Há alguns anos, especialmente durante o período das chuvas de verão, o Brasil se mobiliza no combate à dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Recentemente, entretanto, o inseto passou a carregar consigo novas preocupações, de nomes curiosos e efeitos alarmantes. Os vírus chikungunya e zika, identificados no Brasil pela primeira vez em 2014 e 2015, respectivamente, tornaram ainda mais importantes as ações de combate ao mosquito.
No caso do zika, o perigo é ainda maior, uma vez que o Ministério da Saúde reconheceu a relação entre a doença e a microcefalia, malformação congênita em que o cérebro do bebê não se desenvolve de maneira adequada. De acordo com o boletim epidemiológico 01/2016 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), até 26 de dezembro de 2015, foram notificados um total de 2.975 casos suspeitos de microcefalia relacionada à infecção pelo zika. Entre o total de casos, foram notificados 37 óbitos suspeitos.
Diante desse cenário, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Gerência de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho (Gersat), mobilizou esforços para eliminar os criadouros do mosquito e orientar os funcionários nas ações de prevenção às doenças. Com o apoio da Assessoria de Comunicação Institucional (Ascom) e da Gerência de Acompanhamento e Gestão de Serviços Gerais (Geseg), a Gersat visitou prédios da capital, identificando as áreas mais propícias à infestação e orientando os responsáveis pela limpeza das edificações. Além do trabalho localizado, o TJMG implementou uma campanha interna de comunicação, para informar o público sobre as doenças, os tratamentos e a responsabilidade de cada indivíduo na proteção contra os vírus.
De acordo com a coordenadora de Qualidade de Vida no Trabalho do TJMG, Catarina Mafra, os locais mais afetados são os prédios que possuem área externa descoberta, jardins e locais com materiais acumulados – como copos, garrafas, tampinhas e sacolas plásticas descartados fora da lixeira –, as salas em que há plantas com pratinhos, vasos dentro de vasos e plantas aquáticas. “Percebemos que o risco muitas vezes se inicia com a desatenção dos usuários do espaço. A conscientização de todos e a adoção de cuidados são fundamentais para nos mantermos longe das doenças”, destacou a coordenadora. Ela lembrou que a única forma de combater a disseminação das enfermidades é eliminar o criadouro, evitando assim a reprodução e a proliferação do Aedes aegypti.
Após a fase de identificação das áreas de risco e a campanha de informação, a Gerência de Saúde permanecerá acompanhando periodicamente os esforços de prevenção e combate ao mosquito. Acesse o material de orientação preparado pela gerência na Rede TJMG ou consulte a página do Ministério da Saúde.
Fonte: TJMG