O Supremo Tribunal Federal expediu mandados de prisão contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) e mais três condenados na AP 470, o processo do mensalão. A Polícia Federal já recebeu a ordem do tribunal, que inclui o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane e os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Bispo Rodrigues (PR-RJ).
Até a tarde desta quinta-feira (5/12), ninguém estava preso. A PF ainda não havia definido se mandaria equipes atrás dos condenados ou se aguardaria a apresentação deles.
Costa Neto foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Pedro Corrêa e Bispo Rodrigues foram condenados pelo mesmo crime e pegaram mais de seis anos de prisão cada um. Já Samarane terá de cumprir 8 anos e 9 meses após a condenação por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, não determinava novas prisões desde o dia 15 de novembro, quando foram expedidos 12 mandados, que incluíram o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Dez deles estão na prisão. Genoino está na casa de um familiar, após ser levado a um hospital em Brasília. Já o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu para a Itália e é considerado foragido.
Costa Neto e outro três se entregam
Os quatro condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que tiveram a prisão decretada nesta quinta-feira (5/12) pelo Supremo Tribunal Federal já se apresentaram para começar o cumprimento das penas.
O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-MT) foi o primeiro a se entregar, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele foi seguido de Vinícius Samarane, ex-diretor do Banco Rural. Valdemar Costa Neto (PR-SP), que renunciou ao mandato na Câmara assim que a ordem de prisão foi anunciada, e o ex-deputado federal Bispo Rodrigues se entregaram diretamente na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
Costa Neto, Pedro Corrêa e Bispo Rodrigues foram condenados por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Samarane terá foi responsabilizado pelos crimes de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
Ao todo, 15 dos 25 réus condenados no processo cumprem pena. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, fugiu para a Itália e é considerado foragido. Com informações da Agência Brasil.