Coronavírus
O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (24) novos números relacionados à covid-19 no país: foram contabilizados mais 26.816 casos e 627 mortes pela doença desde sexta-feira (22). O número menor do que habitual é porque há dificuldade de registro de informações no fim de semana. Entretanto, há aumento expressivo às terças, quando esses dados são melhor atualizados. Ao todo, são 8.871.393 de infectados e 217.664 óbitos desde o início da pandemia. Recuperaram-se da doença 7.709.602 pessoas e estão em acompanhamento 944.127. (Rádio Itatiaia)
Isolamento
O início da vacinação no Brasil e em outros países não significa que as pessoas devem retomar uma rotina semelhante à de antes da pandemia. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já indicou que a imunização de rebanho pela vacinação não deverá ser atingida em 2021. A declaração foi feita este mês pela dra. Soumya Swaminathan, da OMS.“Mesmo que as vacinas comecem a proteger os mais vulneráveis, não atingiremos nenhum nível de imunidade na população ou imunidade de rebanho em 2021. Mesmo que aconteça em alguns países, não vai proteger as pessoas ao redor do mundo”, disse ela, em entrevista coletiva, no dia 11 de janeiro. Soumya elogiou o esforço dos cientistas na produção de não apenas uma, mas várias vacinas contra a covid-19, algo que, na sua opinião, era impensado há um ano. Ela acrescentou que as medidas de contenção da pandemia devem continuar sendo praticadas até o fim deste ano, “pelo menos”. Esse raciocínio é acompanhado por especialistas aqui no Brasil. Segundo eles, a população não pode relaxar porque a vacinação começou. “Quando observamos nossa realidade no Brasil e as dificuldades que estamos tendo, a gente realmente passa a pensar que isso [o fim da pandemia] vai ser talvez em 2022 e olhe lá”, disse a médica infectologista e professora de medicina Joana D'arc Gonçalves. “A gente está vendo a guerra que é com essas poucas doses disponíveis no Brasil e nem temos a perspectiva de ter mais doses, por causa de todos esses conflitos, as dificuldades internacionais”, acrescentou. (Agência Brasil)
Vacina
Na corrida mundial pela vacina contra a Covid-19, atrasos na entrega dos imunizantes e dos insumos já são realidade em diversos países e retardam o único processo capaz de gerar a imunidade coletiva contra o coronavírus. Enquanto o contágio avança pelo planeta, laboratórios enfrentam dificuldades logísticas e desafios para escalar a produção. No Brasil, a dependência da China para a liberação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo necessário para a fabricação das vacinas Coronavac e de Oxford pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e ainda sem data certa para chegar ao país, torna cada vez mais incerta a previsão de vacinação de toda a população, mas especialistas não acreditam que isso ocorra antes de 2022. A União Europeia tem enfrentado atrasos por parte de diferentes laboratórios. Na última semana, a AstraZeneca informou que as entregas para países europeus da vacina desenvolvida em parceria com a universidade de Oxford serão menores do que o esperado, devido a uma "queda de desempenho" em uma das fábricas. A entrega de vacinas da Pfizer para alguns países do bloco também atrasou. Já o Brasil dispõe, atualmente, de 12,1 milhões de doses das vacinas de Oxford e Coronavac aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Para dar continuidade à produção dos imunizantes em território nacional, o país precisa do IFA. Nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro disse nas redes sociais que 5.400 litros do ingrediente para a Coronavac estão "em vias de envio ao Brasil" e devem chegar "nos próximos dias" e que a liberação dos insumos do imunizante de Oxford está "sendo acelerada". O presidente, no entanto, não informou datas. "Nós cometemos um erro, todos os países do mundo, deixando os insumos nas mãos de apenas dois países: China e Índia. Nós não produzimos nada de insumos básicos no Brasil. Essa pandemia está acordando o mundo", afirma o professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. (O Tempo)
Auditoria
