Pizzolato

O Conselho de Estado da Itália analisa nesta terça-feira a liminar que suspendeu a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão. O Brasil entregou a autoridades italianas documentos e vídeo nos quais aponta que as possíveis penitenciárias onde Pizzolato cumprirá pena, no Distrito Federal ou em Santa Catarina, têm boas condições e não oferecem ameaças à integridade física do ex-diretor. Embora a extradição tenha sido autorizada tanto pela Justiça como pelo governo italiano, foi suspensa em liminar após um recurso de Pizzolato. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva no julgamento do mensalão. Pelos cálculos dos procuradores, se for transferido ao Brasil, o ex-diretor terá direito a progressão ao regime semiaberto já a partir de junho do ano que vem. A preocupação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do governo brasileiro é que a decisão sobre Pizzolato afete outras extradições da União Europeia ao Brasil. "Esse caso é importante não pelo caso em si. Não é pelo fato de se tratar de Henrique Pizzolato, mas pelo fato de que, se esse argumento de que o sistema prisional brasileiro não pode receber um extraditando, teremos dificuldade de obter extradição de outro país europeu", afirmou o secretário de Cooperação Internacional da PGR, Vladimir Aras. (Agência Estado)

Vaccari

A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto afirmou na noite dessa segunda-feira, em nota, que não há, em nenhuma das 350 páginas da sentença condenatória, "sequer uma única indicação de qualquer prova" contra ele. O comunicado, assinado pelo advogado de Vaccari Neto, o criminalista Luiz Flávio Borges D’urso, afirma que a lei estabelece que não pode haver condenação criminal baseada exclusivamente em informações de delação premiada. O juiz federal Sérgio Moro condenou nessa segunda Vaccari a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. De acordo com D'urso, a sentença "incorre nesse grave equívoco". Ele afirma que recorrerá contra a condenação. "Reitera-se que, em verdade, o sr. Vaccari, enquanto tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, cumprindo a obrigação que o cargo lhe impõe, sempre solicitou doação para seu partido, aliás, conduta esperada de qualquer tesoureiro de todos os partidos políticos, o que é absolutamente legal", escreveu o advogado. D'urso disse que "jamais o sr. Vaccari - e nunca se provou o contrário - solicitou, negociou ou recebeu qualquer recurso de origem ilícita". (Agência Estado)

Congresso

Em sessão marcada para as 19h desta terça-feira (22), o Congresso Nacional deverá decidir se mantém ou rejeita vetos totais ou parciais da presidente Dilma Rousseff a projetos como o que reajusta os salários dos servidores do Judiciário em até 78,56% (PL 28/15), aprovado em junho e outros que, segundo o governo, causariam gastos de R$ 127,8 bilhões em quatro anos. De 2015 a 2019, de acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o impacto da derrubada do veto ao aumento do Judiciário será de R$ 36,2 bilhões. Entre outros vetos que também poderão ser analisados pelo Congresso o que possui maior impacto financeiro é o que suspende a isenção do PIS/Cofins para o óleo diesel: R$ 64,6 bilhões em quatro anos, segundo a secretaria da Receita Federal, vinculada ao ministério da Fazenda. Além dos quase R$ 128 bilhões estimados pelo governo, o Ministério da Previdência prevê que o custo da adesão da regra fixa como alternativa ao fator previdenciário ficará em mais de R$ 1,1 trilhão até 2050. (Agência Brasil)

Dólar

Apesar da intervenção do Banco Central, a moeda norte-americana voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (21), aproximando-se de R$ 4. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,981, com alta de R$ 0,023 (0,57%). A moeda fechou no segundo maior nível desde a criação do Real, perdendo apenas para o valor do fechamento de 10 de outubro de 2003 (R$ 3,99). A cotação oscilou fortemente ao longo do dia. No início da sessão, o dólar chegou a cair, chegando a atingir R$ 3,947 na mínima do dia, por volta das 9h30. Nas horas seguintes, a moeda subiu fortemente. Por volta das 16h, voltou a ficar próximo da estabilidade, mas subiu perto do fim da sessão. A divisa acumula alta de 9,75% em setembro e de 49,73% em 2015. O dólar não caiu apesar das intervenções do Banco Central. Além de vender dólares no mercado futuro, por meio da rolagem (renovação) dos leilões de swap cambial, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões por meio de um leilão com compromisso de recompra. Nessa modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais, mas adquire a divisa de volta algum tempo depois. (Agência Brasil)

