Previdência
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (7) esperar que a proposta de reforma da Previdência “não seja muito desidratada” pelo Congresso Nacional. O texto, proposto pelo governo, já está na Câmara dos Deputados, que ainda formará as comissões para o início da tramitação. Sugestões de alterações no texto já foram feitas por líderes de partidos em uma reunião com o presidente, na semana passada. “Nós precisamos fazer uma reforma da Previdência. Afinal de contas, ela está mais do que deficitária. […] Nós pretendemos aprovar a reforma que está lá. Se bem que o Parlamento é soberano para fazer qualquer possível alteração. Só esperamos que ela não seja muito desidratada, para que atinja seu objetivo e sobre recursos para investirmos em emprego, saúde, segurança e educação”, disse Bolsonaro. O presidente falou sobre o tema em uma live (transmissão ao vivo) no Facebook. Bolsonaro estava acompanhado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e do porta-voz, Otávio do Rêgo Barros. O presidente disse que a sua intenção é fazer uma transmissão ao vivo todas as quintas-feiras, às 18h30, e ouvir as demandas dos internautas que o acompanham na rede social. (Agência Brasil)
Democracia
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nessa quinta-feira (7) que a democracia é garantida pelo povo, e não pela atuação das Forças Armadas. Ao participar de evento da Marinha no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a democracia e a liberdade só existem "quando as Forças Armadas assim o querem". "A democracia é garantida pelo povo, pelo funcionamento a contento das instituições. Isso é o que garante a democracia, Forças Armadas existem para uma possibilidade extravagante numa situação de agressão externa. Como recurso derradeiro", observou o ministro da Suprema Corte, acrescentando ainda que "se dependermos" da atuação das Forças Armadas "para termos dias democráticos", "estaremos muito mal". "Se nós dependermos para termos dias democráticos da atuação das Forças Armadas, nós estaremos muito mal. O respaldo maior está nas Forças Armadas para uma eventualidade", completou Marco Aurélio. (Agência Estado)
Democracia I
Com a repercussão gerada, Bolsonaro fez no início da noite uma transmissão ao vivo no Facebook para explicar a declaração, para a qual convocou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Na live, o presidente disse que a fala foi levada para "o lado das mais variadas interpretações possíveis". Já Heleno afirmou que a declaração não teve "nada de polêmico". "As suas palavras foram ditas de improviso para uma tropa qualificada e foram colocadas exatamente para aqueles que amam sua pátria, vivem diariamente o problema da manutenção da democracia e da liberdade, caracterizando e exortando para que continuem a fazer o papel que vêm fazendo, de serem guardiões da democracia e liberdade", disse o ministro do GSI. (Agência Estado)
Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o presidente Jair Bolsonaro foi "mal interpretado" ao dizer que democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem. Segundo Mourão, a frase não tem tom ameaçador, como foi visto por alguns, e, sim, faz referência ao caso de países como a Venezuela. Ao chegar ao Planalto após o almoço, Mourão falou, bem-humorado, que já sabia o que os jornalistas queriam perguntar e tratou logo de tentar esclarecer a nova polêmica. "Eu já sei qual é o assunto e vou dizer muito claramente o que o presidente quis dizer. Ele está sendo mal interpretado. O presidente falou que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com democracia e liberdade, esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela. Lá, infelizmente as Forças Armadas venezuelanas rasgaram isso aí", disse Mourão a jornalistas. Para o vice, foi "exatamente isso que o presidente quis dizer". Questionado se concorda com a afirmação de Bolsonaro, Mourão respondeu que, "se as Forças Armadas não são comprometidas com democracia e liberdade, elas não subsistem". "Está aí a Venezuela para mostrar", reforçou. Ao ser indagado sobre as críticas que têm recebido de um dos gurus do governo, o filósofo Olavo de Carvalho, Mourão desconversou e mandou um "beijinho". (Agência Estado)
Feminicidio
O carnaval que antecedeu este ano o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, foi marcado por casos de feminicídio e de extrema violência contra as mulheres na Região Sudeste, a mais rica e populosa do país. No interior de São Paulo, na cidade de Borborema, uma mulher de 29 anos foi morta por estrangulamento pelo próprio namorado. O crime ocorreu na madrugada de terça-feira (5). Na mesma madrugada, uma mulher de 35 anos morreu durante um parto de emergência, após ser espancada pelo marido em Barra Mansa, no sul do Estado do Rio de Janeiro. Em Dores do Rio Preto, no sul do Espírito Santo, uma mulher de 36 anos foi espancada na madrugada da segunda-feira (4), e encontrada pela família em uma rodovia com o rosto desfigurado após uma surra, cujo o principal suspeito é o marido. O delegado que investiga o caso, Ricart Teixeira, disse ter ficado chocado com a imagem da vítima. “Em 28 anos de profissão nunca vi uma coisa daquelas”, afirmou à Agência Brasil. A vítima está internada na Casa de Caridade de Carangola (MG), a 36 quilômetros de Dores do Rio, onde o casal se encontrava para prestar serviço eventual em uma choperia. O marido está foragido e é procurado nos dois estados (Minas Gerais e Espírito Santo). Após a apuração do caso, o inquérito será enviado para a Justiça capixaba. (Agência Brasil)
