Moro

A Polícia Federal (PF) fará hoje pela manhã a exibição do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, conforme determinou o ministro do STF Celso de Mello. A Corte liberou o acessou ao ex-ministro Sergio Moro, à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral da República. Sergio Moro diz que nessa reunião o presidente Jair Bolsonaro cobrou a troca do superintendente da PF no Rio. Também serão ouvidos nesta terça, mas à tarde no Palácio do Planalto, os ministros Braga Netto, da Casa Civil; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Foram ouvidos ontem o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. e o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Ramagem afirmou que tem o "apreço" da família do presidente, mas negou ter "intimidade". Valeixo disse que Bolsonaro queria alguém com "maior afinidade" no comando da corporação. (G1)

Ramagem

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, afirmou nesta segunda-feira (11) em depoimento que tem o "apreço" da família do presidente Jair Bolsonaro, mas negou ter "intimidade".Ele disse ainda que foi consultado pelo presidente e pelo ministro da Justiça, André Mendonça, sobre as qualificações profissionais do delegado Rolando Alexandre, escolhido por Bolsonaro para comandar a Polícia Federal. Ramagem prestou depoimento à PF em Brasília no inquérito autorizado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar suposta tentativa de interferência de Bolsonaro no órgão. O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), após o então ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciar a demissão do cargo alegando que houve interferência política de Bolsonaro na PF. Ramagem chegou a ser nomeado novo diretor-geral da PF no lugar de Maurício Valeixo, demitido do cargo por Bolsonaro. Mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, barrou a nomeação por entender que houve desvio de finalidade. (G1)

Alexandre de Moraes

O Ministério Público de São Paulo denunciou dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que participaram de um protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Antonio Carlos Bonzeri e Jurandir Alencar foram denunciados por ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego. A promotora Alexandra Milaré Santos também pediu que as penas fossem agravadas pelo fato de os crimes terem sido cometidos contra funcionário público, em razão de suas funções, e na presença de várias pessoas. Além disso, o pedido de agravo também foi feito por as ofensas terem sido realizadas durante evento de "calamidade pública", ou seja, durante a pandemia do novo coronavírus. "[os manifestantes] Permaneceram por aproximadamente 2 horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como 'você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui há vinte anos' e 'nós iremos defenestrá-los da terra', bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido", justificou a promotora. Antônio Carlos Bronzeri também foi alvo de outra ação do MP na sexta-feira (8), que retirou do ar vídeos de sua autoria que difundiam a falsa informação de que a pandemia da Covid-19 não existe. (G1)

Toffoli

Para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a democracia deve ser defendida "permanentemente". Ao ser perguntado em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, se a democracia no Brasil está em risco, ele afirmou: "A democracia é fruto da cultura humana e não é natural em toda sociedade humana, então deve ser defendida permanentemente". Em seguida, Toffoli completou: "o que está em jogo hoje não é democracia em si, é democracia representativa. Hoje, há 'uberização' da política. Querem fazer política diretamente." O magistrado também comentou sobre declarações do presidente da República e de seus apoiadores. "Jair Bolsonaro foi eleito pela direita, com proposta liberal na economia e conservadora nos costumes. Ele dialoga com esse eleitor falando com os extremos para puxar o centro para lá. É uma linha política centrífuga," afirmou, ressaltando que esse fenômeno também acontece em outros países. Com isso, diz Toffoli, Bolsonaro tem uma base de extremistas que defendem posições antidemocráticas, como o fechamento do Supremo - embora o presidente do STF ressalte que nunca ouviu esses posicionamentos diretamente de Bolsonaro. Para o presidente do Supremo, os setores público e privado da área de saúde devem discutir formas de lidar com o tratamento a pacientes de covid-19. Mesmo assim, ele afirmou que o direito à saúde é universal e que "o Judiciário não vai falhar em dar a garantia constitucional necessária para o atendimento à saúde". (O Tempo)

