Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que continuará à frente da pasta, mas pediu "paz" para continuar a trabalhar. Em conversa com jornalistas, transmitida ao vivo em redes sociais, Mandetta reclamou de críticas que trazem dificuldade ao ambiente da sua equipe, mas disse que reunião desta segunda-feira, 6, com o presidente Jair Bolsonaro e outros ministros trouxe mais "união" ao governo. "Começamos a semana com mais um solavanco, esperamos que possamos seguir em paz", disse. Mandetta afirmou que muitas vezes o trabalho da pasta sofre interferências de forma "constante". "Temos dificuldade quando, em determinadas situações, por determinadas impressões, críticas não vêm para construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho", disse o ministro. "E isso vem uma constante, o Ministério da Saúde adotar determinada linha, situação e termos que voltar, fazermos determinados contrapontos para poder reorganizar a equipe", declarou. Mandetta afirmou, ainda, que esta segunda-feira foi pouco produtiva no Ministério da Saúde por causa dos boatos de que poderia ser demitido. Ele sinalizou que, caso isso acontecesse, toda a equipe também pediria para sair. Mandetta falou ao lado de todos os secretários e com a presença de outros membros da equipe, que o aplaudiram ao chegar. (Agência Estado)

Zema

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou em entrevista à Itatiaia nesta segunda-feira acreditar que, devido à pandemia da covid-19, eventos com aglomerações só devem voltar a ser realizados no estado a partir de junho. “Eu penso que antes de maio nenhuma escola funciona, cinema, casa de shows, jogos de futebol, que é onde temos centenas ou milhares de pessoas. Esse isolamento que está em vigor precisa continuar. Aqueles que não dependem de sair de casa, devem ficar”, afirmou. O governador ressaltou a importância do distanciamento físico entre as pessoas. “A população de risco e quem convive com ela precisa tomar todos os cuidados porque estaremos salvando vidas fazendo o certo”, disse. Confira aqui entrevista com Romeu Zema que foi ao ar no Jornal da Itatiaia 1ª Edição desta segunda-feira. (Rádio Itatiaia)

Covid-19

Passados 40 dias desde a confirmação do primeiro caso da covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que o país chegou a 12.056 casos confirmados e 553 mortes pelo coronavírus. A taxa de letalidade está em 4,6%. Foram 926 novos casos e 67 mortes registradas apenas nas últimas 24 horas. No domingo, a contagem do Ministério da Saúde estava em 486 mortes pela doença e 11.130 casos confirmados. Os números são de registros oficiais, mas projeções matemáticas sugerem que eles representam apenas 10% do total real de infectados. Conforme mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, para calcular o número real de casos de coronavírus no País, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, vai usar uma metodologia similar à de pesquisas eleitorais. Os testes começam em 15 dias, e antes do fim de maio o país já deve ter uma dimensão mais clara da epidemia. Originalmente, o objetivo do projeto era fazer o levantamento de forma experimental somente no Rio Grande do Sul, com financiamento de R$ 1 milhão do Instituto Serrapilheira. Mas o Ministério da Saúde logo percebeu o potencial da ideia. Antes que os técnicos fossem a campo no Sul, firmou um contrato para uma pesquisa de abrangência nacional. Será o primeiro estudo no Brasil a estimar o número de infectados com maior precisão. (Agência Estado)

