Foi lançada nesta quarta-feira, 20, a 25ª edição de MagisCultura. O Jubileu de Prata da revista marca o acervo de mais de 300 textos culturais de magistrados mineiros e convidados, entre contos, crônicas, poemas, ensaios e artigos ao longo de seus 12 anos de existência.

A nova edição traz doze textos como contos, poemas e artigos com temáticas variadas, entre eles o que trata da misoginia na música popular brasileira e o que revela a história e as técnicas da prática milenar do origami. Um ensaio sobre a polêmica gramatical e de linguagem que levou o País a ‘escrever melhor’ também está entre os textos desta edição. Na capa, está o túnel ferroviário no Alto da Mantiqueira, na divisa entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, palco principal de duas grandes batalhas entre brasileiros na década de 1930, que provocaram centenas de mortes. No texto “Um túnel sangrento na Mantiqueira e a sensibilidade do poeta”, o jornalista Manoel Marcos Guimarães, editor de MagisCultura, fala sobre essa parte da história que permaneceu esquecida na memória das novas gerações.  

Na solenidade, o presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende dos Santos, falou da honra em presenciar o lançamento da 25ª edição como presidente da Associação. “Esta é uma revista muito importante para todos nós. Dirijo-me a todos os que ajudaram a construir essa história com muita gratidão e me sinto muito agradecido por ter essa oportunidade de estar ao lado de pessoas tão sensíveis à literatura e às causas humanas”, afirmou. O presidente anunciou que a partir da próxima edição, a revista terá artigos de pelo menos um acadêmico da Academia Mineira de Letras.

O presidente do Conselho Editorial da MagisCultura, juiz Renato César Jardim, lembrou que a revista foi idealizada pelo desembargador Nelson Missias de Morais durante sua gestão como presidente da Amagis e destacou a importância de os demais presidentes que o sucederam manterem viva a publicação. “A revista é uma produção cultural magnífica e um meio valioso para que os magistrados possam expor seus talentos literários e artísticos. Por isso, esse Jubileu de Prata precisa ser celebrado, especialmente neste momento em que o Conselho Editorial recebe novos membros que muito contribuirão para o engrandecimento da revista”, afirmou Renato César Jardim.

A revista está disponível no site da Amagis. Clique aqui para ler.

Novos integrantes

Antes do lançamento da nova edição, o presidente da Amagis, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, nomeou novos integrantes do Conselho Editorial da MagisCultura, que agora passa a contar com os magistrados Jorge Paulo dos Santos, que também foi nomeado Diretor de Projetos Culturais da Amagis; e Fernando Humberto dos Santos; com o presidente da Academia Mineira de Letras (AML), Rogério Tavares, e com o escritor, professor e integrante da AML, Márcio Sampaio.  Os novos membros ficam aptos a exercerem todas as funções inerentes aos conselheiros da MagisCultura. 

Para o juiz Jorge Paulo dos Santos, a revista é como um grito de liberdade ao juiz, que, muitas vezes, se vê adstrito a suas funções judicantes e precisa de um respiro que traga mais leveza à sua lida diária. “A revista tem um caráter libertador para o magistrado da ativa e para os aposentados, que podem nela extravasar sua veia poética e artística e mostrar sua sensibilidade. Digo sempre que o juiz, quando escreve para o processo, ele o faz para as poucas pessoas que nele estão envolvidas, mas quando o magistrado escreve para a revista, ele assim o faz para o mundo”, afirmou.

O juiz aposentado Fernando Humberto dos Santos destacou a linguagem inovadora e diversa da revista MagisCultura. “A revista que está sendo lançada hoje, assim como as edições anteriores, é fabulosa, com textos que nos fazem descobrir histórias com as quais, muitas vezes, nunca sonhamos. Estou muito honrado em fazer parte do Conselho”, disse o magistrado.

Para o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, MagisCultura desempenha um papel fundamental na cultura de Minas e do Brasil. Segundo ele, em primeiro lugar, por conta da qualidade do seu conteúdo. “Ela é exemplarmente editada por um dos melhores profissionais da imprensa mineira, que é o jornalista Manoel Marcos Guimarães. Ele sabe muito bem reunir poemas, ensaios, crônicas e contos relevantes e atuais que dão aos leitores elementos para uma reflexão e compreensão mais refinada e crítica da realidade”, destacou.

Regério Tavares destacou ainda a beleza da revista, segundo ele, muito bem diagramada e com artistas plásticos que fazem da capa uma verdadeira obra de arte. “MagisCultura une conteúdo e forma e é um símbolo do apreço do magistrado mineiro pela cultura, história, memória e valores civilizatórios”, ressaltou.

O professor Márcio Sampaio falou da honra em ser nomeado integrante do conselho, que segundo ele, representa a junção de duas instituições: a Amagis e a Academia Mineira de Letras. “Para mim é uma honra fazer parte do Conselho Editorial da revista, que representa a conexão entre duas instituições importantes. A Amagis é uma instituição de maior importância do meio jurídico e tem também uma grande expressão no meio intelectual do Estado, assim como a Academia. É uma alegria muito grande reforçar a ideia da importância da cultura, principalmente quando, como agora, a cultura tem sido tão renegada”, afirmou.

Participaram da reunião do Conselho Editorial da revista: desembargador Maurício Pinto Ferreira, vice-presidente Socicultural-Esportivo da Amagis; juiz Renato César Jardim, presidente do Conselho Editorial da MagisCultura; desembargador Gutemberg da Mota e Silva; desembargador João Quintino; desembargadora Luzia Peixôto; juíza Aldina Soares; juiz Auro Aparecido Maia, ouvidor da Amagis; e o jornalista Manoel Guimarães, editor da Revista.

Integramagis

Nesta quarta-feira, foi realizado o Integramagis, depois de dois anos de pandemia sem o encontro presencial. Durante o evento, foram celebrados os 46 anos da Amagis Saúde e uma homenagem ao desembargador Luiz Carlos Biasutti. Leia aqui.