Talvez não seja uma temeridade dizer que, para boa parte da população mundial, 2020 está sendo um ano desafiador e duro. Contudo, muitos reconhecerão que a grave crise foi uma oportunidade para crescermos, principalmente na vivência da fé, e também para agradecer. A missa desta quarta-feira (7/10), na Sede do Judiciário estadual mineiro, comprovou isso.

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O pedido, que partiu de alguns integrantes da Corte mineira, foi acolhido pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Gilson Soares Lemes. A assembleia, respeitando as recomendações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, se recolheu para rezar, refletir, louvar e pedir forças para a caminhada.

Na homilia, o padre Gilson de Oliveira Filho lembrou que hoje se comemora Nossa Senhora do Rosário, também conhecida como Nossa Senhora das Vitórias. No século XVI, o Papa Pio V instituiu a festividade por causa da batalha de Lepanto, contra os otomanos, vencida pelos cristãos após a oração do terço e a invocação à proteção da mãe de Jesus.

 

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O presidente Gilson Lemes acolheu solicitação de colegas para autorizar a realização de missas mensais

O sacerdote falou da necessidade de as pessoas aprenderem a lidar com os conflitos e as situações de crise com menos ansiedade e mais confiança. Referindo-se à primeira leitura, que foi proferida pelo presidente Gilson Lemes, o padre lembrou que, depois de ter assistido à morte desonrosa e violenta do filho, numa situação que parecia de profunda derrota, Maria permaneceu fiel na oração, apoiando os discípulos. Segundo o padre Gilson, a característica de congregar, reunir e promover a unidade é predominantemente feminina.

“Trata-se de uma mulher que soube acolher a vontade de Deus. Nós também devemos fazer isso: no nosso coração, a Palavra do Evangelho precisa se tornar atitude. Vivemos uma fase de isolamento, distanciamento e, consequentemente, de adoecimento. Mas temos que entender que isso é apenas um momento, não é a eternidade, não vai durar para sempre. É preciso aceitar as demoras de Deus. Há um tempo para tudo”, afirmou.

 

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Padre Gilson convidou os presentes a se consagrarem a Nossa Senhora Aparecida

O padre recordou, ainda, a árdua tarefa dos magistrados, que exige dos profissionais, ao julgar, além do vasto conhecimento das leis e doutrinas e da capacidade de análise, a sabedoria inspirada pelo Espírito Santo, para que cada decisão seja marcada não só pelo saber humano, mas por uma justiça segundo os critérios de Deus, que nos leve a buscar relações mais fraternas e solidárias.

Estiveram presentes o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus; o ex-presidente do TJMG, José Fernandes Filho; o 1º vice-presidente da Casa, desembargador José Flávio de Almeida; o 2º vice-presidente, desembargador Tiago Pinto, superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef); o 3º vice-presidente, desembargador Newton Teixeira Carvalho; o vice-corregedor-geral de justiça, desembargador Edison Feital Leite; a superintendente adjunta da Ejef, desembargadora Mariangela Meyer, magistrados, funcionários e advogados.

As celebrações ocorrerão mensalmente, sempre na primeira quarta-feira de cada mês, às 17h, no saguão do Edifício Sede do TJMG, em Belo Horizonte (Avenida Afonso Pena, 4.001, Serra).

Fonte: TJMG