte. A notícia de que o PL vai auditar as eleições vem em um momento de tensão entre o Executivo e o Judiciário. Bolsonaro tem ampliado os ataques ao sistema eleitoral brasleiro e costuma lançar dúvidas, sem provas, da lisura das urnas eletrônicas. (Estadão)

Petrobras

O mercado aguarda um novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina pela Petrobras. Não há data definida para que o anúncio seja feito pela estatal, mas há a expectativa para um comunicado sobre o assunto até amanhã (sexta-feira). Contudo para o presidente executivo da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, o aumento já “está atrasado”. A entidade calcula que a correção nos valores pode chegar a 17% na gasolina e 25% para o óleo diesel. Os índices, segundo Araújo, referem-se à defasagem de preços dos combustíveis no Brasil em relação ao mercado internacional. “A Abicom está esperando esse aumento há muito tempo. Temos quase 60 dias sem que a Petrobras faça intervenção nos preços”, disse Sérgio. “E também há frequentes e repetidos posicionamentos da Petrobras mostrando a necessidade de estar com preços alinhados ao mercado internacional para mitigar risco de desabastecimento. Expectativa é de que esse anúncio saia a qualquer momento”, complementou Sérgio.  Com base nos percentuais assinalados pela Abicom, o aumento para a gasolina seria de R$0,65. No caso do diesel, a estimativa é de um aumento em torno de R$1. As projeções foram feitas a pedido da reportagem pelo consultor da Valêncio Consultoria, que presta serviço a postos de combustíveis no Brasil, Murilo Barco. (O Tempo)

Mineração

Deputados estaduais trabalham para conseguir ao menos 26 assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aprovação de licenciamento ambiental para um projeto de mineração na Serra do Curral. As assinaturas começaram a ser recolhidas nesta quinta-feira (5), durante a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Até o momento, 20 deputados se posicionaram favoráveis à abertura de uma comissão de investigação. Durante a audiência, o consultor da Taquaril Mineração S.A (Tamisa), Leandro Quadros Amorim, disse que a empresa não irá desistir do projeto e que a sociedade está "mal informada". "A repercussão negativa é porque a sociedade está muito mal informada. Se me perguntassem se sou a favor da destruição da Serra do Curral, evidentemente que sou contra. O projeto não vai destruir a Serra, então não há de que recuar, a Tamisa não pensa em nenhum momento em recuar", aponta. A Tamisa prevê o início da instalação do empreendimento ainda em 2022, para ter condições de extrair minério da Serra do Curral em dois anos. (Rádio Itatiaia)

Mineração I

Ambientalistas que compareceram à audiência pública fizeram um protesto e ficaram de costas durante a fala do superintendente de Projetos Prioritários da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Rodrigo Ribas. Mais cedo, em entrevista à Itatiaia, a secretária de Meio Ambiente, Marília Melo, afirmou que a liberação da mineração na Serra do Curral foi baseada em avaliações técnicas e em estudos apresentados pela Tamisa. “O processo de licenciamento ambiental é pautado por uma avaliação estritamente técnica a partir dos estudos apresentados pela empresa. Ele tem o objetivo de avaliar os impactos que o empreendimento pode causar nos recursos naturais e estabelecer medidas de controle para operar. Neste caso, foram observados todos os ritos jurídicos e técnicos, os limites estabelecidos na legislação: supressão de vegetação, impactos em recursos hídricos, dispersão atmosférica (poeira). Está tudo dentro das normas e esse parecer subsidiou a tomada de decisão do Copam”, declarou. Na próxima segunda-feira (9), está prevista uma visita técnica à Serra do Curral e também devem ser convocadas audiências públicas nas câmaras municipais de Belo Horizonte e Nova Lima. (Rádio Itatiaia)

Backer

Nesta quinta-feira (5), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) finalizou a apuração de supostas infrações administrativas cometidas pela cervejaria Backer e, segundo a pasta, após o trabalho dos auditores fiscais federais agropecuários, foi aplicada uma multa de de R$ 5.099.193, além da inutilização dos produtos apreendidos e interdição parcial do estabelecimento. "As penalidades foram impostas devido ao estabelecimento ter ampliado e remodelado a área de instalação industrial registrada, sem devida comunicação ao Mapa; deixar de atender intimações,  dentre elas a de recolhimento dos produtos; alterar a composição de cervejas sem a prévia comunicação; comercializar cerveja sem devido registro do produto e por produzir, engarrafar e comercializar 39 lotes de cerveja com presença de monoetilenoglicol ou dietilenoglicol", informou o Ministério em seu site. Apesar das penalidades impostas pelo Mapa, no início de abril deste ano, a Backer recebeu autorização para retomar parcialmente a produção e comercialização de cerveja na fábrica localizada no Olhos D’Água, região Oeste de BH. Essa liberação, de acordo com o Ministério da Agricultura, continua em vigor e foi concedida “após serem atendidas as exigências para garantir a segurança dos produtos, referentes às condições dos tanques de fermentação e equipamentos que serão utilizados neste retorno”. (Hoje em Dia)

Tempo

Belo Horizonte pode ter chuva isolada nesta sexta-feira (6). Previsão meteorológica divulgada pela Defesa Civil indica ainda que o dia será de céu claro a parcialmente nublado. A temperatura mínima foi de 16 °C, a máxima estimada é de 28 °C e a umidade relativa mínima do ar em torno de 45% à tarde. Nessa quinta-feira (5), a Defesa Civil emitiu de risco geológico em todas as regionais da cidade. O alerta é válido até domingo (8). Também nessa quinta (5), Belo Horizonte registrou, em 13 horas, o dobro do volume de chuva esperado para todo o mês na capital. (Rádio Itatiaia)

Guerra

A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional divulgou hoje (6) as conclusões de “extensa investigação” feita na região de Kiev. Os  dados reforçam o coro internacional de acusações de crimes de guerra atribuídas às tropas russas. A organização de defesa dos direitos humanos afirma ter documentado “ataques aéreos ilegais em Borodyanka”, além de “execuções extrajudiciais” em localidades como Bucha, Andriivka, Zdvyzhivka e Vorzel. O relatório da Anistia Internacional – intitulado Ele não vai voltar: crimes de guerra nas áreas do noroeste do Oblast de Kiev - é baseado em dezenas de entrevistas feitas na área e em “revisão extensa de provas materiais”.A delegação da ONG enviada à Ucrânia foi liderada pela secretária-geral da organização. Foram ouvidos sobreviventes, familiares de vítimas e autoridades ucranianas. “O padrão de crimes cometidos por forças russas que documentamos inclui ataques ilegais e mortes deliberadas de civis”, afirmou Agnès Callamard, em entrevista. “Estivemos com famílias cujos entes queridos foram mortos em ataques horríveis e cujas vidas mudaram para sempre por causa da invasão russa. Apoiamos sua exigência de justiça e apelamos às autoridades ucranianas, ao Tribunal Penal Internacional e a outros para que garantam a preservação de provas que possam suportar futuras acusações de crimes de guerra”, acrescenta. “É vital que todos os responsáveis, incluindo o topo da cadeia de comando, sejam levados à Justiça”. (Agência Brasil)