Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 registrou ligeira queda nas médias obtidas pelos estudantes em três das quatro provas objetivas e redução no número de redações nota máxima, 1 mil, em relação ao exame do ano anterior. Foi, no entanto, o exame com o maior desempenho registrado em matemática. Pela primeira vez, 13 participantes tiraram 1008,3. Os dados foram divulgados ontem (11) pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2015, as médias nas provas do Enem foram 558,1 em Ciências Humanas; 478,8 em Ciências da Natureza; 505,3 em Linguagens e Códigos; e, 467,9 em Matemática. Em 2014, as médias foram 546,5 em Ciências Humanas - única mais baixa em relação a este ano -; 482,2 em Ciências da Natureza; 507,9 em Linguagens e Códigos; e, 473,5 em Matemática. Em redação, 104 pessoas tiraram a nota máxima – 1 mil – na redação, com o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. O número é mais que duas vezes menor do que na edição anterior, em 2014, quando chegou a 250 estudantes. Em 2014, o tema da redação foi "Publicidade infantil em questão no Brasil". (Agência Brasil)
Enem I
Entre os milhões de textos escritos nas redações pelos candidatos, 55 chamaram a atenção e chegaram a comover os responsáveis pela correção. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que 55 mulheres aproveitaram o tema (A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira) para escrever depoimentos sobre violências que sofreram ou de que tiveram conhecimento. “São redações contundentes, muito fortes, com depoimentos que sensibilizaram os corretores”, detalhou o ministro. O Ministério da Educação vai publicar, em seu portal na internet, orientações para que essas mulheres procurem os meios adequados para se defenderem. Entre eles, está o telefone 180, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. “As recomendações serão divulgadas publicamente”, prometeu o ministro. Mercadante requisitou a consultoria da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a forma de agir e o entendimento foi de que o ministério não entrará em contato com essas mulheres, pois teme que o agressor intercepte o e-mail. “Como temos o compromisso do sigilo, queremos evitar o contato direto com as mulheres que relataram preocupantes situações de estupro e violência, principalmente porque o agressor pode ser uma pessoa muito próxima”, explicou o ministro. Segundo Mercadante, o tema foi importante não só por levar mais de 5,8 milhões de participantes a refletir sobre a violência contra a mulher, mas para reforçar o combate a essa prática, que, só no ano passado, resultou em 634.862 denúncias ao Ligue 180. O ministro rechaçou as tentativas de críticas que tentaram impor a pecha de ideologização ao tema. “Isso é um fato. O Brasil é o quinto país do mundo onde há mais violência contra a mulher”, afirmou. Após a aplicação da prova, o tema da redação foi comemorado por grupos feministas. Nas redes sociais, não faltaram mensagens favoráveis à escolha. “A realidade é muito dura, pois neste momento em que milhares de pessoas estão refletindo sobre o tema pra fazer a redação, muitas mulheres estão sendo violentadas, agredidas, estupradas”, postou um grupo. (Estado de Minas)
Telecomunicação
O Ministério das Comunicações está colhendo sugestões para fazer mudanças no modelo de prestação dos serviços em vigor no país. A consulta pública para rediscutir o marco regulatório do setor está aberta até a próxima sexta-feira (15). Quando a Lei Geral de Telecomunicações foi criada, em 1997, o acesso à telefonia fixa era o foco das ações do governo, e as ações de universalização do serviço eram a prioridade da legislação. Atualmente, o acesso à internet tem sido mais demandado pelos consumidores, mas a telefonia fixa continua sendo o único serviço prestado em regime público. Os serviços de internet fixa e móvel são prestados em regime privado, sem exigências de universalização e continuidade. Por isso, o governo quer discutir como devem ser as políticas públicas para o setor quando as atuais concessões vencerem, em 2025. A consulta pública já recebeu 299 contribuições. São 27 questões que podem receber comentários dos participantes. A parte da consulta