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai fazer auditorias nos hospitais da capital para verificar se as normas estabelecidas para distribuição das doses da vacina contra covid-19 estão sendo cumpridas. A decisão vem após denúncias de pessoas que estariam furando a fila de vacinação contra o coronavírus. Dentre os critérios está o grupo prioritário que deve receber neste momento o imunizante. Segundo as diretrizes estabelecidas pelo plano nacional de imunização e de acordo com a quantidade de doses recebidas, a prefeitura definiu pela imunização dos trabalhadores ativos. A orientação é que os trabalhadores que foram afastados das instituições por pertencerem ao grupo de risco não devem receber a vacina. De acordo com a PBH, 61.368 mil doses referentes à primeira etapa de vacinação já foram distribuídas. Além dessas, outras 6.882 foram entregues diretamente pela Rede de Frio da Secretaria Estadual de Saúde para os hospitais Militar, Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, contemplando as duas fases da vacinação. A responsabilidade da aplicação do imunizante é de cada instituição. A previsão para a aplicação das segundas doses para as pessoas vacinadas é de até 21 dias. (Rádio Itatiaia)
Pazuello
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (25) a abertura de um inquérito para apurar a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso da rede pública de hospitais em Manaus. O objetivo da apuração é verificar se houve omissão no enfrentamento da crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 na capital do Amazonas. Lewandowski determinou que a Polícia Federal conclua a investigação dentro de um prazo de 60 dias. Neste mês, dezenas de pacientes morreram devido à falta de abastecimento do gás medicinal na região, diante do aumento vertiginoso no número de casos e internações. "A Constituição Federal prevê que compete a esta Suprema Corte 'processar e julgar, originariamente', os Ministros de Estado, 'nas infrações comuns e nos crimes de responsabilidade'", destacou Lewandowski em sua decisão. Após Aras enviar ao Supremo o pedido de investigação, Pazuello viajou a Manaus, sem data para voltar. Sob pressão no cargo, Pazuello deve ficar em Manaus "o tempo que for necessário", segundo informou o ministério. Os adiamentos envolvendo a campanha de imunização e a negociação de insumos para a vacina também pesam para o desgaste da imagem do ministro, nomeado para o cargo por sua experiência em logística. (Estadão)
Pazuello I
O pedido da PGR foi encaminhado nesta segunda-feira (25) a Lewandowski "por prevenção", ou seja, não foi sorteado livremente entre os integrantes da Corte.A ofensiva de Aras é uma resposta à representação feita por partidos políticos, que acionaram a PGR sob a alegação de que Pazuello e seus auxiliares têm adotado uma "conduta omissiva". Ao longo dos últimos dias, a pressão de parlamentares e da opinião pública cresceu sobre a PGR. Ao comunicar a abertura de inquérito, Aras considera "possível intempestividade" nas ações de Pazuello, indicando que o ministro da Saúde pode ter demorado a reagir à crise em Manaus. O próprio governo já admitiu ao STF que a pasta sabia desde 8 de janeiro que havia escassez de oxigênio para os pacientes em Manaus, uma semana antes do colapso. O Ministério da Saúde, no entanto, iniciou a entrega de oxigênio apenas em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas. A PGR menciona ainda que a pasta informou ter distribuído 120 mil unidades de hidroxicloroquina para tratamento da covid-19 no dia 14 de janeiro, às vésperas do colapso. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença. Após o estouro da crise e declaração da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a inexistência de tratamento comprovado contra a covid-19, Pazuello passou a negar que tenha recomendado a cloroquina para combater a enfermidade. (Estadão)
Mourão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, saiu em defesa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na manhã desta segunda-feira (25). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de um inquérito contra o ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) e Pazuello, por sua vez, viajou a Manaus, que enfrenta um colapso no sistema de saúde, sem data para voltar. "Uma vez que existe muito 'disse me disse' a respeito disso, acho que a melhor linha de ação é que se chegue à conclusão do que aconteceu", disse Mourão a jornalistas nesta segunda-feira, quando perguntado sobre a situação do ministro da Saúde. "Eu tenho acompanhado o trabalho do ministro Pazuello, sei que ele tem feito um trabalho meticuloso e de forma honesta e competente. Então, que se investigue e se chegue à conclusão do que aconteceu na realidade." O vice-presidente minimizou a falta de insumos e imunizantes prontos para vacinar a população brasileira. Na entrevista, ele citou dados de outros países, afirmando que o impasse não ocorre apenas no Brasil. "Esse problema não é só aqui no Brasil. O mundo inteiro acompanha o placar das vacinas", disse Mourão. Segundo ele, o Brasil poderá estar na quinta ou na sexta colocação mundial em número de vacinados "brevemente", apesar de a imunização não significar um alcance satisfatório em relação à quantidade de pessoas no País. "A solução para o Brasil é mantermos os contratos (de vacinas) e acionarmos os contratos que foram feitos." (Estadão)