Casa própria

Os mutuários que assinarem contratos com a Caixa Econômica Federal a partir de outubro pagarão mais caro pelo financiamento da casa própria. Pela terceira vez no ano, o banco reajustou os juros das linhas de crédito habitacional. Os contratos já assinados não serão afetados. As novas taxas variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para correntistas do banco e servidores públicos que financiam imóveis pelo Sistema Financeiro habitacional, a taxa subiu meio ponto percentual, de 8,8% a 9,3% ao ano para 9,3% a 9,8% por ano. Para quem não é correntista da Caixa, os juros subirão de 9,45% para 9,9% ao ano. O SFH financia imóveis de até R$ 650 mil ou R$ 750 mil, dependendo da localidade, com recursos da caderneta de poupança. Os financiamentos do Sistema Financeiro Imobiliário, destinado a imóveis acima de R$ 650 mil ou de R$ 750 mil, dependendo da localidade, também ficarão mais caros. (Agência Brasil)

PBH

A receita da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2015 deve recuar quase R$ 3 bilhões em relação ao inicialmente previsto. A estimativa fixada pela Lei Orçamentária Anual (LOA) previa uma arrecadação de R$ 11,751 bilhões, mas o governo já admite que o objetivo não será cumprido. Até o mês de agosto, o executivo municipal conseguiu captar, via impostos, repasses e outras operações financeiras, R$ 6,221 bilhões. A projeção atual é de que o ano termine com uma receita parecida com a do exercício de 2014, que garantiu R$ 8,961 bilhões aos cofres públicos. “A crise impactou também a prefeitura de Belo Horizonte. Comparando a receita entre janeiro e agosto deste ano com o mesmo período de 2014, o crescimento foi zero. Com uma inflação acumulada nos últimos 12 meses na casa de 9%, quer dizer que nossa receita em termos reais caiu 9%, o que evidencia um desaquecimento da economia”, explica o secretário de Orçamento da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação da capital, Bruno Passeli. O desafio dos gestores agora é tentar fechar o ano no azul. Para que isso aconteça, a PBH precisa fazer um corte proporcional ao valor estimado de redução de ganhos. Ou seja, é preciso eliminar cerca de R$ 3 bilhões em gastos previstos inicialmente para evitar que o orçamento fiscal de 2015 apresente déficit. (Hoje em Dia)

Clima

Os moradores de Belo Horizonte e região metropolitana devem continuar bebendo muita água e evitando exposição ao sol durante a tarde. É que a umidade relativa do ar voltou a cair na capital, depois de um fim de semana extremamente seco. No sábado, o índice chegou a 10%, no domingo foi a 26% e hoje caiu para apenas 21%. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por volta das 15h desta segunda-feira, os termômetros marcaram 31°C em BH. A data mais quente do inverno ainda é a que foi registrada no primeiro dia de setembro, quando os belo-horizontinos sofreram com o calor de 33,8°C. Ainda conforme o Inmet, a semana deverá ser de céu claro e tempo seco em Belo Horizonte e em grande parte do estado. Neste fim de semana, não choveu em nenhuma cidade de Minas Gerais, o que contribui para a elevação o calor e deixa a umidade relativa do ar baixa. Nesta segunda-feira, a cidade que teve a situação mais crítica foi Capinópolis, na Região do Triângulo Mineiro, que registrou apenas 19% de umidade. (Estado de Minas)

Arrastão

Após um fim de semana com arrastões e confusão nas praias da zona sul, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro vai reavaliar o planejamento para os próximos sábado (26) e domingo (27), com o objetivo de inibir novos delitos. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que a polícia está “engessada” para atuar contra possíveis delitos e que as ações preventivas da PM vão voltar. Neste domingo (20), jovens da zona sul se reuniram e abordaram ônibus com menores que voltavam da praia, retiraram alguns deles dos coletivos e os espancaram. Segundo Beltrame, o objetivo da retomada do trabalho preventivo é tentar antecipar os fatos. "Vamos voltar a fazer ações preventivas. Se não fizermos, podemos estar suscitando um problema maior na frente. A minha preocupação é uma visão prospectiva de aonde isso pode chegar e aonde isso pode parar. Pensar nas consequências depois que as coisas acontecem é uma irresponsabilidade.” Beltrame mostrou-se preocupado com ações de justiçamento de moradores da zona sul após a ocorrência de arrastões nas praias. "Essa medida de nos tirar a prevenção pode resultar em pessoas que queiram fazer justiça com as próprias mãos. Não vamos permitir, mas é mais um esforço que a polícia terá que fazer", disse o secretário. De acordo com Beltrame, a polícia vai agir, por temer a possibilidade de o problema do linchamento continuar. (Agência Brasil)