Coronavírus

O número de mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19) chegou a 11.519, conforme novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira. Já os casos confirmados subiram para 168.331. O índice de letalidade da doença está em 6,8%. Nas últimas 24h, foram 5.632 novos registros de pessoas infectadas, um aumento de 3,4% em relação ao domingo (10), quando foram contabilizadas 162.699 pessoas nessa condição. Já as novas mortes na atualização somaram 396, um acréscimo de 3,5% em relação aos últimos dados, quando o balanço trouxe 11.123 falecimentos. Atualizado diariamente, o número de mortes registradas por covid-19 em 24h não se refere efetivamente a quantas pessoas faleceram entre um dia e outro, mas sim ao número de mortes que tiveram o motivo de coronavírus confirmado nesse intervalo. Registros de óbito por covid-19 chegam a demorar um mês para serem confirmados. (Agência Brasil)

Coronavírus I

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.743). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.770), Ceará (1.189), Pernambuco (1.087) e Amazonas (1.035).  Além disso, foram registradas mortes no Pará (708), Maranhão (399), Bahia (211), Espírito Santo (196), Paraíba (139), Alagoas (138), Minas Gerais (121), Paraná (111), Rio Grande do Sul (105), Rio Grande do Norte (92), Amapá (73), Santa Catarina (69), Goiás (49), Rondônia (47), Acre (45), Piauí (45), Distrito Federal (44), Sergipe (37), Roraima (24), Mato Grosso (19), Tocantins (12) e Mato Grosso do Sul (11). O Brasil registrou, até esta segunda-feira 67.384 pessoas recuperadas da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O número foi divulgado sem detalhamento por estado. O país tem ainda 89.429 pessoas em acompanhamento médico e 1.897 óbitos em investigação. (Agência Brasil)

Luto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cancelou a sessão do plenário que seria realizada nesta segunda-feira. A medida foi tomada em virtude da decretação de luto divulgada em edição extraordinária do Diário Oficial do Congresso Nacional, no sábado (9), por três dias. O ato conjunto foi anunciado pelos presidentes das duas casas, Rodrigo Maia (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado). Por meio de nota, ambos informaram que a bandeira nacional localizada em frente ao Congresso ficará hasteada a meio-mastro enquanto durar o período de luto. Na sessão desta terça (12), o plenário da Câmara vai analisar o projeto de lei que obriga o uso de máscaras de proteção facial em todo o território nacional por causa da pandemia de covid-19, enquanto durar o estado de calamidade pública. A sessão virtual está marcada para as 10h. (Agência Brasil)

Lockdown

O secretário Estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que o momento não é adequado para fazer uma testagem em massa da população em Minas. A declaração foi nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva, que contou com a presença do secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral. Na oportunidade, ele descartou lockdown. “Muitas pessoas que são leigas entendem que quando se faz o exame uma vez está resolvido, não tem o vírus. Pode fazer o exame hoje e amanhã contrair o vírus, ou seja, aquela ideia de dar uma garantia nós não teríamos com esse tipo de exame”, disse Carlos Amaral. Amaral afirmou que Minas faz o possível para evitar o pico da doença e comemorou o fato de o estado não ter uma sobrecarga no sistema de saúde. Como são poucos os testes, o secretário diz que o momento pela escolha da aplicação tem que ser preciso e que este não é o momento. (Rádio Itatiaia)

Distanciamento

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (11) as novas diretrizes para orientar a definição de medidas de distanciamento social. As propostas, batizadas em torno do que foi chamado de “plano de gestão de risco”, servem como um guia de análise da situação de cada Estado ou cidade para definir as medidas de distanciamento social e estratégias complementares. Serão avaliados quatro eixos: a capacidade instalada de tratamento, o nível epidemiológico, a velocidade de crescimento e as condições de mobilidade urbana. Na capacidade instalada, estarão aspectos como quantidade e taxa de ocupação de leitos. Os detalhes sobre os eixos não foram divulgados. O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que os critérios serão apresentados de forma completa na quarta-feira (13), quando a versão final deverá ser anunciada. (Agência Brasil)

