Os desafios da atividade judicial são inúmeros e não conhecem limites geográficos, como demonstra o vídeo que viralizou recentemente na internet. Nele, um acusado avança sobre uma juíza enquanto ela julgava um pedido de liberdade condicional. O caso aconteceu na corte de Las Vegas (Estado de Nevada), nos Estados Unidos. A Amagis se solidariza com a colega norte-americana.
Veja o vídeo aqui.
Infelizmente, essa é a realidade a que estão expostos juízes e juízas também no Brasil, diante de situações que vão desde falta de cordialidade e agressões verbais até casos extremos como o que vitimou a juíza Patrícia Acioli, em 2011.
Essa realidade, que precisa ser enfrentada, justifica, por exemplo, o estabelecimento do exercício da Magistratura como atividade de risco.
Até mesmo dentro do próprio Judiciário, a Magistratura por vezes sofre incompreensões, quando uma parte dos servidores (uma pequena parte, registre-se) critica juízes e juízas de maneira leviana, como aconteceu recentemente quando um sindicato veio a público alegar como “privilégio” da Magistratura a compensação por acúmulo de funções administrativas ou processuais extraordinárias, devidamente regulamentada por resolução do CNJ e semelhante ao que fazem jus os membros do Ministério Público.
Ao contrário dos servidores, a Magistratura não recebe horas-extras (quem já participou de julgamentos, que muitas vezes duram dias e varam a madrugada, sabe bem). Qualquer compensação concedida, conforme regulamentação do CNJ, apenas mitiga o excesso de trabalho imposto à Magistratura. São levianas e falsas, portanto, campanhas cujos únicos objetivos são criar barulho e insuflar ainda mais a opinião pública contra a Magistratura, especialmente quando levadas a cabo por aqueles que têm direitos que a própria Magistratura não possui.
É importante ressaltar, novamente, que a grande maioria dos servidores, que são essenciais à atividade judicial, trabalha irmanada com juízes e juízas.
Apenas com serenidade, diálogo e respeito conseguiremos construir soluções para, cada vez mais, levar Justiça a quem precisa com segurança.