ONU
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira que vai participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre no final do mês, em Nova York, nos EUA. De acordo com o ele, será a oportunidade para desfazer mal-entendidos sobre a política de ambiental do governo e que acabaram ganhando repercussão nas últimas semanas. “Estou preparando o discurso bastante objetivo. Diferente de outros presidentes que me antecederam, ninguém vai brigar com ninguém lá.(...) Mas eu vou falar como anda o Brasil nessa questão (ambiental)”, afirmou, durante pronunciamento que faz todas as quintas-feiras pelo Facebook. Falando mais baixo que o tom habitual que adota nas lives e tossindo algumas vezes, presidente garantiu que está bem. Bolsonaro ainda acusou os países, principalmente da Europa, de mesmo tendo acesso ao que ele chama de “números reais” sobre a Amazônia e o desmatamento no país, preferem crer em dados “mentirosos”. “Fazem isso para desgastar o país”, afirmou. Ao longo dos 26 minutos em que fez o pronunciamento, ao vivo, Bolsonaro também reclamou da falta de recursos e das proporções continentais da floresta amazônica, o que agravaria as dificuldades em controlar incêndios, por exemplo. “Como combater tudo isso sem meios? E uma região que pega cerca de sete estados e é maior que a Europa Ocidental. É complicado isso, mas a gente faz o possível”, disse. Se confirmada a viagem aos EUA, a comitiva do presidente partirá de Brasília na noite do próximo dia 23. O presidente deve discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 24. O retorno ao Brasil será no próxima quarta-feira, 25. (Estado de Minas)
Clima
Pelo segundo dia consecutivo, uma névoa cinza toma conta do céu de Belo Horizonte, causando desconforto na população por causa da secura e da partículas poluentes em maior número na atmosfera. E, para piorar, na tarde desta quinta-feira (19), um incêndio em vegetação ameaça casas no bairro Jardim Felicidade, na região Norte da Capital. E outro é registrado nas proximidades do bairro Belvedere, na região Sul. Segundo testemunhas, um morador de rua foi surpreendido colocando fogo na vegetação. Uma viatura da Polícia Militar foi acionada juntamente com o Corpo de Bombeiros. No início da tarde, os bombeiros tinham recebido 19 solicitações para atendimento de incêndio florestal, sendo que a corporação estava atuando em seis focos e a estava a caminho de outros sete. "Na medida em que as viaturas vão sendo liberadas de onde estão atendendo, são empenhadas em outras que estão aguardando. Este quadro muda a todo momento", informou os militares. Nessa quarta-feira, o cheiro de 'queimado' e a fuligem surpreenderam moradores de diversas regiões de Belo Horizonte. Segundo Dayan Carvalho, diretor de Meteorologia e Alerta de Risco da Defesa Civil municipal, o fenômeno foi causado por um conjunto de fatores ruins: os incêndios aumentaram a fuligem na atmosfera já carregada com poluentes urbanos. Essas partículas foram barradas pela massa de ar quente e seco, se dissipando em toda cidade. "Com atmosfera 'parada' há cerca de uma semana, massa de ar quente e seco, grandes incêndios na capital e arredores, ausência de ventos fortes e, por fim, poluentes urbanos estacionados na baixa atmosfera, o resultado é o que muitos viram e sentiram na última noite", disse o meteorologista. A previsão meteorológica é de alerta, mantido até esta sexta-feira (20). A melhora no clima deve chegar em quatro dias. "Há expectativa que esse padrão atmosférico se altere no domingo (22), com indicativo de chuvas fracas e isoladas. A primavera se inicia no dia 23 e é muito provável que tenhamos chuva já no início dessa estação", explicou Dayan. (Hoje em Dia)
Hackers
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da Operação Spoofing, que investiga a invasão de celulares pelo menos mil pessoas, entre elas autoridades como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e os procuradores da Operação Lava Jato, inclusive Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. Foram presos o programador de computadores Thiago Martins, o Chiclete, e Luiz Molição. Chiclete se encontrou com o já preso Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Cerca de 30 policiais federais participaram das ações realizando ainda buscas em quatro imóveis ligados aos investigados. As ordens foram cumpridas em São Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília. O programador já está detido numa carceragem da PF em Brasília, e Molição, preso em Sertãozinho, deve ser transferido ainda nesta quinta-feira, de avião, para Brasília. Ainda não há previsão de quando os dois serão ouvidos. A primeira etapa prendeu quatro investigados, entre eles Walter Delgatti Neto, o Vermelho, que confessou o hackeamento e o repasse das informações para o portal The Intercept Brasil, que tem divulgado diálogos atribuídos a Moro e aos procuradores. O hacker disse que não cobrou contrapartidas financeiras para repassar os dados. (Agência Estado)
