Coronavírus

A média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil bateu novo recorde nessa segunda-feira (22), segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, chegando a 2.298. O número representa uma média dos registros dos últimos sete dias e é o mais alto de toda a pandemia pelo 24º dia seguido. O país chegou hoje aos 295.685 óbitos em decorrência da doença. Os dados do consórcio são reunidos junto às secretarias estaduais de Saúde. Em 24 horas, o Brasil registrou 1.570 novas mortes pela doença, o que fez com que os óbitos dos últimos sete dias chegassem a 16.083, a maior marca para o período de uma semana desde o início da pandemia. O país tem hoje a maior marca de vítimas diárias pela covid-19 de todo o mundo. Os registros dessa segunda-feira (22) apontam 288 mortes no Rio Grande do Sul, 170 em Goiás e 125 na Bahia e em Mato Grosso. As cidades gaúchas estão vivenciando o aumento mais vertiginoso em mortes no país. Em São Paulo, foram 44 registros, o que pode representar um represamento de dados do fim de semana, podendo refletir em um número mais alto nesta terça-feira (23). As cidades paulistas vivem o pior momento da pandemia e, segundo o governo, a média de mortes cresceu 35% em uma semana. (Estadão)

BH

Nenhum leito de UTI para pacientes com covid-19 está disponível em Belo Horizonte. A situação de colapso é registrada em boletim divulgado pela prefeitura na tarde desta segunda-feira (22): a ocupação média é de 107,3%, sendo de 101,4% nos hospitais públicos e de 114,4% nos privados. As 819 vagas de terapia intensiva da cidade para quem está com a doença estão ocupadas e faltam leitos para 60 pacientes. Nos dados anteriores, de sexta-feira (19), a ocupação média era de 100,8%. Nas enfermarias, a taxa diminuiu de 89,7% para 87,9% entre sexta e segunda, ainda no nível vermelho. Após 11 dias, o RT, que mede a velocidade de transmissão da covid-19, saiu do nível vermelho e voltou ao amarelo. O índice caiu de 1,22 para 1,17, ou seja, cada grupo de 100 infectados transmite o novo coronavírus para 117. Segundo especialistas, o ideal é que o RT fique sempre abaixo de 1. (Rádio Itatiaia)

Fiscalização

A Polícia Militar está utilizando helicópteros e drones para monitorar aglomerações de pessoas em espaços públicos e também possíveis festas clandestinas em todo o  estado. A medida é para apoiar os municípios na manutenção do isolamento social e reforçar as ações de fiscalização em cumprimento às medidas relacionadas à Onda Roxa, do plano Minas Consciente, determinadas pelo Comitê Extraordinário Covid-19. Todos os 853 municípios de Minas Gerais já tiveram pelo menos um caso da doença. Minas  registrou 2.739 casos de Covid-19 e 48 mortes em 24 horas. Desde o início da pandemia do coronavírus, foram registradas 22.055 mortes pela doença e 1.036.301 casos, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta segunda-feira (22). Do total de casos, 82.130 estão em acompanhamento e 910.409 pessoas são consideradas recuperadas. (Hoje em Dia)

Campeonato Mineiro

O Campeonato Mineiro de futebol está paralisado, a princípio, até 31 de março. O anúncio foi feito oficialmente nesta segunda-feira (22) pelo governo de Minas Gerais após reunião com a cúpula da Federação Mineira de Futebol. O retorno das partidas está previsto para 1º de abril, uma quinta-feira, com jogos da sexta rodada. Os clubes poderão treinar normalmente no período de pausa do Mineiro. (Estado de Minas)

Coronavac

A Coronavac, vacina contra a covid-19 da Sinovac Biotech, parece ser segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, de acordo com resultados preliminares de testes iniciais a intermediários, disse a empresa nesta segunda-feira, 22. Os dados preliminares são de testes clínicos iniciais a intermediários com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo. A maioria das reações adversas foi branda, disse Zeng Gang, um pesquisador da empresa, em uma conferência acadêmica em Pequim. Segundo relatos, duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, disse ele, sem dar detalhes ou especificar as temperaturas. Os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina Coronavac da Sinovac foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas em testes clínicos anteriores, disse Zeng na apresentação. (Estadão)

Marco Aurélio

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido nesta segunda-feira (22) relator da ação direta de inconstitucionalidade na qual o presidente Jair Bolsonaro contesta decretos da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul que restringem a circulação de pessoas para conter o avanço da Covid-19. O sorteio foi feito de forma eletrônica, com base no histórico de processos recebidos pelos ministros. Na ação, protocolada na semana passada, o presidente pede que um decreto do DF, um da BA e dois do RS sejam declarados “desproporcionais” e derrubados por liminar (decisão provisória), “a fim de assegurar os valores sociais da livre iniciativa e a liberdade de locomoção”. Bolsonaro pede que o Supremo declare “que mesmo em casos de necessidade sanitária comprovada, medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem respaldo legal e devem preservar o mínimo de autonomia econômica das pessoas, possibilitando a subsistência pessoal e familiar”. (Hoje em Dia)