Vale
A Justiça intimou a Vale a apresentar um relatório parcial de pagamentos aos atingidos pelo rompimento da barragem, ocorrida em Brumadinho, em 25 de janeiro. A decisão foi tomada em audiência de conciliação realizada na 6ª Vara da Fazenda Estadual de Belo Horizonte pelo juiz Elton Pupo Nogueira. O prazo estabelecido para essa apresentação do relatório é até 4 de abril – data em que ocorrerá uma nova audiência. Também ficou acordado que cada núcleo familiar do Córrego do Feijão e do Parque da Cachoeira irá receber uma cesta básica por mês, durante 12 meses. Se a Vale não apresentar o cronograma, o juiz vai liberar o dinheiro preso. "Só não da pra fazer agora porque não sabemos quantas pessoas vão receber o valor. Mas, assim que soubermos, o juiz precisará disponibilizar o dinheiro já bloqueado pela Justiça", explicou André Sperling, representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Vale concordou em receber até amanhã, 8 de março, e em utilizar os documentos juntados pelas comunidades do Córrego do Feijão e do Parque da Cachoeira, entregues ao Ministério Público e à Defensoria Pública. De acordo com o texto divulgado pelo TJMG, o material passará por análise para o início dos pagamentos. As partes informaram e-mail para recebimento da lista de eleitores da Comarca de Brumadinho, para o cruzamento de dados e o posterior pagamento às vítimas. (Estado de Minas)
Acadêmicos de Venda Nova
A escola de samba Acadêmicos de Venda Nova é a grande vencedora do Carnaval de Belo Horizonte 2019. Bacharéis do Samba ganhou como o melhor bloco caricato. A apuração foi nesta quinta-feira, no Mercado da Lagoinha, no bairro São Cristóvão, na região Noroeste. A premiação para a escola vencedora é de R$ 80 mil. A escola Canto da Alvorada ficou em segundo lugar e fica com o prêmio de R$ 40 mil. A Cidade Jardim ficou em terceiro e fica com R$ 20 mil. A Acadêmicos de Venda Nova entrou na avenida falando de Ester Sanches e sua dedicação pelo voluntariado. Os 28 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente inspiraram o enredo da escola Canto da Alvorada, campeã do ano passado. Os felinos foram protagonistas da agremiação Cidade Jardim, que narrou como os gatos aparecem em várias civilizações. Um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, Bacharéis do Samba foi o bloco caricato vencedor. Com o enredo “Quem Dança Seus Males Espantam", o bloco conquistou o bicampeonato. Em 2018 o Bloco venceu o Carnaval com a temática : "Pintando o sete". O prêmio é de R$ 40 mil. Marcado por temas simples e bem representativos o bloco fez uma performance impecável na avenida. (Rádio Itatiaia)
Páscoa
Mal acabou o Carnaval, o comércio de Belo Horizonte já vislumbra lucros extras com outra data tradicional, a Páscoa. Com a expectativa de superar as vendas do ano passado, lojas e supermercados começaram a expor ovos e outras novidades para a data. Faltando 45 dias para a Páscoa, comemorada em 21 de abril neste ano, a estratégia dos comerciantes é literalmente desovar os estoques e reinventar os tradicionais ovos. Embora ainda não haja pesquisas sobre a variação de preços de chocolates em geral para a Páscoa, o Hoje em Dia constatou um aumento em alguns dos ovos mais comprados no ano passado. Entre os campeões de vendas, o Diamante Negro de 300 g, que tinha preço médio de R$ 30,99, neste ano é encontrado por até R$ 54,90. Já o Sonho de Valsa de 270 g saltou de R$ 30,70 para R$ 35,90. Para efeitos de comparação, o valor de aproximadamente 300 g de chocolate equivale a um quilo de filé mignon, que tem média de preço de R$ 37, 87 na capital mineira, mas pode ser encontrado por até R$ 54,90, segundo o site Mercado Mineiro. Em Belo Horizonte, alguns supermercados, como o Verdemar, e lojas como a Drogaria Araújo, apresentam vastas exposições de ovos de Páscoa. O proprietário da rede de farmácias, Modesto Araújo Neto, estima uma alta de 5% nas vendas neste ano. Há uma semana, todas as cerca de 200 lojas da capital começaram a se preparar para as promoções. (Hoje em Dia)
Estradas
Balanço da Operação Carnaval deste ano nas estradas federais do país, divulgado hoje (7) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostra que houve redução no número de mortos, de acidentes, de feridos e ultrapassagens perigosas. Houve queda de 19% nas mortes nas rodovias federais do país de 1ª a 6 de março, na comparação com o número registrado na Operação Carnaval do ano passado. Ao todo, 83 pessoas morreram. Em 2018, foram 103 mortes. O número de acidentes diminuiu 24% em relação a 2018, passando de 1.518 no carnaval passado para 1.157 neste ano. Dados da PRF mostraram também que teve queda de 22% nas ultrapassagens irregulares. Os acidentes deixaram 1.464 feridos, o que representa redução de 7% em relação ao total de 1.569 pessoas feridas no carnaval passado. Os agentes da PRF fiscalizaram 185.741 veículos, resultando em 63.313 autos de infração. Foram registrados 8.542 flagrantes de ultrapassagens indevidas, que, segundo a polícia, estão entre as principais causas de colisões frontais. Ainda em relação a flagrantes, houve 5.206 autuações por falta do uso de cinto de segurança, número 13% maior que no ano anterior. Ao todo, 68.153 motoristas foram submetidos aos testes de bafômetro que resultaram em 1.959 autuações por embriaguez ao volante neste ano. No ano anterior, foram feitos 52.585 testes que resultaram em 1.629 multas. (Agência Brasil)