Os acusados, que respondem ao processo em liberdade, vão a júri popular porque os crimes estão relacionados a morte de Eliza. O julgamento, realizado no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, será conduzido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri.
Outras nove testemunhas foram arroladas. O primo do goleiro que denunciou o assassinato, Jorge Luiz Lisboa Rosa, deve prestar depoimento por meio de carta precatória. Serão ouvidos, também, a psicóloga Renata Garcia Costa, o policial Sirlan Versiani Guimarães, o ex-caseiro João Batista Alves Guimarães, o detento Jailson Alves de Oliveira, Tayara Júlia Dimas, Célia Aparecida Rosa Sales, o delegado Júlio Wilke e o vereador Edson Moreira, responsável pelo inquérito.
A previsão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) é de que o julgamento aconteça em dois dias. A fase dos debates deve durar nove horas, sendo que a acusação e defesa terão duas horas e meia cada uma. Para a réplica, o Ministério Público terá mais duas horas; para a tréplica, a defesa terá duas horas.
O goleiro Bruno, seu ex-braço direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", não vão ao julgamento. Eles já foram condenados.
Entenda o caso
Segundo a denúncia, em 6 de junho de 2010, Bruno, "Macarrão", Fernanda Gomes de Castro, então namorada do goleiro, e Jorge Luiz teriam sequestrado Eliza e seu filho. Com a ajuda de Dayanne, Sérgio Rosa Sales, Elenílson Vitor e "Coxinha", eles mantiveram a vítima em cárcere no sítio do atleta, em Esmeraldas. Depois de seis dias de cativeiro, a vítima foi levada ao encontro de "Bola", que a asfixiou. O cadáver dela nunca foi encontrado.
Quatro pessoas já foram condenadas até agora. Entre os condenados estão "Macarrão", que deve cumprir 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado; Fernanda, que foi condenada a cinco anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho; o ex-goleiro Bruno foi sentenciado a 22 anos e três meses pelo homicídio triplamente qualificado e pela ocultação do cadáver de ex-amante, além do sequestro do próprio filho; e "Bola", que foi condenado a uma pena de 22 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado e por ocultação de cadáver. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi a única a ser absolvida das acusações.
Fonte: Hoje em Dia