No dia 25 de maio é celebrado o Dia Nacional da Adoção e o Judiciário e a Magistratura realizaram uma séria de ações para marcar a data. A Amagis apoia as iniciativas em prol da adoção, por isso criou a Coordenadoria da Infância e Juventude que atua em projetos com esta temática, entre outras.
O juiz Ricardo Rodrigues de Lima, da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Juiz de Fora, integrante da Coordenadoria da Infância e Juventude da Amagis, gravou vídeo para explicar como acontece o processo de habilitação dos interessados na adoção e a importância do tema. “O sistema de adoção no Brasil é gerido nacionalmente e, para a inclusão dos interessados, existe um processo rígido de habilitação onde se faz todo um trabalho psicossocial e uma análise jurídica da possibilidade daqueles interessados chegarem a adoção”, disse o magistrado.
De acordo com ele, o maior gargalo atualmente é com relação à adoção tardia, que surge devido a um preconceito dos interessados de acharem que a criança com pouca idade se adapta melhor ao processo ou ao ambiente da adoção.
“O maior gargalo da adoção, hoje, no Brasil, são as crianças com mais idade. Só para se ter uma ideia, nós temos 80% de crianças e adolescentes inscritos no cadastro e disponíveis para adoção que contam com mais de 8 anos de idade. É preciso que se crie no Brasil uma consciência e se dê abertura para o acolhimento por meio da adoção dessas crianças e desses adolescentes. Adoção é um ato de amor e, para este ato, não se deve limitar em razão da idade. Adoção é o caminho que conseguimos para se dar carinho, proteção e amparo a pessoas que passaram parte de suas vidas em um ambiente de risco ou vulnerabilidade”, esclarece Ricardo Rodrigues.
A diretoria da Coordenadora da Infância e Juventude da Amagis e do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (CIA-BH), juíza Riza Nery, avalia que a realização da Semana de Mobilização para Adoção é de grande importância para esclarecer a sociedade sobre os procedimentos da adoção e conscientizar a população de que não existe diferença no perfil da criança a ser adotada, seja de idade, cor ou raça, mas todas estão ali necessitando de um lar.
“As pessoas interessadas na adoção reclamam, às vezes, da demora do processo da adoção, mas o que na realidade acontece é o perfil que desejam, como bebê recém-nascido, ser mais difícil. Temos crianças acima de 3 anos, mas que não temos um público para adotar esse perfil, que não são aceitas pelos pretensos pais adotivos”, observa a juíza.
A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes lançou, em 2021, livro organizado pela desembargadora Mariângela Meyer Pires Faleiro, o livro ‘Adoção - Corações que se abriram para acolher e amar’, que conta histórias reais, de famílias e pessoas transformadas pela adoção. Acesse a versão digital do livro aqui.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançou a Semana de Mobilização para Adoção com o tema “Escolher adotar é escolher amar”, que tem o objetivo de encorajar as famílias a iniciarem o processo de adoção de crianças, adolescentes e pessoas com enfermidades ou com deficiência.
Atualmente, quase 10 mil crianças estão na espera para adoção no País.