Mourão I
Mourão também apontou "ruídos" em torno da vacinação contra a covid-19 e o colapso na saúde em Manaus, além da sucessão no Congresso Nacional, como razões para a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa do Datafolha publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na última sexta-feira, 22, a avaliação positiva do governo (ótimo e bom) caiu de 37% em dezembro para 31% em janeiro, enquanto que a avaliação negativa (ruim e péssimo) passou de 32% para 40%. "O governo está fazendo o possível e o impossível para ter um fluxo contínuo (de vacinação) e também aquela questão de Manaus. No momento em que isso for esclarecido acho que diminuirá esse ruído", afirmou, citando em seguida a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. "Então, semana que vem eu acho que baixam um pouco as tensões", finalizou. (Estadão)
Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou a eleição de sucessão no comando da Casa para a próxima segunda-feira (1º). A sessão preparatória, como é chamada a reunião que definirá o próximo presidente do Senado, foi convocada para 14h. No mesmo dia, a Câmara dos Deputados fará a eleição para o comando da Casa. Após ter a reeleição barrada no Supremo Tribunal Federal (STF), Alcolumbre tenta fazer o próprio sucessor e eleger o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na vaga. Pacheco é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e fez uma aliança de nove partidos, somando 41 senadores, sem contar as dissidências. Alcolumbre presidirá a sessão de segunda-feira (1º). O candidato do atual presidente da Casa terá como principal adversária a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que reuniu quatro partidos, somando 28 senadores. Há parlamentares, porém, que não seguem as bancadas na disputa. A votação será presencial e com voto secreto, conforme o regimento interno do Senado. (Agência Estado)
Inflação
A disparada de preços como os de alguns alimentos, verificada em 2020, deve ser uma tônica também em 2021. É o que mostra uma pesquisa de Expectativa de Inflação do Consumidor, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o estudo, a população espera que o índice chegue a 5,2%, maior do que a meta prevista pelo Conselho Monetário Nacional (3,75%). Segundo especialistas, o pessimismo das pessoas se justifica, em boa parte, pelo aumento dos itens de alimentação, das tarifas de serviços, como energia elétrica, e dos boletos dos planos de saúde. Os alimentos, aliás, continuam sendo os campeões do custo de vida. De acordo com o site Mercado Mineiro, que fez levantamento de preços em sacolões da capital mineira, entre 18 e 22 deste mês, o chuchu, campeão entre os produtos que mais subiram, saltou 80% desde novembro: de um preço médio de R$ 2,14 para R$ 3,87. Outro item que encareceu bastante foi o jiló: de R$ 4,54 o quilo, aumentou para R$ 5,92 (30% a mais) em intervalo de dois meses. Entre as frutas, a banana prata foi a que mais subiu, passando a custar R$ 6,75 contra R$ 4,25 há dois meses – aumento de 58%. Para o economista e pesquisador Feliciano Abreu, do Mercado Mineiro, a tendência de alta deve continuar e o consumidor precisa estar atento às promoções para economizar. “Infelizmente, é essa a realidade e o consumidor precisa pesquisar muito para conseguir continuar comprando os mesmos itens, mas gastando menos”, explica. O aumento da inflação em 2021 deve ser impulsionado também pelos reajustes de serviços, em especial as tarifas de energia elétrica e os planos de saúde. Ambos os setores tiveram preços congelados em 2020 por conta de medidas para minimizar os efeitos da crise econômica motivada pela pandemia da Covid-19. Mas isso acabou. No fim do ano, por exemplo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou as operadoras de planos de saúde a fazer correções. Elas podem e vão não só aplicar os reajustes previstos para 2021, mas cobrar acréscimos que não foram aplicados e se “represaram” no ano passado. Com isso, os planos devem subir em média de 15% a 20%, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). (Hoje em Dia)
