O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (12) a indicação de Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. Foram 74 votos a favor, um contra e uma abstenção. Ela deve tomar posse em 17 de setembro, quando acaba o mandato do atual procurador-geral, Rodrigo Janot.
Mais cedo, ela havia sido sabatinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde foi aprovada por unanimidade. O relator da indicação foi o senador Roberto Rocha (PSB-MA).
— Pela primeira vez na história CCJ um candidato à Procuradoria-Geral da República foi aprovado pela unanimidade dos titulares. No Plenário, quase a unanimidade. A procuradora Raquel Dodge tem 30 anos de Ministério Público. E, pela primeira vez em sua história, o MPF tem uma mulher como chefe — afirmou Roberto Rocha.
O presidente do Senado, que geralmente só vota em situações de empate, defendeu o nome de Raquel Dodge em Plenário. Eunício Oliveira acompanhou a sabatina da indicada na CCJ).
— Vi a apresentação da nova procuradora. Acompanhei as respostas ao relator e, de tão convencido que fiquei, votei aqui também no dia de hoje. Nunca houve indicação [à PGR] aprovada com quórum tão elevado e favorável a candidato submetido a esse Plenário — disse Eunício.
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) destacou “a alegria” da bancada feminina com a aprovação de Raquel Dodge.
— Todos na CCJ ficamos muito impressionados. Pela competência, o bom senso, o equilíbrio e a delicadeza nas expressões e ao mesmo tempo a contundência. Essa votação vai fazer muito bem ao Brasil, que quer uma PGR nas mãos de uma mulher com a competência dela — disse Marta.
O senador Hélio José (PMDB-DF) destacou a origem da conterrânea Raquel Dodge, que nasceu na cidade goiana de Morrinhos. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ressaltou a votação expressiva que a candidata recebeu em plenário.
— O Senado jamais aprovou com quórum tão alto. Foram 74 votos favoráveis. Isso mostra indiscutivelmente o quanto Raquel Dodge sensibilizou os senadores com suas respostas, seu conteúdo e sua capacidade de atacar e combater a corrupção no país — afirmou Caiado.
Fonte:Agência Senado