Covid-19 I

Minas Gerais tem 525 casos confirmados do novo coronavírus, 47.715 suspeitos, nove mortes e outros 119 óbitos em investigação. O balanço foi divulgado na manhã desta segunda-feira pela Secretaria Estadual de Saúde. Em relação aos dados divulgados no domingo (5), houve aumento de 27 infecções e três mortes. Segundo a secretaria, as mortes suspeitas aguardam a realização de exames laboratoriais e levantamento de informações clínicas e epidemiológicas. Até o momento foram notificados 192 óbitos suspeitos, sendo 64 descartados para covid-19. Os novos óbitos são de um homem de 82 anos, residente em Belo Horizonte, portador de hipertensão arterial e hipotireoidismo. Os outros dois são homens de 72 anos, das cidades de Montes Claros e Ouro Fino, que não apresentavam comorbidades. BH já tinha outros 3 óbitos confirmados, seguido de Uberlândia com 2 e Mariana com 1. Em Minas, 64 munícipios já registraram casos confirmados do novo coronavírus. Belo Horizonte está em primeiro lugar com 260 casos, seguido de Juiz de Fora (39), Nova Lima (37), Uberlândia (33), Divinópolis (15), Contagem (13) e Uberaba (11). Betim (6), Lagoa da Prata, Patrocínio e Pouso Alegre (5) Muriaé, Patos de Minas, Sabará e Varginha (4), Lavras, São João Del Rei, Sete Lagoas e Timóteo (3), Araguari, Governador Valadares, Janaúba, Mariana, Nanuque, Poços de Caldas e Santo Antônio do Monte (2). Alfenas, Arcos, Barbacena, Boa Esperança, Bom Despacho, Cambuí, Campo Belo, Campos Altos, Capitólio, Carmo da Cachoeira, Carmo do Cajuru, Centralina, Coronel Fabriciano, Divinésia, Esmeraldas, Extrema, Formiga, Frutal, Guimarânia, Ipatinga, Itabira, Jeceaba, Machado, Manhuaçu, Matozinhos, Paracatu, Paraisópolis, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Santana do Paraíso, Sarzedo, Senador Amaral, Serra do Salitre, Toledo, Ubá e Unaí registraram (1) caso. Nove confirmados são de outro estado ou país. (Rádio Itatiaia)

PIB

As medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio e das escolas, comprovadamente evitam a propagação do novo coronavírus, mas representam desafios para a economia. A quarentena, de fato,  altera o ritmo dos setores que geram riqueza, com tendência a levá-los para a retração, devido à quantidade menor de gente circulando nas ruas e consumindo. Isso significa redução do dinheiro que movimenta a economia. Segundo estudo exclusivo elaborado pela Fundação João Pinheiro (FJP), de Belo Horizonte, Minas Gerais poderá sofrer com encolhimento de 2,3%, na melhor hipótese, da sua produção de bens e serviços, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, em razão dos efeitos da pandemia. A projeção considerada realista, base dos cenários traçados pela FJP, é de retração de 3,1% e na estimativa pessimista, a queda seria de 3,9%, frente a 2019. O estudo foi feito sob a coordenação da diretora de estatística e informação da fundação, a economista Eleonora Cruz Santos. O que deixa a situação ainda mais preocupante é que o ano passado não foi um bom período para o estado, que registrou queda de 0,3% do PIB frente a 2018, avaliado em R$ 632 bilhões. Eleonora Santos explica que o estudo foi feito pela equipe da FJP a partir de dados de 30 de março de 2020 e que, com a evolução da crise da pandemia no mundo, os cenários se modificam rapidamente. “O cenário pessimista está se tornando o cenário-base, o mais realista”, observa. Um dos fatores que influenciam nos cenários, por exemplo, foi o anúncio do governo da China de que comprará soja apenas dos Estados Unidos por uma questão de segurança. (Estado de Minas)

Redução de salários

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (6) que os sindicatos devem ser comunicados em até dez dias sobre os acordos individuais entre empresas e empregados no caso de redução de salários e de jornada de trabalho. Na decisão, o ministro atendeu pedido da Rede Sustentabilidade para considerar ilegal parte da Medida Provisória 936/2020, editada para preservar o vínculo empregatício durante os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia. No entendimento de Lewandowski, os sindicatos não podem ser excluídos das negociações individuais. “O afastamento dos sindicatos de negociações, entre empregadores e empregados, com o potencial de causar sensíveis prejuízos a estes últimos, contraria a própria lógica subjacente ao Direito do Trabalho, que parte da premissa da desigualdade estrutural entre os dois polos da relação laboral”, decidiu. Na ação, a Rede contestou a legalidade do artigo da MP que definiu que os “acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho deverão ser comunicados pelos empregadores ao respectivo sindicato laboral, no prazo de até dez dias corridos, contado da data de sua celebração”. Na decisão, Lewandowski acrescentou que, após ser comunicado sobre o acordo individual, o sindicato poderá propor a negociação coletiva. Em caso de inércia, fica mantido o acordo individual. (Agência Brasil)