O déficit no sistema prisional mineiro chega a 26 mil postos. No encontro de hoje, são discutidas a situação dos presídios e dos presos, além de possíveis licitações para acelerar reformas das cadeias

Uma reunião entre representantes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Defensoria Pública de Minas Gerais, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e promotor da Coordenação Criminal Estadual Marcelo Mattar discutiu, na manhã nesta quinta-feira, a crise do complexo prisional do estado.

O Estado de Minas mostrou hoje que unidades da Polícia Civil, onde policiais militares estão sendo obrigados a esperar mais de 13 horas para encerrar boletins de ocorrência em Belo Horizonte. Equipes de PMs estão tendo que se revezar para cuidar dos detidos, inclusive fornecendo alimentação, até que surjam vagas, enquanto penitenciárias, presídios e centros de remanejamento estão superlotados, alguns inclusive proibidos pela Justiça de receber detentos.

O déficit chega a 26 mil postos, segundo a Seds. Em 1º de janeiro, a Suapi abrigava 55.267 presos, com estrutura para 32 mil. Na última terça-feira, o número de internos chegou a 58.603 - 3.336 a mais em 125 dias.

No encontro de hoje, são discutidas a situação dos presídios e dos presos, além de possíveis licitações para acelerar reformas das cadeias. O secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, chegou a dizer, na quarta-feira, que escolas desativadas poderão ser adaptadas para abrigar presos em Minas.

Fonte: Estado de Minas