Coronavírus
As mortes em consequência da covid-19 chegaram a 557.223 no Brasil. Nas últimas 24 horas, autoridades de saúde registraram 389 novos óbitos por causa da doença. Ontem (1), a soma de pessoas que não resistiram à covid-19 estava em 556.834. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado pela pasta nesta segunda-feira (2). A atualização consolida os registros levantados pelas secretarias estaduais de Saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19. A quantidade de pessoas infectadas com a covid-19 desde o início da pandemia alcançou 19.953.501. Entre ontem e hoje, foram confirmados 15.143 novos casos da covid-19. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 19.938.358 casos acumulados. Ainda há 709.075 casos em acompanhamento, que são pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 18.687.203. (Agência Brasil)
UFMG
Uma corrida contra o tempo para garantir o futuro do Brasil no combate à COVID-19. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) devem começar até dezembro as primeiras aplicações da candidata a vacina SpiNTec em seres humanos, nos chamados testes clínicos (fases 1 e 2). A estimativa foi informada ao Estado de Minas pelo professor Unaí Tupinambás, que participa dos estudos conduzidos pelo CTVacinas, o centro de desenvolvimento de imunizantes da UFMG. É justamente nessa etapa do cronograma que devem ser investidos R$ 50 milhões em repasses do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), anunciados no domingo pelo ministro Marcos Pontes. Esse será o segundo grande recurso recebido pela UFMG para desenvolvimento da SpiNTec. Apesar de ter um orçamento muito menor que o do governo federal, a Prefeitura de BH repassou R$ 30 milhões à universidade para investimentos nos testes pré-clínicos em maio – além de ter doado um terreno para instalação de um centro de pesquisas de vacinas na Região Noroeste da capital. A partir desses recursos, os cientistas conduziram os estudos em camundongos, hamsters e primatas. Diante da alta taxa de sucesso, encaminharam um relatório à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira para pedir autorização para execução das fases 1 e 2. Na prática, a primeira fase tem o objetivo de demonstrar a segurança do imunizante. Para isso, a UFMG vai reunir 40 voluntários. Já na segunda etapa, na qual cerca de 300 voluntários serão convocados, o intuito é estabelecer se a fórmula provoca ou não uma resposta imune ao novo coronavírus no corpo humano. Nos dois passos, os participantes serão pessoas vacinadas com as duas doses da CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac Biotech). Portanto, a meta é fazer a SpiNTec se tornar uma dose de reforço, uma terceira aplicação. (Estado de Minas)
UFMG I
Antes da disponibilização do produto à população, ainda há uma terceira fase, a última antes do registro sanitário. O objetivo é demonstrar a eficácia da vacina em milhares de pessoas, geralmente de diferentes perfis do público-alvo, para monitorar possíveis reações adversas. Os custos das vacinas para os cofres públicos ainda são incertos. O secretário de Pesquisa e Formação Científica do ministério, Marcelo Morales, disse no domingo que, por enquanto, o valor ainda não está definido, mas “certamente estará dentro dos custos que as outras vacinas estão sendo compradas”. Caso os estudos clínicos avancem as três fases e a vacina receba o aval sanitário da Anvisa, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) entra na conversa. O objetivo é produzir as doses da SpiNTec nas dependências da Funed, no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte. Em julho, o governo de Minas anunciou investimento de R$ 28 milhões na unidade 5 da instituição. A partir desse aporte haverá transição tecnológica para apoio à produção de lotes-piloto de vacinas, entre elas a da UFMG contra a COVID-19. O recurso veio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). (Estado de Minas)
TRT-2
O trabalhador que decidir não se vacinar contra a Covid corre o risco de perder o emprego. Essa é a compreensão de alguns especialistas em direito a partir da decisão inédita do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), de São Paulo, sobre o caso de uma auxiliar de limpeza. Ela foi demitida por justa causa de um hospital infantil por se recusar a ser imunizada. Os desembargadores validaram a dispensa e abriram precedentes para outras demissões dessa natureza. O professor de direito público no Centro Universitário Una Carlos Barbosa explica que não existe nada na legislação que obrigue o brasileiro a se vacinar, mas o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em dezembro de 2020, que o Estado pode impor medidas restritivas a pessoas que recusaram a imunização contra a Covid. A decisão dos ministros está calcada na ideia jurídica de que a individualidade não se sobrepõe ao interesse da coletividade. “A vacinação não está atrelada à autonomia individual, mas sim a uma política