A Amagis lamenta o falecimento do cartunista e escritor mineiro Ziraldo, aos 91 anos, ocorrido neste sábado, 6/4. A cultura nacional perde um de seus grandes expoentes, criador de personagens como os de “O Menino Maluquinho” e “Turma do Pererê”.

Em 2017, a Amagis teve a honra de receber Ziraldo nas comemorações dos 15 anos do Integramagis e no lançamento da 17ª edição da Revista MagisCultura. Na ocasião, o escritor mineiro falou aos magistrados e seus familiares sobre passagens marcantes de sua vida. Clique aqui para ler a matéria completa.

O presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, lamentou a morte do cartunista mineiro. "O Brasil se despede de um dos expoentes da arte e do imaginário brasileiros. O filho ilustre de Caratinga deixa um imenso legado à cultura de nosso país, com seu Menino Maluquinho e tantas outras criações que, certamente, continuarão a encantar gerações", afirmou.

Ziraldo com o presidente do Conselho Editorial da MagisCultura, juiz Renato Jardim, e o então presidente da Amagis, desembargador Maurício Soares, na sede da Associação, em 2017 

 

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga, onde passou a infância. Mais velho de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo). Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”.

Também chargista, caricaturista e jornalista, Ziraldo iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez...”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado. Paralelamente à carreira artística, em 1957, formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ziraldo foi um dos fundadores, nos anos 1960, do jornal “O Pasquim”.

Em 1969, publicou seu primeiro livro infantil, “FLICTS”. Em 1979, passou a se dedicar à literatura para crianças.

Seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, saiu em 1980. É considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro de todos os tempos.