pública que recebeu mais contribuições até o momento (101 comentários) foi a que debate o foco da política pública de telecomunicações. O governo quer saber dos participantes como garantir a atualidade da política pública para o setor diante da evolução tecnológica. Na parte que trata das concessões, que já recebeu 80 comentários, o participante pode opinar sobre a continuidade da existência dos contratos de concessão, a necessidade de rever as metas de universalização dos serviços e a viabilidade econômica em um cenário de concorrência com empresas autorizadas e Over The Top (serviços de transmissão de vídeos pela internet como Netflix e Apple TV). A consulta pública também trata de temas como a política de universalização dos serviços e a manutenção dos regimes público e privado de concessões. As contribuições vão dar subsídios ao grupo de trabalho que vai propor mudanças nos modelos de concessão. O grupo tem a participação de membros do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e funciona paralelamente à consulta pública, debatendo as mudanças no setor com especialistas, acadêmicos, empresas e membros da sociedade civil. (Agência Brasil)
Lava Jato
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores da Operação "Lava Jato", afirmou que a venda da empresa petrolífera Pérez Companc envolveu uma propina ao Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) de US$ 100 milhões. As informações constam de documento apreendido no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT/MS), ex-líder do governo no Senado. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que declarações "vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido (Francisco Gros), sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação". O papel apreendido é parte do resumo das informações que Cerveró prestou à Procuradoria-Geral da República antes de fechar seu acordo de delação premiada. O documento foi apreendido no dia 25 de novembro, quando Delcídio foi preso sob acusação de tramar contra a Operação Lava Jato. O senador, que continua detido em Brasília, temia a delação de Cerveró. Neste documento, o ex-diretor não explica para quem teria ido a suposta propina ou quem teria feito o pagamento. Cerveró citou o nome "Oscar Vicente", que seria ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-1999). (Estadão)
TSE
Advogados que cuidam das ações que podem levar à cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmaram ontem que eles devem elaborar uma estratégia de defesa conjunta contra a acusação de abuso do poder político e econômico na campanha da dupla de 2014. Desde o fim do ano passado, as investigações da Operação Lava-Jato vêm revelando novos indícios que reforçam a acusação do PSDB, autor da principal ação no TSE, de que a campanha eleitoral de Dilma recebeu recursos oriundos do esquema de desvios e corrupção na Petrobrás. As apurações também avançaram sobre o PMDB, partido do qual Temer é presidente. As descobertas da Lava-Jato e a decisão do Supremo Tribunal Federal de estabelecer um rito para o processo de impeachment motivaram o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e a ex-ministra Marina Silva (Rede), a apoiar publicamente a cassação dos mandatos de Dilma e de Temer e a convocação de novas eleições, tese que vem ganhando força entre os movimentos de rua contrários ao governo. Temer avalia que, diante disso, o mandato dele também pode ser alvo da pressão popular. "Os argumentos são de integração, complementação e harmonia. Cada um faz a sua petição, mas a argumentação vai na mesma linha", disse ao Estado Flávio Caetano, advogado do PT. "A defesa do Temer será feita pelo Gustavo Guedes, que trabalhou conosco no 2.º turno e é de extrema confiança nossa." (Estadão)
Samarco