de saúde pública. Quem não se vacina coloca a vida dela e dos outros em risco e o direito à saúde tem que ser contemplado de maneira coletiva. O interesse público faz com que a vacinação seja obrigatória, embora não compulsória. Ninguém vai te amarrar para te levar para ser vacinado”, explica Barbosa. Esse também é o posicionamento da maioria dos membros do Ministério Público do Trabalho (MPT). “Se estiver no momento de a pessoa se vacinar e ela se recusar, vai estar colocando em risco todos os trabalhadores da empresa. O MPT entende, sim, que esse trabalhador pode ser mandado embora por justa causa, embora alguns membros entendam que o trabalhador deve ser mandado embora sem justa causa”, afirma Arlélio de Carvalho Lage, procurador chefe do MPT em Minas. (O Tempo)
CPI
A CPI da Covid retoma os trabalhos nesta terça-feira com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula .A oitiva, primeira após o recesso parlamentar, está agendada para começar a partir das 9h. Amilton é apontado por representantes da Davati Medical Supply como um "intermediador" entre o governo federal e empresas que ofertavam vacinas. A convocação de Amilton atende pedido do vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O senador lembra que o caso veio à tona no início de julho, quando o Jornal Nacional, da Rede Globo, mostrou e-mails em que o diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Cruz, autorizava o reverendo a comprar, por meio da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), 400 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. O depoimento do religioso estava marcado anteriormente para o dia 14 de julho, mas foi adiado por questões de saúde de Amilton de Paula. Ele apresentou um atestado médico alegando problemas renais, o que foi confirmado por perícia médica do Senado. Recuperado, o reverendo comparecerá ao Senado munido de um habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que autorizou o silêncio parcial de Amilton Gomes de Paula. O depoente não precisará responder questionamentos que possam incriminá-lo. Fux negou o pedido apresentado pela defesa de Amilton de não comparecer ou se retirar da sessão. (Agência Senado)
TSE
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite desta segunda-feira (2) medidas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em razão das declarações de supostas fraudes no sistema eleitoral. Os ministros decidiram abrir um inquérito administrativo e, ainda, pedir a inclusão do presidente no chamado "inquérito das fake news" que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Proposto pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o inquérito administrativo vai apurar se, ao apontar supostas fraudes sem aprovar provas contra a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônicos de votações, o presidente praticou "abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea". Segundo técnicos do TSE, o inquérito eleitoral pode acarretar em impugnação de registro da candidatura de Bolsonaro ou inelegibilidade do presidente. Em live na última quinta-feira (29), Bolsonaro admitiu não ter provas das fraudes. Mesmo assim, apresentou vídeos falsos sobre supostas irregularidades já desmentidos pelo TSE. (Rádio Itatiaia)
Fux
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, disse nesta segunda-feira (2) que os poderes da República são harmônicos entre si, mas não podem ficar impunes quando atentam contra instituições. Fux discursou na sessão de abertura do segundo semestre do Judiciário (veja aqui a íntegra). "Harmonia e independência entre os poderes não implicam impunidade de atos que exorbitem o necessário respeito às instituições", disse o presidente do STF. Ele afirmou ainda que a população não aceita que crises sejam resolvidas de formas contrárias ao que determina a Constituição. “O povo brasileiro jamais aceitaria que qualquer crise, por mais severa, fosse solucionada mediante mecanismos fora da Constituição”, continuou Fux. O discurso do ministro em defesa das instituições, da Constituição e contra o conflito entre os poderes ocorre em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro decidiu intensificar os ataques contra a urna eletrônica e o modelo eleitoral do Brasil, disparando críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao STF. Apesar dos ataques, o próprio Bolsonaro admite que não tem provas de fraude. (G1)
Frio
A massa de ar frio que atua sobre a região metropolitana de Belo Horizonte não perderá forças nos próximos dias. Alerta meteorológico emitido pela Defesa Civil da capital mineira na tarde de segunda-feira (2) indica que o município irá registrar temperaturas em torno de 12ºC até, pelo menos, a próxima segunda-feira (9). Em decorrência do comunicado que aponta para baixas temperaturas em BH, o órgão de segurança emitiu uma série de recomendações para moradores da capital mineira.Entre as listadas estão: evitar banhos prolongados e com água quente, realizar atividades físicas agasalhados, e, em ambientes fechados, a orientação é que sejam mantidas janelas abertas em espaços onde há aglomerações. (Rádio Itatiaia)
