Petrobrás
A Polícia Federal informou, em nota, que abriu investigação para apurar "suposto vazamento à imprensa de informações protegidas por segredo de Justiça e contidas em depoimentos prestados por Paulo Roberto da Costa no âmbito da Operação Lava Jato." O inquérito foi instaurado em Curitiba (PR), onde estão concentradas as investigações da operação. Na sexta-feira e no final de semana, o estadao.com e a revista Veja divulgaram informações sobre o depoimento do ex-diretor da Petrobras, que citou parlamentares, ministros e governadores que teriam recebido propina em troca de arranjar contratos na Petrobras na área que ele comandava na empresa -- a diretoria de Abastecimento. O depoimento é uma tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada. As revelações sobre o depoimento de Costa provocaram impacto na campanha da presidente à reeleição, assim como na da candidata Marina Silva. Além do ministro Edison Lobão, das Minas e Energia Paulo Roberto também afirmou que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, teve corrupção. A presidente Dilma Rousseff era presidente do conselho de administração da petroleira quando autorizou a compra da refinaria. (Rádio Itatiaia)
Defensoria pública
Depois do Ministério Público e do Judiciário, a Defensoria Pública da União foi ao Supremo Tribunal Federal questionar os cortes no orçamento feitos pela Presidência da República. Em mandado de segurança ajuizado na segunda-feira (8/9), a DPU afirma que o Executivo feriu a autonomia administrativa e orçamentária do órgão ao cortar sua proposta em 95%. No mesmo dia, entidades de classe da magistratura foram ao STF reclamar dos cortes de verbas. Segundo o pedido, a DPU havia calculado seus gastos com pessoal em R$ 245 milhões. O órgão incluiu nessa conta diversos projetos de lei que tramitam no Congresso e pretendem aumentar o salário dos defensores, criar carreiras de apoio, cargos em comissão e gratificação por acumulação de cargos — à semelhança do que foi aprovado recentemente para os membros do Ministério Público da União. O governo, no entanto, reduziu a verba para R$ 10 milhões. (Conjur)
Mortalidade no trânsito
Belo Horizonte é a cidade brasileira que tem a maior taxa de mortalidade no trânsito entre as que possuem as maiores frotas de veículos. Os dados são do DataSus, sistema de estatísticas do Ministério da Saúde, relativos a 2012. Os números foram apresentados nesta segunda pela empresa Michelin, que realiza projeto para maior conscientização da responsabilidade ao dirigir. De acordo com o levantamento, a capital mineira teve uma taxa de 22,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes. O número é praticamente o dobro do registrado em São Paulo, onde a taxa de mortalidade foi de 11,8. Foram avaliadas outras cinco capitais. A menor taxa foi a de Porto Alegre (11,6). Já a mais violenta, depois de Belo Horizonte, foi Brasília, com 20,6. O que mais contribui para que a cidade seja a mais violenta no trânsito é a mistura entre tráfego rodoviário e urbano. Pelo menos essa é a avaliação do especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati. “Belo Horizonte talvez seja a capital brasileira que mais sofra com o impacto de rodovias. São vários os casos de estradas que, de repente, se transformam em avenidas urbanas”, explicou. (O Tempo)
Pedro I
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/MG) embargou a implosão da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, marcada para 14 de setembro. O motivo, segundo o órgão, é o “risco iminente” de acidente de trabalho. Para que a ação seja liberada, a Cowan, empresa responsável pela demolição, deverá entregar um novo projeto, já que o atual, conforme a superintendência, tem informações “insatisfatórias”, “sem indicação de sequência temporal para execução e sem previsão de datas”. De acordo com o órgão, a construtora Cowan não esclareceu em que consiste os procedimentos envolvidos nas obras, especialmente em que se constitui a “adequação de cibramento” ou a “retirada de torres”. “Tudo indica que o carregamento de explosivos será efetuado sem que o tabuleiro do viaduto esteja apoiado pelas peças de reescoramento. São reais os riscos de colapso do bloco de fundação sob o Pilar P5 da alça norte, seguido do desabamento do tabuleiro sobrejacente”, explicou a SRTE/MG. (Rádio Itatiaia)
HPV
Três adolescentes de Bertioga, no litoral norte de São Paulo (103 km da capital), estão internadas por suspeita de reações provocadas pela vacina contra o HPV (papilomavírus humano). A vacina, administrada a adolescentes entre 11 e 13 anos, protege contra o câncer de colo de útero. As menores relataram sintomas comuns: dor de cabeça, vermelhidão pelo corpo e o mais grave, perda de sensibilidade nas pernas. Entre quarta (3) e quinta-feira (4) desta semana, os mesmos sintomas foram relatados por outras oito adolescentes de Bertioga, que também receberam uma dose da vacina. Elas foram internadas no Pronto-Socorro da cidade, mas já receberam alta hospitalar. Todas as adolescentes que sofreram alguma reação supostamente contrária à vacina são estudantes da Escola Estadual William Aureli, localizada no Jardim Rio da Praia.