Bezerra
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira que o governo vai aguardar os desdobramentos das investigações sobre o líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), para decidir se ele permanecerá ou não na função. Lorenzoni, que cumpre agenda no Rio Grande do Sul nesta quinta, disse que vai discutir o assunto com o presidente Jair Bolsonaro no próximo final de semana. "Ele (Bezerra) tem uma situação relativa a fatos passados, quando ele era ministro de um governo anterior. A posição do nosso governo é aguardar os acontecimentos", disse Lorenzoni após palestra na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Lorenzoni afirmou que soube por jornalistas que Bezerra colocou o cargo à disposição do governo. “Estou sendo informado agora, mas no fim de semana vou conversar com o presidente e vamos ver qual atitude vai ser tomada", declarou à imprensa. O ministro destacou em dois momentos da entrevista coletiva que as investigações sobre Bezerra são relativas a acontecimentos anteriores à participação do senador no governo Bolsonaro. "Nesse momento, nós temos só que aguardar. É uma questão individual dele, da vida pregressa dele. Ele vai ter que esclarecer junto às autoridades." As ações da Polícia Federal, nesta quinta, fazem parte da Operação Desintegração, desdobramento da Operação Turbulência, e foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF apura um suposto esquema de propinas pagas por empreiteiras - que executavam obras custeadas com recursos públicos - em favor de autoridades. (Agência Estado)
Brumadinho
A Polícia Federal (PF) indiciou, na noite de quinta-feira (19), sete funcionários da mineradora Vale e seis membros da consultora TÜV SÜD pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos. As duas empresas também foram indiciadas. O nome dos indiciados não havia sido divulgado até a última atualização desta reportagem. Os indiciamentos são resultado da primeira parte das investigações da Polícia Federal sobre o rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, em 25 de janeiro deste ano. O caso também é investigado pela Polícia Civil do estado. Até o momento, a tragédia deixou 249 mortos identificados e 21 pessoas continuam desaparecidas. A reportagem entrou em contato com a Vale e a TÜV SÜD por e-mail e por telefone no início da manhã desta sexta-feira, mas até 7h30 não havia obtido retorno. A PF ainda deverá fazer novos indiciamentos, mas, no momento, aguarda a conclusão de perícias criminais sobre os crimes ambientais e os de homicídio. A expectativa é que os estudos indiquem um possível "gatilho" do rompimento da estrutura da barragem e, assim, fique possível determinar a responsabilidade individualizada nessas tipificações criminais. (G1)
Educação
O Ministério Público Federal (MPF) em Belo Horizonte levou à Justiça três ações civis públicas contra o bloqueio de recursos em três instituições federais mineiras. O texto pede que a Justiça suspenda o contingenciamento dos recursos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Os procuradores pedem ainda que a Justiça proíba novos bloqueios por parte da União ou que assegure a continuidade dos serviços prestados pelas instituições de ensino no mínimo até o final de 2019, tornando sem efeito o contingenciamento das verbas destinadas ao pagamento de despesas de infraestrutura – como água, luz, gás, segurança, conservação e limpeza. Os valores bloqueados pelo Ministério da Educação na UFMG foram superiores a R$ 64,5 milhões, de acordo com o MPF. No IFMG, o bloqueio foi de R$ 27,9 milhões, enquanto no Cefet foi de R$ 33,9 milhões. Para os procuradores, "as instituições federais de ensino superior e técnico tiveram violada sua autonomia para a elaboração e execução da programação orçamentária, em desrespeito a leis federais e à própria Constituição". Nas ações, o MPF argumenta que o ensino superior despende mais recursos do que a educação básica, porque é nele que é desenvolvida a maior parte da pesquisa no país e no qual se concentra o maior número de profissionais com maior qualificação (especialistas, mestres, doutores, pós doutores), mais bem remunerados do que os profissionais da educação básica. (Hoje em Dia)