Distanciamento I

Cada grupo possui indicadores que geram uma pontuação, que começa de 0 e pode chegar a 20 pontos no caso de um dos eixos. Com isso, são avaliados os níveis de risco, de muito baixos a muito altos. A partir dessa classificação de riscos são indicados tipos de distanciamento social: seletivo I e II, ampliado I e II e restrição máxima. Além da avaliação quantitativa, o plano traz mecanismos para realizar também uma outra de caráter qualitativa. Ela serve para que os eixos sejam considerados mesmo quando as informações disponíveis não permitam uma verificação exata da análise quantitativa. “Não é uma política de isolamento nem de flexibilização. É análise de cada local e a partir delas definimos as ações que consideramos ideais. Isso é diretriz. As decisões cabem aos Estados e municípios. O que o MS faz é disponibilizar uma linha de avaliação adequada. Vai estar sempre disponível pra discutir com qualquer secretário estadual ou municipal para ajudar na interpretação da ferramenta e vamos trabalhar junto”, declarou o ministro Nelson Teich. De acordo com o ministro, esse tipo de ferramenta já está sendo adotada em outros lugares. Ele citou como exemplo o Rio Grande do Sul. (Agência Brasil)

Pesquisa

O novo coronavírus já circulava no Brasil na primeira semana de fevereiro, antes mesmo de ter sido confirmado o primeiro caso vindo do exterior, estima uma pesquisa liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Segundo o estudo, a transmissão comunitária do vírus começou por volta de 4 de fevereiro, ao menos 20 dias antes de o primeiro caso ter sido diagnosticado em um viajante que chegou da Itália, em 26 de fevereiro. A pesquisa indica que a circulação do Sars-CoV-2 já ocorria no Brasil quase 40 dias antes da transmissão comunitária ter sido confirmada em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 13 de março. Como a chegada do vírus precede a transmissão comunitária, os dados indicam que sua introdução no Brasil se deu no fim de janeiro. (Agência Brasil)

Pesquisa I

Os pesquisadores também analisaram dados internacionais, e sua metodologia confirmou outros estudos que apontam o início da transmissão comunitária na Europa entre meados de janeiro e o início de fevereiro. Em Nova York, epicentro da covid-19 nos Estados Unidos, a transmissão comunitária teria começado no início de fevereiro. Em todos os casos, a circulação do vírus teve início entre duas e quatro semanas antes das primeiras confirmações de casos em viajantes. O estudo foi publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e contou com a participação do Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC/Fiocruz, da Fiocruz-Bahia, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Universidade da República (Udelar), no Uruguai. Diante da urgência de informações científicas sobre a doença, a publicação se deu na seção fast-track dedicada a estudos sobre a pandemia. A íntegra pode ser conferida aqui. Segundo o estudo, encontrar o início da transmissão comunitária por meio de análises genéticas tem como obstáculo o curto período de tempo desde o início da epidemia e a quantidade limitada de genomas do Sars-CoV-2 que já foram sequenciados na maioria dos países. (Agência Brasil)

Frio

Após registro de 10,5°C nesse domingo (10), recorde de frio em Belo Horizonte para este ano, a capital mineira terá uma semana com temperaturas em ligeira elevação e com previsão de chuva na sexta-feira (15), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Sul de Minas, Maria da Fé alcançou 2,3°C e teve geada na madrugada desta segunda-feira (11). De acordo com o meteorologista do Inmet Claudemir Félix, o recorde de frio na capital mineira é explicado pela massa de ar polar originária da região Sul do país. BH sentirá os termômetros subirem um pouco nos próximos dias, chegando à máxima de 28°C na quarta-feira (14). Na sexta-feira, a previsão é de chegada de chuva fraca na cidade. (Hoje em Dia)