O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu 26 inscrições de interessados – que serão chamados investigadores - em participar dos testes públicos de segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições gerais de 2010 e nos componentes do sistema eletrônico de votação. Os testes de segurança ocorrerão de 10 a 13 de novembro deste ano, das 9h às 18h, no auditório do edifício-sede do TSE.

Durante os testes, os participantes poderão promover ataques aos componentes do sistema eletrônico de votação para verificar se são falhos ou suscetíveis a violações e fraudes. Os testes representam uma oportunidade para as comunidades acadêmica e científica e o meio partidário conhecerem em profundidade o sistema eletrônico de votação em uso pela Justiça Eleitoral.

"Em uma análise preliminar, constatamos que os planos de testes em geral são bastante consistentes. Isso nos traz uma expectativa de resultado muito produtivo para o aperfeiçoamento do processo automatizado eleitoral", afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.

O prazo de inscrições, aberto no dia 11 de setembro deste ano, terminou na segunda-feira (19). Inicialmente o encerramento estava previsto para o dia 13 de outubro. No entanto, em razão da greve dos Correios, o Tribunal o prorrogou até o dia 19.

Avaliação e Seleção


A partir de agora, a Comissão Disciplinadora dos Testes de Segurança avaliará os planos de testes propostos pelos interessados para saber se estão de acordo com os requisitos definidos pelo edital de convocação dos testes, publicado no Diário Oficial da União de 4 de setembro deste ano.

Até a próxima segunda-feira (26 de outubro), a Comissão divulgará no Diário Oficial da União a lista dos investigadores selecionados para a realização dos testes.

O auditório do TSE tem capacidade para cinco investigadores realizarem seus testes ao mesmo tempo. O TSE procurará fazer um agendamento para atender ao máximo possível de participantes. Alguns testes poderão ser realizados em um dia, outros em até quatro.

Requisitos

No ato de inscrição, feita pessoalmente ou via correspondência registrada no protocolo do TSE, o interessado precisou apresentar um plano de testes com uma descrição dos procedimentos que deseja realizar e os equipamentos que pretende utilizar na sua execução.

No plano, os participantes informaram como pretendem fazer para “atacar” o sistema eletrônico de votação e se a finalidade principal dos testes é tentar mudar o destino do voto, de um candidato para outro, ou tentar identificar em quem cada eleitor votou, quebrando o sigilo do voto.

Serão recusados testes que não puderem ser repetidos diante da Comissão Avaliadora e os de caráter destrutivo, que possam resultar em inutilização da urna eletrônica e de seus softwares.

Além disso, serão considerados mais expressivos os planos de testes que se destinarem a burlar mais barreiras em menos tempo. Outro critério para seleção de projeto será a abrangência do ataque, ou seja, a quantidade de procedimentos que serão objeto de tentativas de violação ou fraude.

O TSE aprovou os testes públicos de segurança na sessão administrativa realizada em 30 de junho deste ano.

Fonte: TSE