A 7ª Corrida do Judiciário, realizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília neste sábado, foi um sucesso de público e técnica. Em condições ideias de prova, ministros, servidores do Judiciário e do Legislativo e seus familiares, entre outros competidores, celebraram os dez anos de existência do evento.

Nascido como encontro de corredores do STJ, hoje é um evento consolidado no calendário esportivo da capital. Sinal disso foi os mais de 700 inscritos, a maioria servidores do Judiciário, oriundos de todas as regiões do país.

“O trabalho no Judiciário é extremamente estressante. Pesquisas do próprio STJ revelam o comprometimento emocional de todos – servidores e ministros – em razão da carga brutal de trabalho”, afirmou o ministro Og Fernandes, que deu largada à prova. “Para se manter a produtividade, é preciso a contrapartida pela instituição”, completou.

“A Corrida do Judiciário é uma realização do STJ plena de êxito. Ela integra e mobiliza a comunidade jurídica de todo o país”, afirmou o ministro.

Segundo o organizador da prova Sartre Gonçalves, o percurso único da Corrida do Judiciário valoriza o setor que começa a concentrar os principais órgãos do Judiciário federal e serve de motivação adicional para os competidores. Além do STJ, que promove a competição, os cenários incluem o Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a futura sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal de Contas da União (TCU).

Ainda de acordo com Sartre, o trajeto foi adaptado neste ano para favorecer o desempenho dos atletas. É que a corrida terminava em um aclive, que agora se localiza no início do percurso. “Mais que a atividade física, a prova serve para que os participantes se divirtam e confraternizem”, explicou.

Vasco Della Corrida

A equipe do desembargador convocado Vasco Della Giustina levou a união do gabinete para as ruas. “Quando eu os vi se organizando, resolvi participar. Passamos o dia todo sentados, a atividade física é fundamental, salutar”, disse o desembargador, que correu no time de revezamento do grupo. “É muito bom também nos encontrarmos em um ambiente diferente, de integração social. O Tribunal deve estimular essas iniciativas”, incentivou. A equipe conta com 20 pessoas.
Outro participante da prova foi o servidor do STJ Francisco de Assis Ribeiro. “Gosto muito da prova. Foi onde eu comecei a correr, em 2007”, revela. “E tem também o aspecto social, sempre reencontramos colegas e fazemos novos amigos na corrida”, celebra. Assis buscou melhorar seu condicionamento físico em 2007. Foi quando correu 5km em pouco mais de 30 minutos. Em 2009, também na Corrida do Judiciário, teve sua primeira experiência nos 10km, que repete hoje. “Os exames periódicos mostram os resultados positivos”, conclui Assis.

A prova


O clima estava ameno para a corrida. Sem sol ou chuva, a temperatura no local era de cerca de 24°C. Ventava pouco, suavizando o calor que cresceu a partir de meados da prova.

Nos 5km masculino, o primeiro colocado geral foi Antônio Raimundo Neto, com 18’28”. No feminino, Dayse Nogueira Wu completou com 24’40”. O primeiro colocado nos 10 km masculino, Cleber da Silva Francisco, completou com 38’07”. Francisca Oliveira dos Santos, da equipe Cordf/Ascade fechou a prova com 45’59”.

Para Renílson Barboza, da unidade do TCU em Tocantins, apesar de o nível da corrida ser alto, a prova permite que pessoas comuns se sintam competindo. “Não somos só figurantes, competimos com chances reais”, comemorou. Ele foi o terceiro colocado em sua faixa etária, de 33 a 37 anos, com 43’51” nos 10km. Foi a primeira vez que o servidor do TCU – que mora em Palmas – participou, e elogiou o convite especialmente feito ao Legislativo, por meio do Sindilegis.

Também foi a primeira vez de Maria Eugênia Lacerda, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO). Ela venceu em sua categoria (5km, de 23 a 27 anos) com 27’50”. “A corrida é muito boa. Em Goiás, não temos tanta integração entre os órgãos do Judiciário. Valeu muito a pena ter vindo. A prova até incentiva a gente a trabalhar melhor!”, celebrava, ainda antes de saber do resultado.


Fonte: STJ