A Amagis manifesta profundo pesar pelo falecimento de Benito Barreto, ocupante da Cadeira nº 2 da Academia Mineira de Letras (AML), ocorrido nesta segunda-feira, 17 de março de 2025.

O velório será realizado nesta terça-feira, 18 de março, das 11h às 15h, na Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466, Centro, Belo Horizonte).

Benito Barreto deixa um legado inestimável para a literatura e a cultura mineira. Seu talento esteve presente na 8ª edição da revista MagisCultura, publicação que reúne artigos, contos, ensaios e poesias de magistrados mineiros. Em sua homenagem, a revista trouxe o texto “Benito, um militante”, assinado pelo jornalista Manoel Guimarães, e contou com sua contribuição no texto “Minas tem caminhos que a gente nunca sabe onde nascem nem aonde vão eles desaguar”. LEIA AQUI

A Amagis presta solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Benito Barreto, reconhecendo sua importância para as letras e sua dedicação à cultura.

Trajetória

Benito Barreto nasceu em 17 de abril de 1929, na cidade de Dores de Guanhães, nordeste e Minas Gerais. Em 1943, ingressa no Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato Dentro, onde começa a escrever poesias.

Escritor, jornalista e editor, construiu uma obra literária vigorosa, marcada pelo compromisso com a história, a política e a cultura de Minas Gerais. Benito Barreto nasceu em 17 de abril de 1929, na cidade de Dores de Guanhães, nordeste de Minas Gerais, e tomou posse como acadêmico da AML em 11 de dezembro de 2014, na sucessão de Soares da Cunha (1921-2013), na cadeira que leva Arthur França (1881–1901) como Patrono.

Em sua obra literária, destaca-se a tetralogia “Os Guaianãs”, formada pelos livros “Plataforma vazia” (1962), “Capela dos homens” (1968), “Mutirão para matar” (1974) e “Cafaia” (1975). A tetralogia, já em sua 3ª edição, recebeu diversos prêmios, foi objeto de teses e dissertações, teve dois de seus volumes traduzidos para o russo e publicados na antiga União Soviética em 1980, com tiragem de 100 mil exemplares. Seus livros mais recentes são “Os idos de maio” (2009), “Bardos e viúvas” (2010), “Toque de silêncio em Vila Rica” (2011) e “Despojos: a festa da morte na Corte” (2012), que compõem a tetralogia “Saga do Caminho Novo”. Em 2010, 2011 e 2012, a “Saga” recebeu prêmios concedidos pela diretoria da União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro (UBE-RJ), como melhor romance histórico do ano.