Indígena

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse ontem (29) que não há evidências de atuação de garimpeiros na área da terra indígena do povo Waiãpi, no Amapá. A Polícia Federal investiga a suposta invasão e a morte do chefe da aldeia Waseity, Emyra Wajãpi, de 62 anos, assassinado a golpes de faca. "Até o momento, a informação que dispomos é que não há indício de atuação de garimpeiros no local. Necessário, pois, aguardar o termino da investigação pela Polícia Federal. Só assim teremos, claramente, a elucidação dos fatos e como ele veio a ocorrer", disse Rêgo Barros em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. O Ministério Público Federal (MPF) também informou nesta segunda-feira que as investigações preliminares da Polícia Federal não apontaram a presença de grupos invasores na terra indígena, mas que essa hipótese ainda não está descartada e novas diligências na região ainda serão realizadas. Lideranças indígenas relataram para as equipes de investigação que 15 invasores passaram uma noite na aldeia Yvytotõ, distante cerca de 300 quilômetros da capital, Macapá, de forma "impositiva" e "de posse de armas de fogo de grosso calibre". Segundo os relatos dos índios, Emyra Wajãpi foi morto na tarde de segunda-feira (22). Entretanto, a morte não foi testemunhada por indígenas e só foi percebida na manhã de terça-feira (23). (Agência Brasil)

OAB

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmou, por meio de nota que as declarações do presidente Jair Bolsonaro demonstram "crueldade e falta de empatia". O presidente falou sobre o desaparecimento do pai de Santa Cruz, preso pelas forças de segurança do Estado durante a ditadura militar e até hoje desaparecido. "Se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar eu conto para ele", disse Bolsonaro. Santa Cruz afirma que, "como orgulhoso filho de Fernando Santa Cruz , quero inicialmente agradecer pelas manifestações de solidariedade que estou recebendo em razão das inqualificáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro". "O mandatário da República deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado, demonstrando mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia. É de se estranhar tal comportamento em um homem que se diz cristão". "Lamentavelmente, temos um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro - e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos", diz. "Meu pai era da juventude católica de Pernambuco, funcionário público, casado, aluno de Direito. Minha avó acaba de falecer, aos 105 anos, sem saber como o filho foi assassinado. Se o presidente sabe, por 'vivência', tanto sobre o presente caso quanto com relação aos de todos os demais 'desaparecidos', nossas famílias querem saber", afirma Santa Cruz. (Agência Estado)

Moro

O PT entrou nesta segunda-feira com um pedido de investigação contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, na Procuradoria da República no Distrito Federal (MPF). A sigla defende que ele cometeu prevaricação e abuso de autoridade no processo eleitoral do ano passado. Além disso, o partido vai fazer também uma representação ao Ministério Público Eleitoral. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, citou como base para os pedidos as supostas trocas de mensagens obtidas nas contas do aplicativo Telegram de integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e, desde o início de junho, divulgadas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de imprensa. Segundo o site, as conversas indicam conluio entre procuradores e o então juiz do caso. Os alvos dos ataques negam irregularidades e afirmam não ser possível confirmar a autenticidade dos diálogos. "Quem foi prejudicado foi o povo brasileiro e a democracia brasileira", disse Gleisi, emendando uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro: "Isso ajudou um homem que é louco (Bolsonaro), um louco com método porque ele sabe o que quer atingir. Ele está levando o País a uma crise sem precedente". (Agência Estado)

Moro I

Na semana passada, quatro suspeitos de invadir celulares de autoridades dos três Poderes, incluindo Bolsonaro, foram presos. Neste processo, Moro telefonou a algumas das vítimas para comunicar os ataques. Ele também sugeriu que as mensagens seriam destruídas por terem sido obtidas de forma ilegal. Essas ações do ministro estão sendo questionadas pela oposição. Gleisi reforçou que o partido quer convocar Moro ao Congresso para prestar esclarecimentos e que pode até usar a CPI das Fakes News para fazer isso. (Agência Estado)

Neymar

A delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, decidiu não indiciar o atacante Neymar por estupro e agressão. A investigação estava em andamento desde 31 de maio, quando a modelo Najila Trindade registrou boletim de ocorrência acusando o jogador. O Ministério Público ainda pode denunciar (fazer acusação formal contra Neymar), pedir o arquivamento ou requisitar novas diligências. O MP tem até 15 dias para se manifestar. A delegada concederá entrevista coletiva na manhã desta terça-feira para explicar a conclusão das investigações. As investigações tiveram início em 31 de maio, quando Neymar foi acusado de estupro por Najila Trindade. Após o boletim de ocorrência, o atacante divulgou conversas com a modelo e fotos e passou a ser investigado também por crime digital. Neymar e Najila se conheceram pelo aplicativo de fotos e mensagens Instagram. Ela contou que viajou a Paris a convite do jogador e disse que, durante uma visita dele ao quarto que estava hospedada, o atacante fez sexo sem consentimento. O atleta confirmou a viagem, mas negou a acusação. (Agência Estado)