Combustível
O presidente Jair Bolsonaro reclamou hoje (19) do aumento no preço de combustíveis praticado pelos postos. Segundo ele, que citou o ataque de drones, no sábado (14), contra instalações petroleiras da Arábia Saudita, tem havido prática abusiva de elevação dos preços mesmo antes dos reajustes da Petrobras. "Ontem mesmo, em Brasília, antes desse anúncio da Petrobras [de aumento no preço], que foi no final da tarde, começo da noite, alguns postos subiram 5%, levando-se em conta o ataque de drones à refinaria lá da Arábia Saudita. O preço continuava o mesmo, [mas] teve aumento aqui. Isso para mim é um abuso. A gente vai pra cima deles, tudo que estiver de acordo com a lei, puder defender o consumidor, nós faremos", disse o presidente durante live semanal no Facebook, transmitida diretamente do Palácio do Alvorada, de onde ele despachou ao longo do dia. Ele estava acompanhado do diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas Energia, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira. O presidente disse ter determinado à pasta uma investigação sobre eventuais práticas irregulares. "Estou em contato com o ministro das Minas e Energia e ele, obviamente, vai entrar em contato com a Agência Nacional de Petróleo, para ver o que está acontecendo, cartel, seja lá o que for, isso não pode continuar acontecendo". O aumento citado por Bolsonaro está sendo investigado pelo Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), que passou a notificar postos pelo aumento sem justificativa. (Agência Brasil)
Argentina
Como funciona o modelo da Previdência na Argentina? Assim como no Brasil, o sistema no país vizinho é público e passou por algumas mudanças recentes no governo Maurício Macri. Apesar da grave crise econômica, uma reforma no modelo de aposentadorias não é cogitada para resolver o problema. No Brasil, a reforma da Previdência é apontada como uma das saídas para melhorar a economia. Na matéria desta quinta-feira da série “Los Hermanos: as reformas de lá pra cá”, a enviada especial Alessandra Mendes mostra como funciona o modelo da Previdência na Argentina, que já chegou a ter um sistema público e privado de aposentadoria ao mesmo tempo, em 1994, quando foi implementado um modelo misto. (Rádio Itatiaia)
Argentina I
“As aposentadorias deixaram de ser 100% estatais e passaram a integrar um sistema no qual a pessoa podia escolher um fundo de pensões ou continuar na aposentadoria estatal. O sistema, no entanto, estimulava que as pessoas fossem para o sistema privado, invés do sistema estatal”, explica o jornalista Ariel Palácios, correspondente em Buenos Aires. Assim como ocorre no Chile, na Argentina a privatização da Previdência também gerou uma queda grande na renda dos aposentados. A diferença é que, na economia do país, os argentinos não tiveram resultados positivos, ao contrário do que ocorreu com os chilenos. O economista e diretor acadêmico do Centro Interdisciplinar para Estudos de Políticas Públicas da Argentina, Rubén Lo Vuolo, ressalta que as promessas feitas não foram cumpridas. “A experiência desse sistema não foi positiva. Gerou um déficit muito grande no sistema fiscal, ao mesmo tempo as contas pessoais dos trabalhadores não conseguiram evoluir como estava projetado, como foi vendido”, explica. (Rádio Itatiaia)
Tiroteio
Uma pessoa morreu e outras oito ficaram feridas em dois tiroteios na noite desta quinta-feira (19) em Washington D.C., nos Estados Unidos. A polícia procura por dois homens armados, possivelmente com fuzis AK, segundo a imprensa. No primeiro tiroteio, um homem foi morto e cinco outros adultos foram feridos no pátio de um complexo de apartamentos no bloco 1300 da Columbia Road, em Columbia Heights, disse o chefe da polícia, Stuart Emerman. O caso ocorreu por volta de 22h05 (horário local). A polícia afirmou que foram baleados cinco homens e uma mulher. Duas pessoas estão em estado grave. A polícia ainda não sabe o que levou ao tiroteio e está tentando reunir vídeos de vigilância da área. O segundo tiroteio foi relatado por volta das 22h30 no bloco 1400 de Rhode Island. Três pessoas foram baleadas. Um homem está em estado grave. Até o momento, a polícia afirma que não está claro se os dois casos estão relacionados. (G1)