Coronavírus

A média móvel diária de óbitos pela covid-19 no Brasil bateu recorde pelo 17º dia consecutivo, chegando nesta segunda-feira (15) a 1.855, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Essa média leva em consideração dados dos últimos sete dias para captar a tendência da pandemia, que tem sido de alta recorde ao longo do mês de março no país. Há 14 dias, no dia 1º de março, a média móvel estava em 1.223. O número atual é 51,6% maior na comparação do período. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.275 novos óbitos pela doença, fazendo o total de vítimas chegar a 279.602. Somente na última semana, o número de vítimas chegou a 12.988, com o agravamento do cenário em diferentes regiões do país, segundo dados reunidos pelo consórcio. Sob pressão crescente, o presidente Jair Bolsonaro escolheu nesta segunda-feira (15) o médico Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello, que comandava a pasta desde maio do ano passado. Pazuello sofria críticas também em razão do lento ritmo da campanha de vacinação contra a covid-19 nos Estados. Ele anunciou nesta segunda novos contratos para fornecimento de doses. (Estadão)

Onda roxa

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deve colocar todas as cidades do Estado na onda roxa do programa Minas Consciente, criado para combater o novo coronavírus (covid-19) no território. O anúncio deve ocorrer durante coletiva de imprensa agendada para às 7h30 desta terça-feira (15). A medida, que vai ser imposta também para as cidades que não aderiram ao Minas Consciente, deve entrar em vigor a partir da próxima quarta-feira. A decisão teria sido tomada durante reunião entre o governador e os prefeitos das microrregionais para discutir o avanço da covid-19 no Estado. A onda roxa do Minas Consciente é a fase mais rígida do programa do Governo de Minas e estabelece uma série de medidas mais duras para evitar a circulação de pessoas em cidades que correm o risco de colapso na saúde pública por causa da covid-19. Com o isolamento social, o vírus para de circular e o executivo consegue barrar o número de infectados. (Rádio Itatiaia)

BH

Na véspera de completar um ano do primeiro caso da covid-19, Belo Horizonte vive o pior momento da pandemia, batendo recordes negativos. A ocupação de UTIs para pacientes da covid-19 chegou a 93,4%, na média entre leitos públicos e privados, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira pela prefeitura. Detalhando esse número, quando buscamos pelo recorte da rede privada, a situação está ainda pior: 98% de ocupação. Isso significa que não adianta ter plano de saúde, porque neste momento praticamente não há vaga. A velocidade de transmissão da covid-19 em Belo Horizonte também nunca foi tão alta - 1,28, no nível vermelho. Isso significa que 100 infectados transmitem a doença pra outras 128 pessoas. O ideal é que esse índice fique abaixo de 1. (Rádio Itatiaia)

BH I

O outro indicador que influencia nas ações da prefeitura é a ocupação de leitos de enfermaria para covid-19, que também no vermelho, com 78,9%. São 2.902 mortes pela covid-19 em BH e 123.982 casos, sendo 6.158 em acompanhamento e 114.922 recuperados. Desde a sexta-feira (12), foram 17 mortes e 1.680 novos infectados. Quase 170 mil pessoas tomaram a primeira dose da vacina e mais de 75 mil tomaram a segunda.(Rádio Itatiaia)

Fiocruz

Um lote com 1,080 milhão de doses de vacinas produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será estregue esta semana ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pela Fiocruz. Serão disponibilizadas 500 mil doses na quarta-feira (17) e mais 580 mil até sexta-feira (19). Em março, segundo a Fiocruz, será entregue um total de 3,8 milhões de doses da vacinas. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses por dia. (Agência Brasil)

Serrana

Primeira cidade a vacinar os moradores em massa contra a covid-19, Serrana (SP) encerra neste domingo (14) etapa de imunização. A população participa de estudo clínico do Instituto Butantan para medir a eficácia da CoronaVac contra a disseminação do novo coronavírus. De acordo com o Instituto Butantan, neste domingo, estão sendo vacinados os últimos moradores do grupo azul, que tem a maior quantidade de moradores. A cidade, de 45,6 mil habitantes, foi dividida em quatro regiões de vacinação (verde, amarela, cinza e azul), dos quais cerca de 30 mil estão aptos a serem imunizados. Na quarta-feira (17), a pesquisa entra em uma nova etapa, quando a população começa a receber a segunda dose da vacina. O cronograma seguirá o processo da primeira dose, começando pelos moradores da região verde e passando para as regiões amarela, cinza e azul. Segundo o Instituto Butantan, as primeiras conclusões da pesquisa devem começar a ser divulgadas cerca de um mês após o encerramento da aplicação da segunda dose, ou seja, três meses após o início do estudo clínico. Como a vacinação em massa começou em 17 de fevereiro, os resultados devem sair em meados de maio. (Hoje em Dia)

Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou o "lockdown absoluto" adotado em estados e municípios, apesar do avanço da pandemia de covid-19 no país e da falta de vacina para a toda a população. Na avaliação de Pacheco, é preciso avaliar caso a caso e permitir a abertura de estabelecimentos como restaurantes e shoppings, respeitando o distanciamento entre as pessoas. "Fechar tudo absolutamente sem critério é arruinar a perspectiva da economia do Brasil", afirmou o parlamentar em evento remoto promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico. "O fechamento absoluto não me parece razoável. É preciso combater aglomerações", defendeu o senador. Questionado sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro, que critica as medidas de isolamento, Pacheco afirmou que, apesar das declarações do chefe do Planalto na contramão do "bom senso", a população já assimilou os cuidados necessários para combater o vírus, como o uso de máscara e o distanciamento entre as pessoas. Para ele, é preciso desapegar de "pontos de negação" e se conscientizar sobre a necessidade de ampliar a vacinação. (Estadão)

Marcelo Queiroga

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite desta segunda-feira (15), nas redes sociais, ter acertado a nomeação do médico Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. Os dois se reuniram ao longo da tarde no Palácio do Planalto para discutir a troca no comando da pasta. O anúncio também foi feito pelo presidente durante conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada. “Foi decidido agora a tarde a indicação do médico Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já o conhecia há alguns anos então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias, e tem, no meu entender, tudo para fazer um bom trabalho dando prosseguimento em tudo que Pazuello fez até hoje", afirmou Bolsonaro na conversa transmitida pelo site Foco do Brasil, mantido por apoiadores do presidente. (Agência Brasil)