Coronavírus

O balanço desta segunda-feira do Ministério da Saúde sobre a covid-19 no Brasil registrou 13.140 novos casos confirmados, totalizando 254.220. Do total de casos confirmados, 136.969 estão em acompanhamento e 100.459 foram recuperados. O número de mortes subiu de 16.118 para 16.792, um total de 674 novos óbitos decorrentes do coronavírus registrados nas últimas 24h. Há ainda 2.277 mortes em investigação. Com esses números, o Brasil ultrapassou o Reino Unido em número total de casos confirmados da covid-19 e se tornou o 3º país no mundo com mais casos acumulados da doença, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. No final de semana, o Brasil já tinha ultrapassado a Itália e Espanha nesse ranking. De acordo com o levantamento, o Brasil é o 6º na lista de países com mais mortes acumuladas por covid-19, ficando atrás apenas de Estados Unidos (89.874), Reino Unido (34.876), Itália (32.007), Espanha (28.111) e França (27.709). (Agência Estado)

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que uma revisão independente da resposta ao novo coronavírus começará assim que possível, e recebeu uma promessa generosa de repasse de verbas da China, que está no foco como a origem da pandemia. O maior crítico da OMS, o governo do presidente norte-americano Donald Trump, denunciou "aparente tentativa de esconder o surto do vírus por pelo menos um Estado-membro" da organização. Trump suspendeu o repasse de verbas dos Estados Unidos (EUA) para a OMS, após acusar a entidade de ser muito centrada na China, enquanto lidera críticas ao que é percebido como falta de transparência do governo de Pequim nos primeiros estágios da crise. O secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, não mencionou a China, mas deixou claro que Washington considera que a OMS compartilhava da responsabilidade. “Precisamos ser francos sobre uma das principais razões pelas quais esse surto saiu fora de controle", disse. "Houve um fracasso por parte dessa organização para conseguir informações que o mundo precisa, e esse fracasso custou muitas vidas". (Agência Brasil)
 
OMS I
 
O ministro de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse que Pequim agiu no tempo certo e foi transparente ao anunciar o surto e compartilhar a sequência genética completa do vírus. Ele também pediu que outros países "rejeitem rumores, estigmatização e discriminação". O presidente chinês, Xi Jinping prometeu US$ 2 bilhões nos próximos dois anos para ajudar a lidar com a covid-19, especialmente nos países em desenvolvimento. O valor representa quase o orçamento anual da OMS e mais que compensa o congelamento de repasses de Trump, de US$ 400 milhões por ano. O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca John Ullyot, chamou o anúncio chinês de "gesto para distrair os pedidos de crescente número de países que exigem que o governo chinês seja responsabilizado pelo fracasso em alertar o mundo sobre o que estava para acontecer. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a entidade soou o alarme antecipadamente. "Avisamos frequentemente". Quando a organização declarou a epidemia uma emergência global, em 30 de janeiro, havia menos de 100 casos fora da China e nenhuma morte, afirmou Tedros. (Agência Brasil)
 
Cloroquina
 
A possível ampliação no protocolo de uso da cloroquina para casos leves preocupa o médico Daniel Dourado, advogado sanitarista, professor do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto Questão Ciência (IQC). De acordo com ele, o medicamento, assim como outras drogas, tem sido testado no tratamento à covid-19, mas "ainda não há evidência que funcione".  Ele alerta que a cloroquina ganhou "projeção política". O medicamento, usado no tratamento contra a malária e doenças reumáticas, é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que divergiu sobre o tema com os dois últimos ministros da saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. O último deixou o governo na última sexta-feira (16), antes de completar um mês no cargo, e há indefinição sobre o sucessor. O protocolo atual de uso da cloroquina foi estabelecido ainda na gestão Mandetta e prevê a utilização do medicamento em casos graves da doença, a depender da avaliação do próprio médico. Conforme o pesquisador, ele "é ilegal porque a lei determina que um protocolo clínico deve ser baseado em evidência científica". "Agora essa ideia de amplificar, que, ao meu ver, é mais grave ainda", diz. (Rádio Itatiaia)
 