Bolsonaro

Diante da pressão para o combate à pandemia da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira, 22, que o novo coronavírus seja o foco do "ataques" e não o seu governo. O chefe do Executivo reforçou ser contra uma política de lockdown e pediu para que a covid-19 não seja politizada. O apelo ocorre após pesquisas de opinião mostrarem queda na avaliação do governo quanto à atuação durante a crise sanitária. "Vamos destruir o vírus, e não atacar o governo. Não pode essa questão continuar sendo politizada em nosso Brasil", disse em evento do Palácio do Planalto nesta tarde.  Com ironia, o presidente chegou a dizer que adotaria a política de lockdown por 30 dias, caso esta de fato funcionasse. "Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus eu topo, mas sabemos que não vai acabar", declarou. "Pesquisas sérias dos Estados Unidos mostram que a maior parte da população contraiu o vírus em casa", disse sem citar fontes. Em seguida, o chefe do Executivo afirmou que só mudaria o seu discurso contra políticas de isolamento e de restrição de circulação caso fosse convencido da eficácia dessas ações. "Eu devo mudar meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Eu devo ceder? Fazer igual a grande maioria está fazendo? Se me convenceram do contrário, faço, mas não me convenceram ainda. Devemos lutar é contra o vírus, e não contra o presidente", acrescentou. (Estadão)

Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nessa egunda-feira (22), em São Paulo, que "o negacionismo passou a ser uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval", e que "não será uma minoria desordeira e negacionista que fará pautar o povo brasileiro e o Brasil nesse momento que nós precisamos de união", diante da pandemia do coronavírus. No entanto, disse em entrevista ser contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do governo federal na crise. Pacheco evitou fazer críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro ou a seus apoiadores e não fez relação direta entre esses grupos e os a que ele se refere como "negacionistas". "Há dois caminhos que podemos seguir na pandemia. É o caminho da união nacional e o caminho do caos nacional. Cabe a nós, responsavelmente, com amor ao Brasil, escolhermos o melhor caminho." As declarações foram feitas durante a posse da nova diretoria da Associação Comercial de São Paulo, ao lado do presidente do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab. Pacheco defendeu um grande pacto envolvendo o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Presidência da República, governadores e prefeitos para combater a pandemia. (Estadão)

Daniel Silveira

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nessa segunda-feira (22) a admissibilidade de um segundo processo contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). A acusação foi apresentada pela Rede, PSOL e PSB, sob o argumento de que o deputado ameaçou, em outro vídeo divulgado em maio do ano passado, manifestantes contrários ao governo Bolsonaro. Foram 11 votos a favor e dois contrários, dos deputados Fábio Schiochet (PSL-SC) e Hugo Leal (PSD-RJ). Esse processo contra Silveira se soma a outro, já em tramitação no colegiado, aberto no início do mês. A primeira investigação também tem como objeto o mesmo motivo pelo qual ele foi preso em fevereiro: um vídeo no qual fez apologia ao Ato Institucional n.° 5, o mais violento da ditadura, e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois processos podem levar à perda do mandato de Silveira. Após o deputado ficar 26 dias preso no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, no Rio de Janeiro, o ministro do STF, Alexandre de Moraes concedeu a ele o direito de cumprir prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica, no último dia 14. Durante o depoimento por videoconferência, Silveira disse que estava naquele momento conectado a uma tomada, carregando o dispositivo, e reclamou de sua situação. (Estadão)

Combustível

Os preços da gasolina e do álcool tiveram aumento de 8,8% e 13,7%, respectivamente, no último mês, em Belo Horizonte e região metropolitana. Com isso, o etanol deixa de ser vantajoso para o consumidor em relação à gasolina, quando comparados os preços médios. Os dados são do site de pesquisas Mercado Mineiro, com base em levantamento feito de 18 a 20 de março, em 145 postos. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), que representa 4 mil postos em Minas, disse que os postos de combustível são apenas um elo na cadeia de comercialização e reclamam da alta carga tributária. (O Tempo)

Combustível I

O preço médio da gasolina era de R$ 5,29 no fim de fevereiro e, agora, passou para R$ 5,75, em Belo Horizonte. O menor preço do litro está em R$ 5,47, e o maior em R$ 6,24. Se considerado o período de janeiro a março, o reajuste acumulado no preço da gasolina chega a R$ 1 por litro, passando de R$ 4,76 para R$ 5,76, um aumento de 21%. Em Betim, o preço médio da gasolina é de R$ 5,68, e em Contagem, de R$ 5,74. No caso do álcool, entre fevereiro e março, o preço foi de R$ 3,69 para R$ 4,20, um aumento de 13,7%. A reportagem de O Tempo passou por postos da região capital mineira na manhã desta segunda-feira (22) e constatou que o álcool é vendido de R$ 3,89 a R$ 4,74. Na semana passada, a Petrobrás anunciou redução de 5% no preço dos combustíveis na refinaria, e essa queda deve chegar nas bombas nos próximos dias. (O Tempo)