Davos

O presidente Jair Bolsonaro está reavaliando sua ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, evento que ocorrerá entre os dias 21 e 24 deste mês. A viagem, que estava praticamente confirmada, passou a ser dúvida em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio depois do ataque das forças armadas dos Estados Unidos, no Iraque, que resultou na morte de um dos militares de alta patente mais importantes do Irã, o general Qassem Soleimani. "O mundo tem seus problemas, questão de segurança. Pode ser, de acordo com o que acontecer [no Oriente Médio] até lá, a gente acompanha, geralmente via GSI [Gabinete de Segurança Institucional], via Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e até via Polícia Federal, e outras fontes, o que acontece no mundo", afirmou a jornalistas após uma reunião no Ministério das Minas e Energia, em Brasília. Já a viagem para a Índia, no mesmo período, está mantida, garantiu Bolsonaro. O presidente brasileiro é convidado especial para as comemorações do Dia da República da Índia, celebrado em 26 de janeiro.  (Agência Brasil)

Dallagnol

O corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, determinou o arquivamento de seis das 23 reclamações disciplinares apresentadas ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador da República, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. Cinco despachos foram assinados digitalmente por Lima em menos de 20 minutos, entre 18h51 e 19h07, no último dia de trabalho de 2019, em 19 de dezembro. Um deles foi assinado às 14h12 do mesmo dia. As reclamações foram apresentadas por um grupo de deputados, pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), além de entidades de classe, como a Associação Nacional dos Desembargadores (Andes), e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). Dallagnol era acusado de receber R$ 33 mil para realizar palestra e gravar vídeo promocional para a Neoway Tecnologia - investigada na Lava Jato. O grupo de deputados também afirmava que o procurador realizou encontro secreto organizado pela XP Investimentos, além de apontar "descaso" de Deltan "com os compromissos do Ministério Público para finalidades extralegais e idiossincráticas." Em sua defesa, Deltan alegou que não foi pago para dar a palestra, e que foi "movido por interesse institucional de promover o combate à corrupção e foram abordadas apenas informações públicas, o que estaria alinhado aos objetivos institucionais de promover o tema de combate à corrupção". O corregedor nacional do MP apontou que não é vedado aos membros da Procuradoria realizar palestras. "O Conselho Nacional do Ministério Público tem tratado de forma indistinta o conteúdo da atividade docente (jurídico ou não jurídico), desde que se correlacione com a transmissão de conhecimentos em qualquer forma, até mesmo atuando o membro como instrutor." (Agência Estado)

Doença

quadro clínico mais comentado em grupos de WhatsApp nos últimos dias, principalmente entre moradores do Bairro Buritisna Região Oeste de Belo Horizonte, já é comum a pelo menos sete pacientes em Minas Gerais. É o que garante nota técnica da Secretaria de Estado de Saúde. Segundo a nota do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), os sintomas de insuficiência renal aguda de evolução rápida (em até 72 horas) somada a alterações neurológicas já atingem cinco moradores de Belo Horizonte, um de Juiz de Fora e um de Ubá (ambas na Zona da Mata). Entre as alterações neurológicas apresentadas pelos pacientes, o documento destaca: paralisia facial, borramento visual, amaurose (perda da visão parcial ou totalmente), alteração de sensório e paralisia descendente. Os pacientes apresentam um ou mais desses sintomas, segundo o documento da saúde pública. No início, conforme a nota, também sentem sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vomito e/ou dor abdominal). A nota técnica do órgão de saúde se dirige aos profissionais de saúde de Minas Gerais. O documento recomenda que a equipe médica que se deparar com esses sintomas em algum paciente comunique, imediatamente, o Cievs-Minas. O objetivo da nota técnica é o “esclarecimento diagnóstico” e a “busca de novos casos”. Exames laboratoriais estão sendo realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed) para definição exata da doença. (Estado de Minas)

Ônibus

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) usou o Twitter para se manifestar sobre o imbróglio envolvendo o aumento de 5,5% no preço das passagens de ônibus da capital mineira. A publicação de Kalil foi feita na noite dessa segunda-feira (6), depois de a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciar que conseguiu barrar na Justiça o aumento pedido pelas empresas, que querem o reajuste de R$ 4,50 para R$ 4,75. (Rádio Itatiaia)