Testes
 
O secretário de estado de Saúde de Minas, Carlos Eduardo Amaral, admitiu nesta segunda-feira que laboratórios do estado e parceiros, como o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da UFMG, têm condições de realizar um número maior de testes para detectar o novo coronavírus, mas não o fazem por uma questão estratégica. Segundo o secretário, a capacidade do Nupad é de até 2 mil testes. No entanto, de acordo com ele, é “precoce” e “imprudente” realizar exames em massa neste momento. “Não me parece nada razoável, nem de bom senso, nem oportuno, sairmos testando todo mundo, correndo o risco de comprometer, no futuro, uma testagem mais ampla dos sintomáticos, caso venha ainda ter piora no fornecimento de testes”, disse. Amaral afirma que Minas testa pessoas numa escala adequada e que o estado presta um bom acompanhamento à sociedade, tendo reflexo nos resultados até o momento. “Fico muito satisfeito que o Nupad tenha uma capacidade ociosa. Isso mostra que os números de casos que têm chegado para nós que seriam aqueles que precisariam de testagem ainda podem aumentar um pouco sem sobrecarregar o nosso sistema”, finalizou. (Rádio Itatiaia)
 
 
Isolamento
 
Os belo-horizontinos estão em contagem regressiva para saber se a quarentena será, de fato, flexibilizada na cidade dentro de sete dias. O anúncio será feito na sexta-feira, mas a queda na taxa de isolamento social põe em risco o afrouxamento. A medida também depende de uma equação, que leva em conta o índice de infecção do novo coronavírus e a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e terapia intensiva exclusivos para pacientes com Covid-19. Se 25 de maio fosse ontem, conforme o comitê de enfrentamento à doença criado na cidade, o relaxamento gradual já poderia ocorrer. Mas preocupa o movimento mais intenso de pessoas nas ruas da capital. Para se ter uma ideia, no último domingo a taxa de isolamento, que vinha se mantendo na casa dos 50%, caiu para 40%, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento. (Hoje em Dia)
 
Isolamento I
 
Na avaliação do infectologista Estevão Urbano, alguns moradores podem ter relaxado por conta da situação menos crítica do município em relação a outras capitais do país, que enfrentam muitos casos confirmados de Covid-19 e fila para conseguir uma internação em hospitais abarrotados de pacientes. Por outro lado, os demais indicadores que vão nortear a flexibilização em Belo Horizonte se mostraram aceitáveis até ontem. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, a taxa de infecção do novo coronavírus, o chamado R0, está em torno de 1,09 – o que significa que o doente com o novo coronavírus pode contaminar mais uma pessoa. “Mas se chegar a 1,2 não será possível reabrir o comércio”, disse. Em relação aos leitos específicos para Covid-19, a situação ainda é confortável, destacou o titular da pasta. Segundo ele, até ontem, 32% das vagas em enfermaria estavam ocupadas com pessoas com a enfermidade. De UTI, o índice era de 51%. “Essa faixa (de 50%) é um alerta. Preocupante é chegar a 70%”, destacou Jackson Machado. (Hoje em Dia)
 
Kalil
 
Em entrevista coletiva concedida ontem, o prefeito Alexandre Kalil voltou a destacar que a flexibilização depende da própria população. Ele afirma que é grande a chance de afrouxar a quarentena na segunda-feira, mas não descartou que, caso haja uma reviravolta, a capital sofra um “lockdown”. “Existem as duas possibilidades (reabrir e fechar). Se na sexta-feira chegar à conclusão de que é lockdown em Belo Horizonte, é lockdown em Belo Horizonte. Eu não descarto nada”, afirmou.Kalil destacou ainda que a colaboração da população está diminuindo. “Isso me preocupa muito. No caso da flexibilização, ou não, estamos mandando (para a Câmara Municipal) um projeto de lei para que seja punido quem não usar máscaras”, completou. (Hoje em Dia)
 
