Ricardo Lewandowski é o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele assume o cargo logo neste primeiro semestre com uma missão grande: comandar as eleições gerais no país. A tarefa não é fácil. São mais de 130 milhões de eleitores. “Será preciso montar uma verdadeira estratégia militar”, reconhece. Lewandowski, no entanto, deve tirar de letra.

O ministro é um administrador nato. Seu gabinete no Supremo Tribunal Federal é reconhecido pela presteza e eficiência. Ele administra seu espaço como uma pequena empresa, com planejamento estratégico baseado em metas e estatísticas e ostenta o certificado ISSO 9001. “É preciso ter objetivos e saber como atingi-los de maneira mais rápida, econômica e eficiente”, diz.

Lewandowski sabe do tamanho da responsabilidade que a função de dar a última palavra sobre Justiça no país traz. E não faz por menos. As estatísticas que ostenta comprovam que o ministro está no caminho certo. Em menos de três anos, reduziu o estoque do seu gabinete de 12,5 mil para menos de 3 mil. A produção de decisões acelerada não interferiu na qualidade. O índice de recorribilidade das decisões que saem do seu gabinete é de 10%, ou seja, de cada 100 decisões, 90 são acatadas pelo jurisdicionado.

É essa administração eficiente que Lewandowski vai levar para a Presidência do TSE e das eleições, já sob o guarda-chuva da minirreforma eleitoral. Para o ministro, no entanto, a norma não trouxe mudanças substanciais. As regras do jogo permanecem praticamente as mesmas. O que a minirreforma trouxe foram alguns problemas, como o voto impresso. “É um retrocesso que pode colocar em risco o sigilo do voto”, considera.

O ministro recebeu a revista Consultor Jurídico no seu gabinete, no Supremo, para conversar sobre o Anuário da Justiça 2010, que vai ser lançado no dia 10 de março, no próprio STF. Nesta entrevista, ele falou das suas expectativas para o ano, comemorou uma democracia mais madura no país e aplaudiu a transparência alcançada pelo Supremo.

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Fonte: Conjur