O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai descartar de forma ecologicamente correta urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 1996 a 2004 e que já não atendem ao processo eleitoral. É a primeira vez que a Justiça Eleitoral vai descartar as urnas e o Tribunal se preocupou em não causar danos ao meio ambiente. Assim, contratou uma empresa especializada em reciclagem.
São 59.233 urnas do modelo UE96, além de outros materiais como disquetes e bobinas de papel não utilizáveis ou com prazo de validade vencido. Ao todo, são 800 toneladas de sucata eletrônica e materiais correlatos.
O processo teve início com a Resolução 22.709, aprovada pelos ministros em fevereiro de 2008. O programa foi acompanhado pela Coordenadoria de Logística do TSE juntamente com a Comissão da Agenda Ambiental que buscaram uma solução para o descarte do material que envolve lixo tecnológico altamente nocivo ao meio ambiente. São mais de 26.147 quilos de disquetes, 209.792 quilos de bobinas e 94.570 baterias. Esse material, apesar de estar em desuso há anos, continua armazenado nos tribunais eleitorais de todo o Brasil.
História
As urnas que serão descartadas foram as primeiras fabricadas para a votação eletrônica no Brasil, utilizadas pela primeira vez em 1996. Na eleição municipal daquele ano, a Justiça Eleitoral adquiriu 77.469 urnas, utilizadas pelos votantes das capitais e nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Devido às atualizações e evolução da tecnologia das urnas eletrônicas, estes equipamentos se tornaram inúteis para o processo de votação.
Antes de contratar uma empresa para cuidar do descarte, a equipe do TSE fez um estudo aprofundado com desmonte, peça por peça da urna, para avaliar o que poderia ser reciclado, o que poderia ser reaproveitado e o que deveria ser destruído.
Fonte: TSE