Congresso
 
Os trabalhos do Congresso Nacional serão mantidos sem recesso em julho. O motivo, segundo o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é a pandemia do coronavírus. “Após reunião de líderes realizada nesta segunda (18), ficou decidido que não haverá recesso parlamentar em julho. A decisão foi tomada por nós parlamentares por entendermos que o Legislativo precisa continuar trabalhando para amenizar os efeitos negativos da pandemia da covid-19", escreveu Alcolumbre no Twitter. O recesso estava previsto para entre 17 e 31 de julho. No entanto, mesmo com a crise, pela Constituição, os parlamentares não poderiam sair de férias de todo jeito, se não votassem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes desse período. Desde o dia 20 de março que o Senado vem realizando sessões remotas, com apenas dois senadores no Congresso, em uma sala do Prodasen, a Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado. Os demais senadores ficam em casa ou nos gabinetes, participando das discussões por videoconferência e usando um aplicativo desenvolvido por técnicos do Prodasen para as votações. (Agência Estado)
 
Vídeo
 
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta segunda-feira que deve decidir sair até o fim desta semana sobre a retirada do sigilo da gravação audiovisual de reunião no Palácio do Planalto, realizada no dia 22 de abril. O ministro, que é relator da investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF), recebeu um HD externo da própria PF com as imagens da reunião e deve assistir à íntegra nesta noite. A reunião foi citada pelo ex-ministro Sergio Moro durante depoimento no início do mês. Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da Polícia Federal. “Recebi a equipe da Polícia Federal, chefiada pela Dra. Christiane Correa Machado, em meu gabinete, na data de hoje, que me atualizou sobre o andamento das investigações criminais e entregou-me um pen drive contendo vídeo e áudio da reunião ministerial de 22/4/2020. Após esse encontro, comecei, agora, a assistir ao vídeo, devendo liberar minha decisão até esta próxima 6a. feira, dia 22/05, talvez antes!", diz nota divulgada pelo gabinete do ministro. (Agência Brasil)
 
Vídeo I
 
Na semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu no STF a divulgação das falas do presidente Jair Bolsonaro que estiverem relacionadas com a investigação. No parecer, Aras afirma que a divulgação na íntegra da reunião ministerial contraria às regras e os princípios constitucionais de investigação. A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu a divulgação de todas as falas do presidente, exceto falas de outras autoridades que estavam presentes sobre "nações amigas” e comentários “potencialmente sensíveis” do ministro das Relações Exteriores e da Autoridade Monetária (Banco Central). A defesa de Moro também enviou sua manifestação e defendeu a divulgação da reunião na íntegra. (Agência Brasil)
 
Flávio Bolsonaro
 
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota em que pede uma investigação rigorosa das denúncias de vazamento de informações sigilosas por um delegado federal ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), feitas pelo empresário Paulo Marinho (PSDB-RJ),"para que não paire qualquer dúvida sobre a correção da corporação". Segundo a entidade, que tem 14 mil filiados, as declarações de Marinho ao jornal Folha de S.Paulo "atingem a Polícia Federal em seus pilares mais sagrados: a correção e a idoneidade". O empresário disse, na entrevista, que o senador relatou em uma reunião em dezembro de 2018 que teve conhecimento de forma antecipada sobre a realização da Operação Furna da Onça, que alcançou Queiroz. “A suspeita de que um delegado possa ter vazado informações confidenciais sobre uma operação e, pior, de que o início dessa mesma operação tenha sido adiado, para beneficiar quem quer que seja, atinge a credibilidade de uma instituição tida como uma das mais sérias do País", diz o comunicado. (Agência Estado)
 
Ouvidor
 
Estão abertas até o dia 29 de maio as inscrições para uma vaga de ouvidor de assédio moral e sexual na Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE-MG). Para o cargo, exige-se ensino superior concluído há pelo menos cinco anos e experiência em administração pública. O salário é de R$ 9 mil e o funcionário ainda recebe R$ 47 de auxílio refeição por dia trabalhado. Veja os detalhes da vaga aqui e como se inscrever. O ouvidor deverá acolher as manifestações sobre as práticas abusivas no âmbito da administração pública estadual, entre outras atribuições. Pede-se aos candidatos que tenham conhecimento sobre Direito Administrativo, pacote Office, formação na área de mediação de conflitos, experiência em gestão de pessoas. É importante ainda conhecer a Lei da Transparência e a Lei Contra o Assédio Moral. (Hoje em Dia)