O presidente da Amagis, desembargador Alberto Diniz, participou, na tarde desta segunda-feira, 9, da inauguração, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) da primeira unidade feminina da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), Centro de Reintegração Social Joaquim Alves de Andrade, em Belo Horizonte. Na ocasião, o desembargador Joaquim Alves de Andrade (in memoriam) foi homenageado com descerramento de seu retrato.

O presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias, destacou a satisfação em inaugurar essa unidade feminina da Apac, salientando que sua realização é fruto do trabalho participativo e colaborativo junto a segmentos da sociedade e que o sistema Apac é um sucesso devido ao seu pequeno índice na reincidência.  

O vice-presidente Administrativo da Amagis e juiz auxiliar da presidência do TJMG, Luiz Carlos Rezende e Santos, lembrou que o desembargador Joaquim Alves de Andrade foi um dos responsáveis pela disseminação das Apacs no Estado, sempre levando uma mensagem de respeito e amor aos apenados.

A presidente da Apac feminina de Belo Horizonte, Lauriene Aires Queiroz, falou da missão das Apacs na recuperação das apenadas lembrando de todo o processo e parceiros para a construção do estabelecimento.

O presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus, disse conhecer a importância do método Apac para a ressocialização, chegando a 90%, o que segundo ele, índice inverso do sistema convencional.

O vice-governador Paulo Brant também elogiou o sistema Apac e disse que o governo de Minas apoia e incentiva a disseminação da metodologia apaqueana, que segundo ele, espera que possa substituir o modelo convencional.

O TJMG também concedeu a Medalha Jason Albergaria para o promotor Paulo Henrique Delicote, da Comarca de Patos de Minas, o diretor de Comunicação Empresarial da Cemig, Marco Antônio Lage, e para o secretário de Estado de Administração Penitenciária do Maranhão, Murilo Andrade de Oliveira.

Falando em nome dos homenageados, o promotor Paulo Delicote agradeceu a honraria e se disse também um entusiasta na causa da execução penal.

Instalada no Bairro Gameleira, região Oeste da capital, na rua Eugênio Ricaldoni, 440, a Apac será voltada para o público feminino e vai abrigar 142 recuperandas em cumprimento de pena nos regimes fechado e semiaberto.

O terreno de 6,5 mil metros quadrados destinado à unidade foi cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte. Foram investidos cerca de R$ 3 milhões na reforma do prédio que já existia no local. Desse montante, cerca de 85% vieram das penas pecuniárias e foram destinados pelo TJMG para o projeto. O Judiciário mineiro está contribuindo ainda com a doação de bens móveis, como mobiliário e equipamentos.