Os 1,2 mil funcionários da mineradora Samarco que estavam afastados do trabalho desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, no dia 5 de novembro, retornaram nesta segunda-feira (11) às unidades da empresa em Minas Gerais e no Espírito Santo. No entanto, os trabalhadores poderão ter os contratos suspensos por três meses, para capacitação profissional, a partir do dia 25 de janeiro, numa prática conhecida como lay-off. Até lá, os funcionários vão atuar em atividades de limpeza e conservação de equipamentos, uma vez que as operações da Samarco continuam suspensas por decisão de órgãos ambientais. A suspensão temporária foi negociada pela Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, e os sindicatos que representam os trabalhadores, segundo nota divulgada pela mineradora. No período de lay-off, os empregados serão afastados de seus postos de trabalho e vão participar de cursos de qualificação de mão de obra oferecidos pela empresa. (Rádio Itaitaia)
Barragens
A técnica usada para aumentar a capacidade da barragem de Fundão pode estar com os dias contados em Minas Gerais. A força-tarefa montada pelo Estado após a tragédia em Mariana, na região Central, estuda maneiras de proibir o chamado alteamento a montante. O processo chega a ser 70% mais barato que técnicas mais modernas, porém traz maior risco de rompimento, como o que deixou 17 pessoas mortas e duas desaparecidas em 5 de novembro. A obra para aumentar a capacidade da barragem pode ser a causa ou ter contribuído para a tragédia. Segundo o subsecretário de Estado de Regularização Ambiental Integrado, Geraldo Abreu, a técnica é menos estável, principalmente em regiões com pequenos tremores, como os já registrados na região de Mariana, inclusive no dia do rompimento de Fundão. “Essa técnica já é proibida no Chile e no Peru. Nos últimos dez anos, todos os acidentes em barragens no Estado foram naquelas que usavam o alteamento a montante”, afirmou, após reunião da Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia Legislativa. A proibição pode ser feita por meio de projeto de lei ou de uma deliberação normativa, aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). (Estado de Minas)
Zika vírus
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse ontem (11) que a grande aposta contra o vírus Zika é o desenvolvimento de uma vacina. No entanto, reconheceu que a conclusão dos estudos sobre o imunizante deve demorar pelo menos dois anos. O prazo será menor que o tempo para a elaboração da vacina contra a dengue, que demorou cerca de 20 anos para ser concluída e combina proteção contra quatro sorotipos do vírus. A vacina contra o Zika, que está relacionado à ocorrência de microcefalia, protegerá contra um. “Estamos estudando, contactando, agindo”, disse o ministro em conversa com jornalistas no Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira (11). “Enquanto a vacina não vem, o importante é não deixar o mosquito [Aedes aegypti] nascer, porque quando ele nasce é um perigo ambulante”. Castro citou um modelo de combate ao Aedes aegypti, vetor do vírus da dengue, da febre chikungunya e do virus Zika, usado no município de Água Branca, no Piauí, que, segundo ele, é “simples e eficiente”. Os agentes de saúde da cidade saem de casa em casa procurando focos do mosquito e colam selos vermelhos nas portas das residências onde são encontrados criadouros. As casas livres de Aedes aegypti recebem um selo verde. “Aquilo fica exposto e todo mundo quer ter o selo verde. Foi uma mobilização muito grande na cidade e todo mundo fez o dever de casa para que, quando o agente voltasse, já tivesse tudo cumprido para receber o selo verde”, disse o ministro. Em 2015, o município piauiense registrou quatro casos de dengue. Em todo o Piauí, foram mais de 7,5 mil casos da doença. (Agência Brasil)
Argentina
O novo governo argentino retomará nesta quarta-feira (13) as negociações com os chamados “fundos abutres” – aqueles que compraram títulos da dívida pública a preços baixos, depois da moratória de 2001, e entraram na Justiça para cobrar o devido sem desconto. Apesar de representarem apenas 1% dos credores, eles conseguiram impedir o acesso do país ao mercado financeiro internacional. “Não vai ser fácil, nem rápido encontrar uma solução, explicou à Agência Brasil o economista Gaston Rossi. “Mas o novo governo quer dar um sinal de que está disposto a negociar e recuperar a credibilidade. E com isso talvez consiga colocar novos papéis da dívida no mercado internacional”. No primeiro mês de governo, o presidente Mauricio Macri fez várias mudanças em relação às politicas adotadas nos últimos 12 anos por seus antecessores, Nestor e Cristina Kirchner. Ele eliminou os controles cambias em vigor desde 2011, acabou com travas às importações (questionadas por empresários brasileiros e também pela Organização Mundial do Comercio, a OMC), reduziu os impostos às exportações de grãos e carne e chegou a um acordo com os parceiros do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) para avançar nas negociações comerciais com a União Europeia (UE), paralisadas na gestão de sua antecessora, Cristina Kirchner. Ele também enfrentou uma inundação e fissurou uma costela brincando com a filha. (Agência Brasil)