Ônibus I

A disputa pelo acréscimo ou manutenção na tarifa começou no dia 19 de dezembro, quando, após uma reunião com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), o prefeito Alexandre Kalil (PHS) negou subir o valor. As empresas foram à Justiça. No dia 27 daquele mês, o Judiciário atendeu ao pedido do Consórcio Dez, uma das empresas, com a alegação de que o contrato assinado em 2008 prevê reajustes anuais. O consórcio destacou que a manutenção do valor atual causará danos às empresas e que o serviço prestado é essencial à coletividade, sendo necessária a correção anual para que possa ter continuidade.Mas nesse fim de semana a Justiça acatou tese da prefeitura em relação à inexequibilidade da decisão liminar. Entre outras razões, “por existir uma demanda proposta pela Defensoria Pública, em junho de 2019, que impõe a não aplicação de qualquer novo reajuste ou acréscimo até que sejam integralmente cumpridas e comprovadas as obrigações dos Consórcios no sentido de manter em todo veículo destinado ao transporte coletivo um motorista e um agente de bordo no horário de 6h às 20h30 em todas as linhas”, diz trecho da decisão. A Procuradoria Geral do Município ressalta que, embora a decisão tenha efeitos provisórios, “não haverá reajuste até que nova decisão judicial seja proferida”. Em agosto, Kalil afirmou que só haveria aumento nas passagens se as empresas de ônibus contratassem 500 cobradores, pois era frequente a ausência dos funcionários nos coletivos. Em outubro, o prefeito manteve o posicionamento, mas o Setra-BH informou que 501 novos profissionais haviam sido contratados. (Rádio Itatiaia)

Pampulha

Um dos visuais mais marcantes da capital já pode ser, novamente, palco das celebrações do amor. A Igreja São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, abre nesta terça-feira (7) a agenda para casamentos em 2020 e 2021. Noivos interessados em realizarer a cerimônia no local devem comparecer a partir de 14h ao Centro Pastoral da Paróquia Santo Antônio da Pampulha, na rua Miramar, 140, bairro Jaraguá. A partir de quarta-feira (8), o agendamento deve ser feito na secretaria da mesma paróquia, de terça a sexta-feira, das 9h às 11h e das 14h às 18h, e aos sábados, das 16h às 18h. Segundo a Arquidiocese de Belo Horizonte, o casal não precisa levar documentos, só a data que deseja reservar. Outros detalhes serão repassados no local. O valor para se casar na capela ainda não foi definido. A arquidiocese informou que a agenda foi aberta para que os noivos já tenham a definição adiantada antes de partir para outros preparativos do casamento. O templo foi fechado em 2017 para reformas estruturais e, à época, gerou insatisfação entre pessoas que tinham casamentos marcados. Em 2016, os noivos começaram a ser comunicados sobre o cancelamento das cerimônias. Segundo a arquidiocese, hoje, a situação já está resolvida, uma vez que foram disponibilizadas outras paróquias para as celebrações. (Hoje em Dia)

Irã

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira, 6, que a encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, Maria Cristina Lopes, foi convocada pela chancelaria iraniana. Segundo o Itamaraty, o teor da conversa é reservado e não será divulgado. O embaixador do Brasil no Irã, Rodrigo Azeredo, está de férias. Na semana passada, o principal general iraniano, Qassim Suleimani, foi morto em um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o presidente americano, Donald Trump, o ataque serviu para "parar" uma guerra, não iniciar uma. Um dia após o ataque, o Itamaraty divulgou nota na qual disse apoiar a "luta contra o flagelo do terrorismo". Na nota, o governo brasileiro condenou um ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, cidade onde Suleimani foi morto, mas não condenou a morte do general iraniano. "Informamos que a Encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, assim como representantes de países que se manifestaram sobre os acontecimentos em Bagdá, foram convocados pela chancelaria iraniana. A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática", informou o Ministério das Relações Exteriores. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, antes de o Itamaraty divulgar a nota, que o Brasil não se manifestaria sobre o assunto por não ter "poderio bélico". Bolsonaro afirmou ainda que conversaria com autoridades americanas porque os dois países são aliados em muitas questões. "Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria", afirmou o presidente na ocasião. Um dos efeitos da crise entre Estados Unidos e Irã foi o aumento no preço do barril de petróleo. No Brasil, Bolsonaro tem afirmado que o governo não vai interferir no preço dos combustíveis, mas que a alta é o que "mais preocupa" neste momento. Nesta segunda-feira, o presidente se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. (Agência Estado)

Irã I

Uma confusão durante o funeral do general Qassim Suleimani deixou dezenas de mortos na cidade de Kerman. Segundo o site Young Journalists Club, ligado à TV estatal do país, foram ao menos 40 mortes e 213 feridos. Não há detalhes ainda sobre o que causou o tumulto, ocorrido em meio a um cortejo que reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas da cidade natal do general. Imagens mostram pessoas caídas no chão, com os rostos cobertos, enquanto equipes de resgate tentavam reanimar outros feridos. Devido à tragédia, o enterro do general foi adiado, segundo a agência ISNA. A nova data não foi informada. Suleimani foi morto por um ataque dos EUA na sexta (3) no Iraque. Ele foi uma das autoridades com mais poder no Irã, e é considerado um herói no país. Seu corpo foi levado a várias cidades do Irã nos últimos dias, em cortejos que atraíram multidões. Em Teerã, centenas de milhares de pessoas foram ao funeral na segunda (6). O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, chorou enquanto fazia orações em frente ao caixão. “Nossa vontade é firme. Dizemos aos nossos inimigos que nos vingaremos e que se [atacarem novamente] incendiaremos aquilo que eles amam”, disse na cerimônia em Kerman o comandante interino da Guarda Revolucionária, Hosein Salami. (Folha de S. Paulo)