O mutirão é uma iniciativa da 3ª vice-presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que tem à frente a desembargadora Márcia Milanez. Segundo o secretário-geral do Juizado de Conciliação, Juliano Veiga, a intenção é que esse movimento seja estendido para mais comarcas do Estado.
Raimundo Messias iniciou o curso definindo conciliação e mediação. De acordo com o juiz, entender esses conceitos é importante para saber que o ambiente da audiência deve ser da figura do mediador. E comparou o mediador ao árbitro de boxe. Ele simplesmente fica observando a distância e só separa “as partes” quando há conflito, afirma. Já o conciliador não pode ser inerte, deve entrar em campo para resolver o problema, contudo deve ser imparcial.
O palestrante disse ainda que cerca de 90% das vítimas nos processos que envolvem o seguro DPVat são pessoas carentes que necessitam da indenização. Portanto o conciliador tem a função de mostrar aos interessados que solucionar o conflito o mais rápido possível é a melhor saída. E que o bom acordo é alcançado quando cada um cede um pouco.
Por fim, algumas características necessárias ao bom conciliador foram destacadas pelo magistrado. O conciliador não deve insinuar adiamento de decisão, não pode perder o equilíbrio e o respeito pelas partes e não pode ser omisso.
O mutirão será realizado no Fórum Lafayette. A expectativa é que sejam solucionados 2.189 processos, sendo que por dia serão efetivadas 432 audiências.
Fonte: TJMG