Futebol
A seleção brasileira masculina de futebol derrotou o Mexico nos pênaltis nesta terça-feira e vai disputar a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Após empate sem gols na prorrogação e tempo normal, a equipe verde-amarela acertou todas as quatro penalidades que bateu. O goleiro Santos também brilhou e foi determinante para a classificação do Brasil. Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier bateram com precisão suas cobranças, enquanto que Eduardo Aguirre e Vásquez pararam em Santos e na trave, respectivamente. Tristeza dos mexicanos e festa dos brasileiros, que comemoraram efusivamente e choraram após a suada vitória no Japão.Com a vaga na final, o Brasil garantiu ao menos a prata e, com isso, assegurou sua sétima medalha na história do torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos. Na decisão, a sua terceira seguida em Olimpíada, e a quarta no total, vai enfrentar Japão ou Espanha, que duelam também nesta terça. O jogo que vale o bicampeonato olímpico à seleção brasileira será sábado, às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama. Com a garantida medalha em Tóquio, a seleção estará no pódio olímpico pela quarta vez consecutiva, feito alcançado anteriormente somente pela Iugoslávia, entre 1948 e 1960. A meta é conquistar o bicampeonato olímpico, algo que somente Grã-Bretanha, Uruguai, Hungria e Argentina conseguiram até hoje. (Estadão)
Atletismo
O brasileiro Alison dos Santos conquistou a medalha de bronze na prova dos 400 metros (m) com barreiras da Olimpíada de Tóquio (Japão), na noite desta segunda-feira (2) no Estádio Olímpico. Essa foi a primeira medalha do atletismo do Brasil na atual edição dos Jogos Olímpicos. O paulista de 21 anos cravou o tempo incrível de 46s72, quebrando o recorde sul-americano e baixando pela primeira vez a marca de 47 segundos. O ouro ficou com o norueguês Karsten Warholm, que quebrou o recorde mundial fechando a prova, pela primeira na história, em menos de 46 segundos (45s94). O norte-americano Rai Benjamin ficou com a prata com a marca de 46s17. “Foi uma prova louca, uma prova muito forte, uma prova histórica onde fizeram o que achavam que era impossível, quebrar a barreira dos 46s. Três atletas correram abaixo de 47s, a prova mais rápida da história, e fico muito feliz por fazer parte disso”, declarou Alison dos Santos, após a prova, ao Comitê Olímpico do Brasil. (Agência Brasil)
Vela
Martine Grael e Kahena Kunze fizeram história na madrugada desta terça-feira (tarde no Japão). Nas águas da Baía de Enoshima, a dupla brasileira conquistou a medalha de ouro na classe 49er FX feminina da vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio. As alemãs Tina Lutz e Susann Beucke ficaram com a medalha de prata. Tidas como principais rivais das brasileiras, as holandesas Annette Duetz - que lideravam as regatas juntas de Grael e Kunze - ficaram com o bronze na categoria após chegarem atrás das brasileiras na regata da medalha. Martine Grael e Kahena Kunze terminaram a medal race na terceira posição, o suficiente para garantir o ouro da categoria. A etapa aconteceria um dia antes, nessa segunda-feira, mas foi adiada por conta da falta de vento na Baía de Enoshia. É o segundo ouro olímpico seguido da dupla na classe 49er FX. Martine Grael e Kahena Kunze também foram campeãs nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, ambas aos 25 anos. A Olimpíada que aconteceu em solo brasileiro marcou a estreia dessa categoria no programa olímpico. A conquista de Grael e Kunze foi a 12ª medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Antes delas, Ítalo Ferreira (surfe - ouro), Rebeca Andrade (ginástica - ouro e prata), Kelvin Hoefler (skate - prata), Rayssa Leal (skate - prata), Daniel Cargnin (judô - bronze), Fernando Scheffer (natação - bronze), Mayra Aguiar (judô - bronze), Laura Pigossi e Luisa Stefani (tênis - bronze), Bruno Fratus (natação - bronze) e Alison dos Santos (atletismo - bronze) também subiram ao pódio. (Estado de Minas)
Boxe
O pugilista Abner Teixeira, 26, conquistou a medalha de bronze no boxe nos Jogos de Tóquio na manhã desta terça-feira (3). O brasileiro perdeu a semifinal para o cubano Julio La Cruz, 31, na categoria peso pesado (entre 81 quilos e 91 quilos). Abner pisou no ringue com o bronze garantido -no boxe não há disputa pelo terceiro lugar. Os dois semifinalistas derrotados ficam com o bronze. O brasileiro, porém, sonhava ir à decisão da medalha de ouro. A missão de Abner era bem complicada diante do experiente cubano Cruz, campeão olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro-2016. No primeiro round, os dois pugilistas acertaram bons golpes, mas La Cruz foi quem se sobressaiu no fim. No segundo e, principalmente, no terceiro round, o cubano teve volume maior de golpes. (O Tempo)