Foi na escola que todas elas receberam uma dose da vacina. Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Bertioga diz que ainda não é possível associar os sintomas relatados pelas menores à vacina. "O lote com as doses que foram administradas nas adolescentes estava com prazo de validade em dia e refrigerado", afirma a assessoria. O mesmo lote, reafirma a assessoria, continua sendo utilizado no Estado, por recomendação da Secretaria Estadual de Saúde. Duas das três menores internadas chegaram a ser liberadas nesta sexta-feira, mas, horas depois, voltaram a ser hospitalizadas devido à manifestação dos sintomas. Neste sábado (6), uma terceira vítima diagnosticada com as mesmas reações também foi hospitalizada. (Hoje em Dia)
Efeito estufa
A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu novo recorde em 2013, devido a crescentes níveis de dióxido de carbono, anunciou hoje (9), em Genebra, a Organização Meteorológica Mundial (OMM). No relatório anual sobre as concentrações de gases de efeito estufa, a agência das Nações Unidas indica que a taxa de crescimento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera entre 2012 e 2013 representa o maior aumento anual em 30 anos. “Nós sabemos, sem sombra de dúvida, que o nosso clima está mudando e que as condições meteorológicas estão se tornando cada vez mais extremas devido às ações humanas”, disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, citando o exemplo do uso dos combustíveis fósseis. Nesse sentido, Jarraud deixou o apelo: “Temos de reverter essa tendência e cortar as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa em toda a linha”. “Estamos ficando sem tempo”, alertou o secretário, em comunicado. De acordo com o relatório divulgado hoje, as concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso alcançaram novos índices. Em 2013, o dióxido de carbono na atmosfera subiu 142% face ao que era na época pré-industrial (1750), enquanto as de metano e óxido nitroso subiram, respectivamente, 253% e 121%. O oceano absorve hoje em dia cerca de um quarto das emissões totais de dióxido de carbono e a biosfera fatia idêntica, limitando assim o crescimento desse gás na atmosfera. (Agência Brasil)
Sou da paz
O Instituto Sou da Paz lançou ontem (8) a campanha "Eu acredito no caminho de volta", que objetiva estimular a adoção de penas alternativas à prisão, no caso de pessoas detidas por tráfico de pequeno volume de drogas, os chamados microtraficantes. Em um site interativo, com infográficos e informações de estudos científicos, o instituto apresenta dados que apontam penas como trabalho em instituições educativas como melhores para quem cometeu crime pela primeira vez e sem violência, bem como para a sociedade, em geral. O jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil, Luiz Flávio Gomes, acredita que punições de caráter educativo têm maior capacidade de recuperar e garantir a efetiva convivência social das pessoas que cumprem penas. Ele destaca que, hoje, o Brasil já é o terceiro país em termos de população carcerária, o que não tem significado redução da violência. Para Gomes, a “prisão é o último caso”, por isso, “uma campanha como essa pode suavizar, amenizar a crise do sistema carcerário. E o melhor: você pode recuperar pessoas”, afirma. A adoção de medidas como pagamento de multa, trabalho comunitário, uso de tornozeleiras eletrônicas para pessoas que estão no regime aberto não depende de mudança nas leis, já que são iniciativas previstas no Código Penal. Para o coordenador de Sistemas de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, é preciso “que os juízes e a população passem a fazer essa defesa, entendendo que o caminho que o Brasil tem tomado não interfere só na vida dos presos, mas na das pessoas que estão fora do sistema”. (Agência Brasil)