Neymar I

Najila chegou a gravar o segundo encontro que teve com Neymar em Paris. No vídeo, a modelo agride o jogador. Ela alegou que queria uma prova do encontro e que as agressões foram uma reação ao que teria sofrido no dia anterior. Nesta terça-feira, a delegada Juliana Lopes Bussacos concederá entrevista coletiva ao lado do diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Albano David Fernandes, e do delegado titular da 6ª Seccional, Cosmo Stikovics Filho. (Agência Estado)

Pará

A Secretaria de Segurança do Pará confirmou que subiu para 57 o número de presos que foram mortos durante uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na manhã desta segunda-feira. De acordo com o órgão, 16 detentos foram decapitados e o restante morreu por asfixia.  O governo local também decidiu que 10 dos 16 líderes identificados serão transferidos para presídios federais. Mais 46 detentos serão transferidos para outras prisões no estado. Atendimento psicológico e médico também foram disponibilizados aos familiares dos presos, que permaneceram durante todo o dia na entrada do presídio em busca da confirmação dos nomes dos mortos. A Polícia Militar permanece dentro da unidade prisional para evitar novos conflitos. A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das celas. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h. (Agência Brasil)

Pará I

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, há pouco, que ofereceu ao governo do Pará vagas em presídios federais para transferir os líderes da rebelião . Em nota à imprensa, o ministro Sérgio Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que Força Nacional fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a intensificação do trabalho de inteligência policial. A pasta também informou que o ministro conversou de manhã com o governador do Pará, Helder Barbalho, e participou de uma reunião de emergência no início da tarde com secretários da ministério, além dos diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, para tratar do caso. Por meio de suas redes sociais, Helder Barbalho confirmou que o governo do estado está trabalhando na identificação dos líderes criminosos e que foram ofertadas pelo ministro Sergio Moro 10 vagas em presídios federais. (Agência Brasil)

Santa Luzia

A proprietária da Casa dos Idosos Acolhendo Vidas, o asilo onde a polícia investiga denúncias de maus-tratos contra idosos, se classificava como pastora nas redes sociais e compartilhava diversas mensagens bíblicas proferidas por líderes religiosos da igreja evangélica. Ela também postava, frequentemente, passagens do livro sagrado. Uma das postagens evidencia um vídeo dopastor Silas Malafaia, um dos mais controversos líderes religiosos, condenando a homossexualidade. Em outro link compartilhado, a mulher celebra a “mudança” feita pelo Evangelho na vida de um “ex-gay”. Além disso, a detida compartilhava vídeos publicados na atual página do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). No material, o chefe do Executivo paulista faz flexões ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em alguns posts, usuários criticam os posicionamentos da suspeita de maus-tratos. “A máscara caiu”, afirma um deles, se referindo as investigações conduzidas pela Polícia Civil contra a proprietária do asilo e a filha dela. Nesta segunda-feira (29), a Justiça mineira, por meio da comarca de Santa Luzia, converteu a prisão da pastora em preventiva. De acordo com o artigo 312 do Código Penal, esse tipo de detenção pode durar de quatro meses a um ano e seis meses. A prisão preventiva pode ser adotada tanto durante as investigações quanto no decorrer da ação penal, quando surgem provas que liguem o suspeito ao crime. A preventiva se aplica à dona do asilo porque os crimes investigados são dolosos e passíveis de reclusão maior que quatro anos. (Estado de Minas)

Frio

amplitude térmica – grande variação de temperatura – vai marcar a semana nas cidades mineiras. As noites e manhãs continuam frias, mas durante a tarde a temperatura deve ter grande elevação. Cuidados devem ser tomados com o tempo seco. A umidade relativa do ar deve ficar próximo de 30%, o que eleva o risco à saúde. A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu um alerta devido aos índices baixos. No fim de semana, a passagem de uma frente fria poderá provocar chuva em Minas Gerais. De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a semana começa com a amplitude térmica. “As noites e as manhãs vão continuar frias, enquanto as tardes serão mais quentes. Isso deve acontecer até sexta-feira, período em que não há perspectiva de chuva”, explicou a especialista. Ela ressalta que cidades das faixa leste do estado terão o céu nublado a parcialmente nublado e com nevoeiro no amanhecer. Já na capital mineira, o tempo ficará firme, com névoa úmina em pontos isolados. No restante do estado, será de céu claro a parcilamente nublado, com névoa seca. A baixa umidade relativa do ar é que preocupa. Nesta segunda-feira, os índices ficaram em 30%, marcados na Pampulha. A Defesa Civil Municipal emitiu um alerta para o tempo seco durante esta semana em BH. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o índice entre 21% e 30% como estado de atenção; entre 12% e 20%, de alerta, e abaixo de 12%, estado de emergência. O índice considerado ideal é de 60%. Com o tempo seco, alguns cuidados devem ser tomados pelos moradores para evitar danos a saúde. (Estado de Minas)