Delegado

A Polícia Civil apreendeu nesta segunda-feira os dois adolescentes suspeitos de matar o delegado Vanius Henrique Campos, de 43 anos, em Belo Horizonte. Conforme nota divulgada pela corporação, os menores foram encontrados em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana. Ambos são levados para a Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), no Bairro Sagrada Família, na Região Leste de capital, onde eles serão ouvidos. O crime ocorreu na madrugada de sábado (19), em frente a uma loja de conveniência de um posto de gasolina da Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim, Zona Sul de Belo Horizonte. Conforme testemunhas, momentos antes do crime, o policial suspeitou da atitude da dupla dentro do estabelecimento e se apresentou como delegado para o balconista. (Rádio Itatiaia)

Sem Carro

O Dia Mundial sem Carro é comemorado nesta terça-feira. A data chama atenção para que os motoristas se conscientizem sobre os problemas causados pelo uso intenso de veículos, tanto no convívio social quanto para o meio ambiente. Apesar do uso de transportes sustentáveis, como as bicicletas, ainda ser uma realidade distante para muitas pessoas em Belo Horizonte, para outras já faz parte da rotina. Há pouco mais de um ano, a jornalista e empresária Carolina de Paulo trocou o carro pela bicicleta. Além de ser livrar do estresse do trânsito, ela conta que melhorou a qualidade de vida em razão da atividade física diária. Para quem não gosta de pedalar, a carona solidária é uma alternativa. O sistema ajuda melhorar o trânsito e o meio ambiente e será implantado em breve em Belo Horizonte. (Rádio Itatiaia)

Afogamento

O Corpo de Bombeiros atendeu a 240 ocorrências de afogamento em Minas Gerais neste ano, conforme balanço divulgado pela corporação nesta segunda-feira. Nestes, 223 vítimas forma homens e 17 mulheres. Em setembro, já são 20 e, neste fim de semana, três pessoas morreram afogadas no estado. No ano passado foram 385 casos. O primeiro caso ocorreu no Bairro Serra Verde, na Região Norte de Belo Horizonte, onde um adolescente de 16 anos pescava e, segundo testemunhas, tentou atravessar uma lagoa nadando no sábado (18). Em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitna de Belo Horizonte, a vítima foi homem de aproximadamente 35 anos. De acordo com populares, ele estava alcoolizado quando saltou na Lagoa dos Cochos, nesse domingo (19), e não foi mais visto. No mesmo dia, um homem de cerca de 30 anos se afogou no Condomínio Estância das Amendoeiras, em Lagoa Santa, na Grande BH. Conforme informações colhidas pelos bombeiros, a vítima também estava alcoolizada. (Rádio Itatiaia)

Refugiados

Os ministros dos Assuntos Internos da União Europeia voltam a se reunir hoje (22), em Bruxelas, em busca de um acordo sobre o programa de destribuição de refugiados sírios entre os Estados-Membros, um dia antes de uma cúpula extraordinária de líderes europeus. Na reunião ministerial anterior, em 14 de setembro, os 28 adotaram formalmente o plano de recolocação de 40 mil refugiados que chegaram à Itália e à Grécia – sobre o qual já havia acordo político desde julho. Mas, sobre a nova proposta apresentada à Comissão Europeia, de reinstalar mais 120 mil refugiados, não houve consenso, motivando este novo encontro, assim como um Conselho Europeu extraordinário, ao nível de chefes de Estado e de Governo, que terá lugar já na quarta-feira, e que se espera que seja decisivo. Já descartado parece estar um sistema de cotas obrigatório, recusado com veemência por países como Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia, que voltaram a se encontrar ontem (21), em Praga, e a se opor à repartição proposta por Bruxelas, embora garantam que trabalharão para um “acordo comum”. (Agência Brasil)