Enem
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 poderão conferir amanhã (27) os gabaritos oficiais das provas objetivas do exame. O Enem impresso foi aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro. Os participantes resolveram questões objetivas de matemática, ciências da natureza, ciências humanas e linguagens. Fizeram também a prova de redação, a única subjetiva do exame. Os gabaritos serão divulgados no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mesmo com os gabaritos em mãos, não é possível saber a nota no exame. Isso porque o Enem é corrigido com base na chamada teoria de resposta ao item (TRI), que leva em consideração, entre outros fatores, a coerência de cada estudante na própria prova. Ou seja, se ele acertar questões difíceis, é esperado que acerte também as fáceis. Se isso não acontecer, o sistema entende que pode ter sido por chute. O estudante, então, pontua menos que outro candidato que tenha acertado as mesmas questões difíceis, mas que tenha acertado também as fáceis. A previsão para a divulgação dos resultados finais é dia 29 de março. Nessa data, os participantes saberão também quanto tiraram na redação. No entanto, somente depois da divulgação do resultado, em data ainda a ser definida, os candidatos terão acesso à correção detalhada da prova de redação, apenas para fins pedagógicos. (Agência Brasil)
Paraná
Equipes dos Bombeiros e da Polícia Militar do Paraná e Santa Catarina realizam operação de resgate de vítimas de um acidente com um ônibus de turismo ocorrido na manhã desta segunda-feira, 25, e que deixou pelo menos 21 mortos e 32 feridos. Seis pessoas estão em estado grave de saúde. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu no quilômetro 668 da rodovia BR-376, em Guaratuba (PR), no trecho conhecido como "Curva da Santa". Os feridos foram encaminhadas para hospitais de Joinville (SC), Garuva (SC) e de Curitiba (PR). Conforme as informações da PM, o ônibus - em que viajam 54 passageiros e dois motoristas - tinha placas de Belém e descia a Serra no sentido de Florianópolis. A concessionária Arteris Litoral Sul, responsável pelo trecho, informou que a pista ficaria bloqueada até o resgate das vítimas. Segundo o tenente Henrique Arendt Neto, do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA), "foram deslocadas duas aeronaves para o resgate". Por causa da mata fechada, cães auxiliam as equipes no resgate. "Uma aeronave também vai decolar com uma equipe do Grupo de Apoio Tático e com o canil para buscar vítimas. O local fica à margem da rodovia, é de difícil acesso", afirmou. (Agência Estado)
Paraná I
A gravidade do acidente exigiu uma mobilização de diversas equipes dos dois Estados. Foram deslocados para o local duas aeronaves do BPMOA, caminhões de Combate a Incêndio e Resgate, ambulâncias e viaturas de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros do Paraná; viaturas da concessionária Litoral Sul, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Civil, da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal, além do suporte de Santa Catarina, que encaminhou aeronaves do Grupo Águia e viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. (Agência Estado)
EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o julgamento do segundo impeachment do seu antecessor, Donald Trump, "tem que acontecer". "Eu acho que tem de acontecer", afirmou Biden durante uma breve entrevista à rede de televisão CNN nos corredores da Ala Oeste da Casa Branca. O presidente americano reconheceu que o julgamento no Senado pode afetar a aprovação dos dos membros do seu gabinete e das suas propostas no Congresso, mas afirmou que haveria "um efeito pior se isso [o julgamento] não acontecesse".A declaração foi dada na segunda-feira (25), no dia em que a Câmara encaminhou o processo ao Senado. O impedimento foi aprovado pelos deputados no dia 13, uma semana antes de Trump deixar o cargo, por ter incitado a violência que resultou na invasão ao Capitólio no dia 6. No país, o impeachment precisa de maioria simples para ser aprovado na Câmara (218 votos dos 435 deputados) e de dois terços no Senado (67 votos). Como os democratas e os independentes ocupam 50 cadeiras no Senado, Trump só será condenado se 17 republicanos votarem contra ele. Biden, que foi senador por Delaware por 36 anos, disse não acreditar que tantos republicanos farão isso — "O Senado mudou desde que eu estava lá, mas não mudou muito" —, mas ponderou que o resultado seria diferente se Trump tivesse mais seis meses de mandato. (G1)