Istambul
Ao menos dez pessoas morreram e 15 ficaram feridas em uma forte explosão que aconteceu nesta terça-feira (12) em Istambul, na região de Sultanahmet, próxima à Mesquita Azul e à Basílica de Santa Sofia, importante área turística da maior cidade da Turquia, de acordo com informações oficiais da Prefeitura de Istambul. A explosão aconteceu por volta de 11h no horário local (7h em Brasília) e pôde ser ouvida a mais de um quilômetro de distância, como constatou a agência Efe, mas suas causas ainda são desconhecidas. Segundo a emissora local TRT, forças de segurança acreditam que pode se tratar de um atentado suicida. As autoridades ainda não comentaram sobre esta hipótese. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, já convocou uma reunião de crise a ser realizada em Ancara, capital do país. Os principais responsáveis pela segurança, como o ministro do Interior, Efkan Ala e o chefe dos serviços secretos, Hakan Fidan, foram chamados. Um hotel estaria em chamas em outra região da cidade, no bairro de Maltepe, mas não há confirmação de ligação do incêndio com a explosão. (Uol)
Fifa
O argentino Lionel Messi, camisa 10 do Barcelona, ganhou ontem (11) seu quinto prêmio de melhor jogador do mundo, em festa oganizada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Messi já havia ganho a Bola de Ouro em 2009, 2010, 2011, 2012. O argentino desbancou novamente o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid e, este ano, o brasileiro Neymar. “É uma noite muito especial para mim, voltar a vencer uma Bola de Ouro, que foi para o Ronaldo nos últimos dois anos. Queria agradecer a todos que votaram em mim e aos meus companheiros. Agradeço a tudo que o futebol me proporcionou na vida, as coisas boas e ruins”, disse o argentino. Após um ano de 2014 marcado por lesões, Messi recuperou a forma no ano seguinte e liderou o Barcelona em um ano de conquistas dos campeonatos mais importantes que disputou. Esta edição foi marcada também pela primeira participação de Neymar entre os três finalistas. Foi a primeira vez desde 2007 que um brasileiro fica entre os três melhores do mundo. Na ocasião, Kaká desbancou os próprios Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Também jogador do Barcelona, Neymar teve um ano de 2015 muito inspirado com a camisa do time catalão. Ao lado de Messi, Neymar ajudou o time a conquistar o Campeonato Espanhol, a Copa da Espanha e a Liga dos Campeões, maior e mais importante competição de clubes do mundo, com direito a gol na final, contra a Juventus da Itália. A cerimônia foi realizada na tarde desta segunda-feira em Zurique, na Suíça. Os três finalistas são determinados após votação dos capitães e técnicos das 207 seleções dos países membros da Fifa, além de representantes da imprensa de internacional. (Agência Brasil)
Fifa I
Quem roubou a cena na cerimônia da premiação do melhor jogador do mundo foi o atacante goiano Wendell Lira, 26 anos, vencedor do prêmio de gol mais bonito, o conceituado prêmio Puskás. O brasileiro que hoje está no Vila Nova, de Goiás, desbancou nada menos que Lionel Messi e o Lorenzi, da Roma. "Eu sempre via esses jogadores pelo videogame e hoje estou aqui. Queria agradecer a minha família, a minha esposa”, agradeceu emocionado. Numa votação popular, ele recebeu 1.600 mil votos. Lira, de 26 anos, levantou a torcida com uma bela meia bicicleta, na nona rodada da primeira fase do Campeonato Goiano de 2015, quando defendia o Goianésia. Lira curtiu os 15 minutos de fama ao passar pelo tapete vermelho com toda pompa com as grandes estrelas do futebol mundial. Veja o gol aqui. (Hoje em Dia)